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Losin Control || 24

por ivy hurst, em 25.04.17

 

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- Quê? Não, mãe! Não te vais meter num carro a estas horas e andar esses quilómetros todos por causa disto. Ó mãe, eu fico bem, a sério... - Tentou convencê-la, mas ele não se acreditava muito que fosse capaz de a fazer mudar de ideias.

 

- Tu não andas bem, mas vou tentar acreditar que ficas bem. - Respondeu de imediato, suspirando de forma pesada por fim. - Vocês cuidem-se ok?

 

- Nós depois vamos ter contigo mãe, está bem? Mas por favor não te ponhas a fazer uma viagem destas a esta hora. A Agnes vai cuidar bem de mim, não te preocupes, mãe. Daqui a nada já estou bom.

 

- Ok mas vão dando notícias meus amores. Não gosto quando vocês andam doentes! - Explicou como uma valente mãe galinha. - Vá, não vos tiro mais tempo. Beijinhos! - Despediu-se.

 

- Obrigada Simone, beijos. - Disse apenas, esperando que Tom se despedisse da progenitora.

 

- Sim mãe, eu depois ligo-te. Beijinhos, mãe. - Sorriu, respirando fundo quando a chamada terminou. - Eu pensava que tu não tinhas o número da minha mãe. - Murmurou, retirando o telemóvel do bolso.

 

- Há coisas que tu não tens que saber. - Resmungou, ajudando-o a colocar o cinto de segurança para conseguirem ir para o Loft. - A receita dos medicamentos tens contigo? - Questionou, olhando-o de forma calma.

 

- Pronto, pronto, também não é preciso ficares assim amor. - Tom passou a sua mão pela coxa dela quando já estavam prontos. - Sim, dobrei o papel e guardei no bolso.

 

- Não gosto de te ver assim. - Explicou num longo suspiro, arrancando depois com o jipe. - Coloca a morada do Loft, não sei em que nome ficou. - Apontou o GPS.

 

Com calma, o moreno inclinou-se de modo a conseguir escrever bem no GPS e colocou-o rapidamente a trabalhar, marcando o destino. - Não precisas de ir muito depressa, eu estou bem. - Falou-lhe num tom baixo, voltando a pousar a sua mão na coxa dela. Fechou os olhos, porque se sentia melhor assim naquele momento e respirou fundo. - Estou ansioso por vê-la. - Confessou, com um sorriso carinhoso.

 

- E ela por te ver! - Sorriu, conduzindo com calma mas sempre de olho no mais velho. Tinha um medo enorme que ele voltasse a desmaiar! - Faltam só 4 dias para estares com a tua mãe, pensa assim. - Incentivou, acariciando-lhe a face.

 

- Tenho tantas saudades dela. Nunca estive tanto tempo sem ver a minha mãe. Já falei mais com ela nestes últimos dias do que no resto dos meses ou até mesmo no ano passado. - Respirou fundo, passando a mão livre pela cara. - Não mereço a mãe que tenho.

 

- Para com isso. - Ordenou num tom bastante sério. - Por favor Tom, ela já te perdoou, agora só tens que recuperar o tempo perdido e não te agarres de novo ao que deixaste por fazer. - Recomendou, olhando a estrada com atenção. - Por mais merda que faças na vida, ela estará sempre ali...

 

- É esse mesmo o problema. Eu sou praticamente um filho de merda porque... - Houve uma súbita e leve pausa, que o moreno aproveitou para suspirar. - Bem, não interessa. Só começo é a ficar nervoso sempre que penso que vou finalmente vê-la e nem sei bem como me desculpar. - Podia não ser a melhor conversa de todas, mas pelo menos ele estava aliviado por ela não lhe estar a perguntar sobre os antidepressivos que a mãe falou durante a chamada.

 

- Não me parece que tenhas que te desculpar perante ela. Só tens que agir naturalmente e não puxar esses assuntos que não interessam. - Opinou, agarrando no comando que estava pousando perto das mudanças e que abria o portão de acesso às garagens do prédio.

 

A dada altura, nunca mais se ouviu a voz de Tom. Ele tinha puxado a sua camisola de modo a tapar-lhe todo o seu rosto. Mesmo estando quieto, a sua respiração denunciava-o, dava para perceber que não estava a dormir porque de vez em quando ele fungava. O nariz denunciava-o por completo. - Já chegámos? - Perguntou baixinho, simulando o seu tom de voz normal, sem se destapar.

