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[S.S] Ordinary Life • 6

por ivy hurst, em 21.06.17

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- Claro que ficou bonita, somos umas gatas! - Exclamou divertida, sorrindo para ela enquanto saía do elevador. - Ele não foge mulher, tem calma que ainda te dá uma coisa. - Avisou, vendo-a abrir a porta.

 

A morena destrancava e abria a porta o mais rápido que podia, fechando quando Gigi já estava dentro de casa também. - Bill? Estás aqui? - Questionou o mais alto que conseguiu, levando a mão ao pescoço, entretanto.

 

- Estou aqui sim. - Respondeu, aparecendo no hall de entrada. - Olha-me essa voz! - Exclamou enquanto a apontava, levando depois as mãos à cintura. - Vou preparar-te um banho de imersão e um lanche para tomares os medicamentos. Com esta brincadeira toda ainda nem lhes tocaste! - Resmungou.

 

Laura deixou tudo cair e ignorou o que o loiro disse, correndo na sua direção. Abraçou-o com toda a força que tinha, escondendo a cara no peito dele quando voltou a chorar. - Eu estava tão preocupada contigo! - Afirmou enquanto chorava, sem o largar.

 

- Não chores, eu estou bem. - Assegurou, abraçando-lhe o corpo magro e beijando-lhe o topo da cabeça com calma. - Anda lá tomar banho, sua chorona. - Riu-se divertido e pegou nela ao colo, olhando depois Gigi. - Fica por aqui ok? O meu irmão está a vir. - Informou-a.

 

Gigi levantou as mãos e fez uma careta engraçada. - Também não fazia tensões de vos seguir e ver-vos na marmelada ou a pinar. - Encolheu os ombros e tanto ela como Laura acabaram por rir com aquilo. - Vão lá à vontade, quando o teu irmão chegar eu vou com ele para casa, não se preocupem.

 

- Pois, mas vocês não vão voltar para casa sozinhos. Mas depois ele fala contigo! - Disse por alto, acenando à rapariga. - Até já. - Despediu-se, seguindo para a casa de banho do quarto de Laura. - Devias ir buscar algo para comer, tomar os medicamentos e vinhas tomar banho. - Comentou, pousando-a no chão.

 

A morena suspirou e levou as mãos ao rosto dele. - Não voltes a fazer uma coisa daquelas, amor. Por favor... Ainda por cima na Besta! - A rapariga passou as mãos pelos cabelos, respirando fundo. - Eu ia morrendo de preocupação... - Suspirou, pousando a mão no peito. - Está bem, eu vou buscar as coisas... - Apenas disse, saindo antes de ele dizer algo, regressando meros minutos depois com alguma comida e a medicação. - Ao menos levavas-me contigo, amor...

 

- Às vezes preciso do meu espaço, de ter estes momentos. Não te vou prometer que vá terminar porque eu preciso mesmo disto... - Explicou, mexendo a saqueta de chá de lavanda dentro da água. - Adoro quando me chamas amor sabias? - Olhou-a sorridente.

 

- Tudo bem, desde que não vás na Besta... Aquele carro é demasiado perigoso e eu não quero... - Ela nem foi capaz de acabar a frase, apenas se arrepiou. Sorriu docemente de seguida e mordiscou o lábio. - Posso chamar mais vezes, já que gostas assim tanto. - O sorriso carinhoso dela acabou de súbito quando teve de tossir de novo e quando terminou suspirou, respirando calmamente. Doía-lhe bastante o peito e até mesmo as costas de tanto tossir.

 

- Não estou a gostar nada dessa tosse. - Resmungou, despindo-a com calma e agarrando nela ao colo. - E eu vou na Besta, como tu lhe chamas. É o meu carro para desanuviar! - Exclamou enquanto a colocava dentro da banheira. - O que é que comeste para tomares a medicação? - Procurou saber.

 

- Comi pão e assim. - Informou de forma rápida, encarando-o de seguida. - Se te acontece alguma coisa naquele carro eu nem sei... - Ela suspirou e voltou a tossir, fechando os olhos depois.

 

- Vou fazer uma sopa para o jantar. Comer pão não é nada - Avisou, sentando-se no chão ao lado da banheira. - E não penses que acontece nada, vai correr tudo bem. - Assegurou.