 

- Já. - Respondeu depois de estacionar e apercebendo-se do que se estava a passar mesmo sem o olhar. Conhecia-o já, bem demais! - Queres fazer FaceTime com a tua mãe para matares saudades? - Procurou saber, retirando o cinto e virando-se para ele.

 

- Não. - Respondeu de imediato, num tom carregado de medo. Destapou o rosto à pressa e limpou a cara o mais rápido que conseguiu, mas não olhou para a namorada. - Não quero que me veja assim. Se ela vir a minha cara de doente então aí sim ela vem logo a toda a velocidade para cá. - Riu baixinho, soltando um suspiro. Retirou o cinto de segurança e arrumou o telemóvel no bolso, abrindo depois a porta. - Vamos? Só quero ir deitar-me um pouco...

 

Agnes apenas assentiu, saindo do carro e agarrando na sua mala. - Anda aí algum macaquinho? - Chamou, olhando em redor. A garagem parecia vazia mas a mais nova sabia que algum dos homens de Tom andava por ali. - Pede lá a esse teu amigo Ninja para ir levantar as tuas receitas. - Pediu num tom mimado assim que percebeu que não iria ter resposta.

 

Após uma leve risada, o moreno pegou no telemóvel e enviou uma mensagem breve. Não demorou quase nada para o rapaz sair das sombras e ir ter com eles. - Levanta-me esta medicação, por favor. - Tom agarrou numa nota e deu-lhe juntamente com a receita médica. Depois do rapaz sair, ele olhou para Agnes. - Pronto, já está. Vamos entrar. - Mostrou um breve e fraco sorriso.

 

- São todos uns mal educados. Adeus oh macaquinho! - Resmungou completamente amuada, entrando assim no corredor de acesso aos elevadores e deixou-se levar até ao Loft. - Vai deitar-te um pouco, eu vou fazer o comer. - Pediu, pousa do os seus pertences sobre uma mesa que havia na sala.

 

- Eles só falam contigo se eu deixar. - Informou num tom sério, mas a brincar. O moreno foi ter com ela e deu-lhe um beijo carinhoso na testa e outro apaixonado nos lábios, em forma de agradecimento. Seguiu entretanto para o quarto, onde se deitou na cama. Não foi preciso mais do que dois minutos para adormecer. Acordou um quarto de hora depois, sentindo-se gelado e pôs-se então mais confortável, entrando na cama quentinha e adormecendo de novo. Mas nem assim teve sossêgo. A mente do moreno pregava-lhe partidas, mostrando-lhe dos pesadelos mais horríveis enquanto dormitava. A dada altura, embora estivesse a dormir, Tom começou a gritar por Agnes, em pânico. O rapaz estava a arder e o corpo dele estava coberto por uma fina camada de suor. Mesmo assim, ele tremia imenso de frio, enquanto se remexia na cama. Pequenas lágrimas escaparam durante toda aquela aflição que ele viva enquanto dormia e mesmo assim não acordava.

 

Agnes só teve tempo de correr para o quarto o mais rápido que conseguiu. Ele contorcia-se na cama como se alguém o estivesse a torturar de uma forma que ela não conseguia quase chegar-lhe as mãos ao corpo. - Amor, estou aqui. - Respondeu, tentando de tudo para o acalmar. Aos poucos sentia-o acalmar e isso deu-lhe então permissão para lhe beijar a testa diversas vezes enquanto murmurava pequenas palavras suaves e carregadas de carinho. - Shh...

 

Devagarinho, Tom levou as suas mãos quentes às costas dela, abraçando-a com a pouca força que tinha. - Tu estás aqui... Estás aqui... - Repetiu baixinho, aliviado, mas não abriu os olhos. - Tenho tanto frio.

 

- Estás a arder em febre... - Comentou calmamente, beijando-lhe o ombro suado. - Vamos tomar um banho de imersão a ver se isso baixa? - Sugeriu, olhando-o enquanto aguardava resposta da parte dele.

 

Tom abanou a cabeça e respirou fundo. - Deixa-me ficar aqui só mais um bocadinho. - Pediu, mantendo-se como estava. Mas a campainha soou e ele acabou por afastá-la ligeiramente de si. Estava praticamente sem forças e tremia mais do que nunca, mas mesmo assim reuniu as forças que lhe restavam e sentou-se na beira da cama. Da última gaveta da mesa-de-cabeceira ele retirou uma arma e em seguida levantou-se. Podia ter de se apoiar às paredes, mas nada o impedia. - Fica aqui, amor.

 

- Tom, não! - Quase gritou, agarrando nele e atirando-o para a cama. - Bolas, mas que merda. - Rosnou irritada, retirando-lhe a arma da mão e puxando uma munição. - Ficas tu aí, quieto e calado. - Atirou enquanto lhe apontava o dedo e saía do quarto. Fechou a porta do mesmo e com cautela dirigiu-se à porta de entrada. - Quem é? - Questionou num tom frio, encostando a cabeça à porta, que por uma questão de lógica não tinha óculo.

 

- Senhora Hembrow? - Falou alto o rapaz do outro lado da porta, num tom calmo. - Tenho aqui a medicação para o Tom. Está tudo bem? - Questionou preocupado, aguardando.

 

- Sim, está tudo bem. - Respondeu abrindo a porta de casa com a arma bem visível. - Obrigada... - Agradeceu, agarrando no saco dos medicamentos.

 

O rapaz ficou surpreendido ao vê-la armada, mas nem era isso que o surpreendia mais e sim o facto de não ser Tom a abrir a porta. Se não o estava a fazer, era sinal que ele não estava nada bem. - Posso entrar? Como é que ele está?

 

- Está mal. - Disse apenas, dirigindo-se à varanda e disparando a munição já pronta para ser disparada. - Podes lá ir se quiseres. - Apontou o quarto enquanto fechava a porta de casa à chave.

 

Ele assentiu sem mais nada dizer e foi diretamente até ao quarto, onde viu um Tom Kaulitz que poucos viram. Ele certamente nunca tinha visto. Não ficou por lá muito tempo e regressou para perto de Agnes. - Nós temos um médico... Dos nossos, sabe? Talvez devêssemos chamá-lo. A dona Simone também já me contactou...

 

- Ouve! - Começou Agnes, dando-lhe um soco no peito. - Ou vocês descobrem quem é o bufo que deixou o Tom assim, ou eu faço de tudo para a equipa que está connosco em viagem, vá para o olho da rua. - Ameaçou completamente irritada com toda aquela situação, enquanto apontava o dedo ao rapaz. - Há alguém entre vocês que deixou a Ria escapar e que meteu o Tom neste estado. - Assegurou.

 

Agnes podia ser até bastante assustadora naquele instante, mas Jace não se mexeu nem um pouco, muito menos se assustou. - Eu acho que sei quem fez isto, tenho algumas pistas e meti alguns a investigá-las. Não é suposto eu partilhar isto consigo, mas o Tom não está em condições para nada e se eu lhe disser algo ele vai fazer de tudo para sair da cama. - Jace estava confuso, perdido entre o contar e não contar. Era suposto proteger Agnes e não alarmá-la para os perigos. Essa parte era exclusiva para Tom.

 

- Jace eu estou a lixar-me se não era suposto contares-me ou não. Ele está na merda, está completamente um caco como viste. - Apontou o quarto, completamente fora de si e dizendo o nome do rapaz sem sequer se dar conta. Tempos de Universidade dos quais Agnes não se esquecia por nada! Agarrou no telemóvel e rapidamente procurou o número de Bill.

 

O rapaz arregalou os olhos quando ouviu o seu nome sair pela boca dela. Fez uma careta mas depois pensou que Tom lhe pudesse ter dito o seu nome, portanto nem lhe perguntou nada. - A Ria está cá e suspeito que quem atendeu o Tom nem sequer seja médico, mas sim alguém a mando dela. Mesmo que seja médico, está no comando dela também. Já apanhámos o médico, com sorte e estamos a tentar que nos diga onde é que ela está escondida. - Reportou rapidamente, calando-se quando ela o olhou, com telemóvel na mão. - Ele não está de férias? - Questionou de imediato, supondo que ela fosse ligar ao irmão gémeo dele.

 

- Precisa de saber o que se está a passar. - Olhou-o como se fosse óbvio tal coisa e enviou de seguida uma mensagem para Bill bastante curta mas que dizia tudo. - Estou farta desta merda toda... - Rosnou, caminhando para a cozinha para desligar o fogão e provar a canja.

 

- Com certeza... - Murmurou o rapaz, virando a cara para o lado. - Vai acabar, garanto-lhe. Estamos a um passo de apanhar a mulher, só precisamos de alguns avanços e acredito que ficará tudo feito. Isto vai acabar depressa, garanto-lhe. - Falou seriamente, deixando-se ficar pela sala para não incomodar muito. Ouviu o telemóvel de Agnes tocar, mas não disse nada. Os dois já sabiam de quem se tratava, uma vez que ela o tinha informado.

 

Agnes voltou pouco depois, atendendo o telemóvel com as lágrimas a caírem-lhe pelos olhos quase sem permissão para isso. - Sim...