 

A morena lavava o seu corpo com cuidado, parando a meio para olhar para ele. - Tens noção do quão preocupada fiquei? Fiquei com o coração nas mãos quando te vi a ir embora daquela maneira... - Confessou, voltando a lavar-se. - Eu amo-te e não quero nem pensar na ideia de te acontecer alguma coisa... - Sussurrou, olhando apenas para a água e para o seu corpo.

 

- Não me vai acontecer nada, confia em mim... - Pediu, segurando na mão dela e beijando-a com carinho. - Ai que ela ama o Bill, que linda. - Sorriu abertamente.

 

- É impossível não amar o Bill. - Murmurou de forma carinhosa, beijando a mão dele também. Apressou-se a acabar o seu banho e mal saiu dali, voltou a ter mais um ataque de tosse dos maus. Apoiou-se ao lavatório quando finalmente acabou, respirando calma e profundamente enquanto recuperava o fôlego. Sentiu Bill pegar nela ao colo e apenas se deixou levar, suspirando quando ele a deitou na cama. - Dói-me as costas. - Confessou baixinho, de olhos fechados.

 

- Tenta dormir um pouco... - Pediu meio triste por ver a rapariga naquela condição. - Vou fazer-te uma massagem, mas tenta adormecer ok? - Pediu enquanto procurava na casa de banho um óleo de massagem. Assim que encontrou, regressou ao quarto e sentou-se ao lado da morena. Com cuidado sorveu umas gotas daquele líquido gorduroso sobre as costas dela e deu início à massagem, sempre com muito cuidado para não a magoar.

 

Laura gemeu baixinho e suspirou. - Oh, isso sabe tão bem. - Informou, fechando os olhos enquanto se sentia a relaxar. Não foram precisos mais de cinco minutos até ela adormecer, estava exausta de tantas emoções e de tanta choradeira. Já para não falar do cansaço provocado pela maldita tosse.

 

Assim que a viu adormecer, Bill parou a massagem e limpou as mãos à toalha onde a morena se secou. Ergueu-se com cuidado e tapou Laura, deixando-lhe um beijo na testa antes de sair do quarto. - Gigi onde é que vocês estiveram? - Questionou ao chegar à sala. A loira estava sentada sobre o sofá, abraçada às pernas enquanto olhava para Tom. Este permanecia deitado no chão, numa posição que mais parecia estar morto, que outra coisa. - O que se passa, Tom?!

 

- Cala a puta da boca. - Murmurou o mais velho. - Dá-me as pastilhas Gigi, agora. - Olhou a loira, movendo apenas os seus olhos. - Estás a ouvir? Queres que me levante? - Ameaçou.

 

- Ele está a ressacar... - Murmurou a loira, olhando para o mais novo dos gémeos e encolhendo os ombros.

 

- Quais pastilhas, pá? - Respondeu de volta no mesmo instante, ficando próximo do irmão. Se ele se levantasse ele impedia-o de imediato. Isto era, se realmente fosse capaz de se levantar. - Estás na minha casa já agora, quem tem de calar a puta da boca és tu.

 

- Respeitinho que eu sou mais velho. - Atirou, olhando para o irmão sem grandes forças. - Gigi, levanta-me sua cabra. - Ordenou.

 

- Tom, por favor dorme um bocado... - Suspirou levemente.

 

- Neste momento não mereces respeito nenhum, ainda por cima a falar assim à tua mulher. - Resmungou, retirando o telemóvel do bolso. Através da marcação rápida, Bill ligou a Klaus. - Desculpa lá estar a incomodar, preciso de um grande favor teu. Eu tenho de internar o meu irmão numa clínica de reabilitação o quanto antes e queria que me recomendasses uma boa. É urgente, tipo... Para ontem, percebes?

 

- Percebo mano, mas o caso está assim tão grave? - Comentou enquanto dava uma vista de olhos no sistema à procura de algo bom. - Estás com ele?

 

- Não está lá muito agradável, não. Estou, está aqui deitado no chão e a chamar cabra à mulher. - Suspirou, arregaçando os olhos ao mais velho quando começou a resmungar.

 

- Wt... - Klaus murmurou, olhando para o ecrã do seu computador sem querer acreditar muito no que ouvia. - Há um aqui perto, queres que vá ter contigo? - Procurou saber.

 

- Ótimo. Hm, se não for incomodar muito eu até agradecia, Klaus. Pago-te depois, está bem? - Suspirou ao ver o irmão a comportar-se como um miúdo prestes a fazer uma birra.