 

- Agnes? O que é que se passa?! - Questionou Bill de imediato, demonstrando já toda a sua preocupação. O irmão não era de se ir abaixo e quando ia não era por causa de uma coisa mínima.

 

- Está todo fodido Bill. - Soluçou, levando uma mão à testa como se tentasse acalmar-se de qualquer maneira. - Desmaiou no ALDI, fomos para o hospital e saiu de lá pior do que aquilo que foi. A Ria está por trás disso! Há um bufo no meio doa vossos, estou aqui com o Jace... - Explicou calmamente, limpando a cara com os seus longos dedos.

 

- Puta que pariu! Eu vou descobrir quem foi e mato-o! - Falou assim que ouviu, respirando fundo. - Essa vaca também não dá descanso. Deve pensar que se o meu irmão não fica com ela, também não fica com mais ninguém. - Resmungou, completamente irritado. - Ouve, tenta manter a calma e cuida dele, sim? Eu meto-me no próximo avião e vou ter com vocês o quanto antes.

 

- Não faças isso Bill, tens a Natasha para cuidar também. - Relembrou um pouco mais calma. - Se eu a apanho nem sei o que lhe faço Bill, juro. - Informou com raiva, olhando Jace que simplesmente a olhava a coçar a cabeça. - E este também é sempre o mesmo, continua a pensar que as gajas não sabem sequer trocar um pneu quanto mais trabalhar com uma arma. - Revirou os olhos.

 

- Agnes, por favor. A Natasha vem comigo, óbvio. Não te preocupes, assim que eu desligar trato de ir para aí. - Avisou, dando logo a entender que não podia fazê-lo mudar de ideias. - Não os leves a mal. Nem todas as mulheres suportam esse tipo de coisas, por isso és tipo jóia rara para eles. - Riu, suspirando depois. - O Jace é bom rapaz e sabe o que faz, com ele não tens de te preocupar. Tenta cuidar do meu irmão, se for preciso um médico fala com o Jace. A minha mãe sabe que vocês estão na Alemanha?

 

- Sim falámos com ela há pouco e ela falou com o Jace também. - Esclareceu com calma. - Quando souberes as horas do voo e isso digam-nos. Tem cuidado ok? Com ela também, por favor... - Suspirou.

 

- Não te preocupes. Vai correr tudo bem, prometo. Depois envio-te mensagem, ou ligo. - Informou. - Ah e Agnes... Obrigada. Imagino que se fosse outra qualquer não tinha aturado nem um quarto das merdas que já aturaste até agora. Mas isto vai acabar. - Garantiu, convicto. - Bem, até logo. Alguma coisa, liga-me. Beijinho. - Despediu-se rapidamente, desligando depois de ela fazer o mesmo.

 

- Beijinhos para os dois! - Saudou, pousando o telemóvel depois de desligar a chamada. - Queres comer algo? - Questionou, olhando de novo Jace.

 

- Não, eu estou bem. Obrigada pela oferta. - Retorquiu educadamente, indo até à janela observar a paisagem. - Eu lamento imenso por tudo isto. De verdade. Devia ter estado mais atento, nunca pensei que isto fosse acontecer... Estamos sempre prontos para tudo, mas por outro lado nunca estamos à espera que um de nós nos traia.

 

- Jace, simplesmente não tiveram culpa e não vos culpo por isso mas é inadmissível que o Tom chegue a este ponto. Ele é o vosso chefe e vocês nem sequer deviam permitir que chegassem a ele! - Explicou, indo de novo até à cozinha que estava juntamente com a sala. - Podes chamar o vosso médico por favor? - Pediu.

 

O rapaz deixou-se ficar calado enquanto ela falava. Sabia que ela tinha a razão e sentia-me mal por ter deixado tudo aquilo chegar a um ponto daqueles. - Claro. Vai ter com ele, fico por aqui a pedir reforços. - Apenas disse, começando depois a fazer as suas chamadas.

 

- Come algo. - Apenas disse, levando nas mãos uma taça com canja e um pano pendurado no antebraço. Abriu a porta e olhou para a cama, vendo-a completamente vazia. O seu coração já estava quase na boca e jurava ter saído pela mesma assim que viu o moreno contorcer-se no chão enquanto se espumava pela boca numa imagem nada agradável de se ver. - Jace! - Gritou apavorada, deixando tudo o que tinha em mãos cair.

 

Jace, que estava em chamada com o médico, correu o mais rápido possível para o quarto, ficando assustado ao ver Tom naquele estado. Felizmente, ele reagiu logo de seguida, preparando-se para o ajudar. Colocou o telemóvel em alta voz e foi explicando o que estava a acontecer, para que o médico o pudesse guiar. Ajoelhou-se ao pé de Tom, segurando a cabeça dele, de modo a que não batesse muito com a mesma no chão. - Okay e agora? As convulsões estão a abrandar, viro-o de lado? - Falou alto, de modo a que o colega ouvisse.

 

- Sim mete-o de lado. Não há muito mais a fazer, isso vai parar. - Avisou apressado, entrando no carro e arrancando com o mesmo. - Estou a caminho daí ok? Mantém a calma! - Apenas pediu, desligando a chamada.

 

- Eu vou buscar uma toalha. - Avisou Agnes, correndo até à casa de banho e voltando de lá com uma toalha húmida nas mãos. Tom tinha finalmente o corpo imóvel mas o seu olhar estava vazio e baço, deixando a mais nova completamente desfeita. - Amor... - Sussurrou, ajoelhando-se perto dele e limpando-lhe a boca com a toalha. Viu-o direcionar o olhar para si, o que a deixou pelo menos aliviada. - Vai ficar tudo bem...aguenta por favor... - Implorou entre lágrimas.

 

O olhar de Tom ficara preso em Agnes. Vê-la a sofrer daquela maneira partia-lhe o coração. Só queria sobreviver naquele momento, melhorar o suficiente e ir matar uma dúzia de pessoas. - Ne... - Murmurou, mexendo uma das mãos muito devagar. - Ne.

 

- Eu estou bem... - Murmurou, limpando as lágrimas de forma rápida e beijando-lhe as costas da mão de forma demorada. - O médico está a vir, vais ficar bem. - Assegurou enquanto se deitava ao lado dele no chão e lhe passava a ponta dos dedos pela cara.

 

- Não devias... Não devias estar aqui. Vocês deviam estar... - Ele suspirou e tentou olhar quem lhe agarrava a cabeça. Sentia-se numa espécie de limbo e fazia de tudo para se manter acordado. - Cuida dela. - Pediu calmamente.

 

- Não te deixes adormecer, por favor senão vou dar-te estalos. - Ameaçou a mais nova, olhando-o nos olhos com o pânico a transbordar por eles. - Por favor, não me deixes aqui sozinha, o Jace tem panca por mulheres bronzeadas. Lembras-te? - Tentou mante-lo acordado e de certo modo testar se ainda se mantinha minimamente são.

 

- Desta vez não posso... Não consigo prometer-te isso, amor. - Apesar de não conseguir como era habitual, ele estava atento a tudo o que ouvia. Falava como podia e conseguia e só desviava o seu olhar da sua namorada quando era preciso. - Ele não era capaz. Se eu não o puder matar, o Bill faz isso por mim. - Sorriu vagamente, suspirando de seguida.

 

Agnes apenas suspirou quando se sentiu completamente falhada na sua tentativa de manter Tom numa sanidade mental, minimamente estável. - Eu sei que faria... - Murmurou, lançando um breve olhar a Jace e retomando de novo a Tom. O médico não demorou muito mais do que dois minutos a chegar e assim que o loiro lhe foi abrir a porta, começou logo a tratar de Tom, pedindo à morena que se ausentasse do quarto. À força Agnes lá foi posta fora da divisão e do exterior só conseguia ouvir alguns gemidos de dor do mais velho que lhe partiam ainda mais o coração. Ela queria estar ali dentro, ao lado dele!

 

publicado às 14:30


1 comentário

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De a 27.04.2017 às 01:43

What?! Mas o que é se está a passar? Socorro, o estado em que o Tom está dá cabo de qualquer coração! >_<' Estou mesmo muito preocupada com ele; raios partam o médico que o viu e piorou o seu estado! Fiquei confusa e espantada com a cena do carro: ele estava a drogar-se? Ó.ò Acho que a Agnes fez muito bem em contar ao Bill o que se estava a passar. Sendo gémeo do Tom, devia estar a par do que se está a passar até pela possibilidade de ele poder fazer algo a respeito do mesmo.
Estou mesmo ansiosa para que isto passe e o Tom fique bem. O rapaz já sofreu muito e vê-lo nestas condições é horrível :s Fico à espera do próximo! Que nesse as coisas melhorem para o Tom >.< beijinhos para as duas :)

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Quando tudo parecia quase perfeito, os fantasmas do passado voltam a surgir. Natasha vê-se encurralada com um passado capaz de arruinar o seu futuro e determinado a destruir os que ama. Será capaz de controlar tudo o que a rodeia?


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