 

- Pagar? Oh Bill, evita! - Revirou os olhos, desligando a chamada.

 

- Bill, levanta-me. - Ordenou Tom, apontando-se completamente a tremer.

 

Depois de arrumar o telemóvel no bolso, o mais novo dos gémeos abaixou-se, ajudando o outro com todo o cuidado. - Queres um copo de água?

 

- Quero droga idiota, não percebes isso? - Olhou-o chateado, deixando-se cair no sofá e olhando Gigi. - Olha para mim. - Agarrou-lhe no braço. - Fala com os teus irmãos, quero que me mandem coisas. - Ordenou, puxando-a para si e agarrando-lhe no pescoço.

 

- Para Tom... - Pediu, tentando soltar-se dele.

 

- Foda-se, Tom! - Gritou completamente irritado, aproveitando-se do facto de ele estar mais fraco para o fazer largar Gigi e afastá-lo dela. - Gigi, vai para casa. Agora. - Ordenou, mantendo o seu braço à volta do pescoço de Tom enquanto permanecia atrás do mesmo. - Gigi, não era uma pergunta nem uma sugestão.

 

- Não vai nada, a mulher é minha. - Gritou o gémeo mais velho, tentando morder o braço ao irmão e esbracejando como se fosse um louco.

 

- Cuidado! - Avisou a loira assim que sentiu um dos braços de Tom, embater violentamente contra a barriga dela. - O teu filho idiota, olha o que estás a fazer. - Gritou-lhe já a chorar, levando uma mão à barriga e saindo daquela casa o mais depressa que conseguiu.

 

Bill empurrou o irmão até chegarem à parede, agarrando-lhe os cabelos de modo a conseguir bater com a cabeça dele na parede. - Tom, controla-te ou eu juro que nem sei o que te faço! - O loiro viu a morena sair apenas de robe, correndo atrás de Gigi. Respirou fundo quando viu Klaus, acompanhado de outros rapazes. - Vieste depressa. Céus, ainda bem que já chegaste porque ele está a passar-se. - Resmungou, agarrando o irmão o melhor que podia. - Os outros quem são? Já o vão levar? - Perguntou num tom alto, visto que Tom continuava a resmungar.

 

- Sim, vão levá-lo! - Informou, aproximando-se dos gémeos com uma seringa na mão. Agarrou-a com força e espetou-a numa das veias de Tom, situadas no pescoço. - Credo, mas ele está mesmo viciado... - Comentou com calma, vendo o mais velho acalmar aos poucos, até adormecer.

 

Foi quando o irmão começou finalmente a cair e a ser levado pelos outros rapazes que Bill se foi um pouco mais abaixo. - Nunca pensei que alguma vez tivesse de lidar com uma coisas destas... Ainda por cima o meu irmão. - Murmurou, olhando Klaus de seguida. - Ele bateu na Gigi, mesmo na barriga e a rapariga está grávida. Pior de tudo é que ele sabe e mesmo assim trata-a pior que merda e bate-lhe e tudo. - Resmungou, completamente atrapalhado. - Vou buscá-la e vou levá-la ao hospital.

 

- Grávida? - Olhou-o chocado. - Como assim e ninguém me diz nada? Bill bateu-lhe na barriga?! - Gesticulou meio atrapalhado e saiu do apartamento, chamando o elevador e deixando os outros dois colegas tratarem de Tom.

 

- Sim, grávida! - Exclamou rapidamente, seguindo-o depois de pegar nas chaves e sair daquele apartamento. - Eu mandei-a ir embora antes de ele o fazer e ela saiu depois de ele lhe bater e... - Bill respirou fundo e entrou no elevador com Klaus. - A Laura saiu daqui a correr, foi atrás dela por isso a Gigi não está sozinha mas tem de ir ao hospital!

 

- Óbvio, ela pode ter um deslocamento da placenta! - Resmungou, olhando para o teto do elevador. - Se alguma coisa acontece com o filho deles, o teu irmão vai ficar na merda... - Suspirou.

 

- Achas que não sei disso? Se lhe acontece alguma coisa o meu irmão nunca mais vai conseguir voltar aos eixos, Klaus. Tenho quase a certeza disso. - Resmungou, ficando em silêncio o resto do tempo. Só quando finalmente chegaram ao apartamento de Gigi é que ele voltou a abrir a boca. - Gigi, temos de ir ao hospital para ver como estás. - Falou rapidamente quando Laura abriu a porta e os deixou entrar, pegando na loira ao colo assim que chegou perto dela.

 

- Eu estou bem, deixa-me no chão por favor... - Pediu, tentando sair do colo do cunhado. - Eu estou bem, ele não me bateu com muita força. - Assegurou.

 

- Gigi, é para o vosso bem, Par ao teu e para o do bebé. É melhor termos a certeza que está tudo bem, está bem? Não vais ficar no hospital muito tempo, eu depois trago-te de volta a casa, sim? Vá... Onde tens as tuas coisas? telemóvel e carteira? A Laura vai buscá-las. - Afirmou, olhando a rapariga que rapidamente assentiu.

 

- Eu estou bem. - Voltou a repetir, sentando-se na sua cama de novo e olhando para as grandes janelas de acesso à varanda. - Ele já foi...? - Procurou saber.

 

Bill respirou fundo e olhou Klaus, encolhendo os ombros. - Pronto, se não queres ir, não vais. A responsabilidade é tua. - Apenas disse, assentindo mesmo sabendo que ela não estava a olhar para si. - Sim, levaram-no ainda agora. - Informou, olhando apenas para ela naquele momento. - Eu e a Laura podemos ficar aqui contigo e amanhã levamos-te para casa da minha mãe. - Sugeriu, aproximando-se depois de Klaus. - Olha, não a vou obrigar a ir, não é? - Suspirou discretamente, dando-lhe depois uma palmada nas costas. - Mandas-me a morada depois? Obrigada. - O loiro despediu-se rapidamente do médico e levou-o até à porta, regressando então ao quarto onde elas estavam.

 

- Posso ficar no apartamento com a Laura? - Questionou com calma, olhando ambos ainda a chorar de forma compulsiva, mas silenciosa.

 

Antes que Bill fosse capaz de responder, a morena aproximou-se e acariciou-lhe as costas. - Claro que podes, Gigi. Podes ficar comigo à vontade e o tempo que tu quiseres, sim? - Ela ofereceu-lhe um sorriso carinhoso, limpando-lhe as lágrimas logo de seguida.

 

- Obrigada... - Agradeceu, abraçando Laura com força.

 

- Vamos então para o apartamento jantar ok? Não quero que fiquei as duas doentes e piores. Qualquer coisa que sintas, dizes-me logo! - Apontou Gigi.

 

Tanto Gigi como Laura assentiram ao loiro e seguiram-no de volta para o apartamento onde Laura agora morava. Depois de decidirem o que iriam encomendar para o jantar, a loira seguiu para o quarto onde já tinha descansado anteriormente e os outros dois ficaram pela sala. - Como é que estás...? - Perguntou a morena ao loiro num tom calmo, acariciando-lhe o rosto.

 

- Na merda por ver o meu irmão comportar-se como um idiota e não se ir lembrar de nada... - Suspirou, acariciando as pernas dela com calma. - E tu como te sentes? - Procurou saber.

 

Laura encolheu os ombros e suspirou discretamente. Sentia-se algo triste por os ver a sofrer, mas não disse nada quanto a isso. - Tudo se vai resolver, acredita que sim... - Sorriu carinhosamente, encarando-o depois. - Bill?

 

- Sim princesa? - Olhou-a nos olhos, puxando-a mais para si com todo o cuidado e beijando-a antes de a deixar falar.

 

A morena correspondeu carinhosamente ao beijo dele, suspirando depois. - Quanto ao meu aniversário... Não é preciso nenhuma festa ou jantar. - Ela sabia perfeitamente que agora não era um bom momento para celebrações, especialmente depois do que aconteceu com o pai e agora com o irmão. - Se puderes passar um bocadinho do dia comigo já é bom e chega-me, amor. A sério...

 

- Eu vou passar o dia todo contigo babe. - Assegurou enquanto lhe acariciava a bochecha com o polegar. - Amo-te sabias? És tão linda, tão minha... - Murmurou, olhando-a nos olhos.

 

Laura fechou os olhos ao sentir aqueles miminhos, sorrindo com ternura. Voltou a abrir os olhos para o poder encarar assim que voltou a falar. - Eu também te amo, Bill. Sou tua. Toda tua. - Murmurou sem deixar de sorrir.

 

- Daqui a umas horinhas já posso dar-te o primeiro presente e estou mesmo ansioso para que o recebas, vai dar-te imenso jeito. - Sorriu-lhe abertamente, beijando-a uma e outra vez com tanto entusiasmo que tinha.

 

- Estou tão curiosa e ansiosa! - Riu baixinho, correspondendo a todos aqueles beijos. - Mas conta-me lá melhor essa história de andares de olho em mim há já não sei quanto tempo! - Pediu, bastante sorridente. - E eu a pensar que só me tinhas visto naquela noite...

 

- Achas que foi só naquela noite? Vi-te em todas as festas que foste com o Roth e onde estive presente. Não me podia passar ao lado o facto de seres linda e estares ao lado daquele nojento. Depois tens uns olhos que me deixaram perdidos, fiquei mesmo apaixonado a cada festa que passava... - Explicou com calma. - E na última consegui pensar rápido e pedi ajuda à Gigi e surpreendentemente ela ajudou-me. - Concluiu com um sorriso, entrelaçado uma mão com a dela.

 

Laura sorria cada vez mais com aquilo que ouvia, olhando para as mãos de ambos por instantes. - Obrigada, Bill. Por me teres salvo. Por me tirares das mãos daquele homem, daquele buraco onde vivia... - Murmurou, voltando a encará-lo. - Amo-te tanto.

 

- Sabes que ainda há muito a fazer. Tens que ser forte... - Relembrou, ouvindo a campainha tocar e erguendo-se com calma. - Já volto. - Avisou sorridente, beijando-lhe a testa e caminhando até a entrada. Recebeu a encomenda da comida, pagou ao estafeta e foi colocar tudo à cozinha. - Babe, chega aqui! - Pediu.

 

A rapariga ficou pelo sofá enquanto Bill recebia o jantar, mas assim que o ouviu levantou-se também e foi ter com ele. - Sim? Queres que ponha a mesa, amor?

 

- A minha é salada é só meter o molho e abanar. Como daqui! O que pediste? - Questionou, retirando a salada dele do saco e depois duas caixinhas com comida. - Eu levo a da Gigi ao quarto. Ela não deve querer sair de lá agora...

 

- É salada também, mas tem bocadinhos de frango e assim. - Tentou explicar enquanto gesticulava, assentindo depois. - Se quiseres posso ir lá levar-lhe o jantar amor, não me custa nada. - Ofereceu-se, preparando os guardanapos para os três.

 

- Ah, a tua é quente vem aqui nesta de metal e só a alface vem nesta de plástico para juntares. - Disse ao abrir as embalagens metálicas e apontando depois a taça de plástico com a salada. - Ela pediu uma massa chinesa, ela delira com isto. - Comentou, indo buscar um prato fundo e deitando para lá o conteúdo da massa. - Queres levar-lhe lá, então? - Questionou, colocando o prato no tabuleiro, com uns pauzinhos de chinês e um chá verde frio que veio juntamente com a comida.

 

- Sim amor, eu levo. - Respondeu de imediato, pegando no tabuleiro com cuidado. Seguiu até ao quarto onde a loira estava e depois de bater à porta entrou. - Hey... Trago aqui o teu jantar. Tenta comer tudo, sim? - Sorriu carinhosamente, pousando o tabuleiro depois. - Se quiseres podes deixar o tabuleiro aqui no quarto e eu mais daqui a bocado venho buscar.

 

- Eu depois levo de volta, obrigada. - Agradeceu, agarrando no prato e segurando nos pauzinhos. - És servida? - Ofereceu, colocando a Apple TV em pausa e olhando para ela. Estava a rever pela milésima vez, o vídeo editado, do seu casamento.

 

- Não obrigada! Tenho ali o meu jantar também, já vou comer. - Sorriu, espreitando o que ela estava a ver. - Oh! És tu?! Tão bonita! - Laura estava verdadeiramente espantada. Nunca tinha visto uma noiva tão bonita como ela. - É o vídeo do vosso casamento?

 

- Sim... obrigada pelo elogio! - Sorriu-lhe, olhando depois para a televisão. - Aqui estava a entrar na catedral, andei tanto...aquilo era enorme! - Voltou a clicar no play, onde se via Gigi a meio da catedral, com a mesma repleta de convidados e um vestido com uma imensa cauda. Mesmo como uma princesa! - Aquela mancha negra são os meus primos e irmãos, não te assustes, mas eles foram todos de igual. - Apontou a mancha negra numas 4 filas da frente, uma vez que tanto apareciam imagens de frente como do cimo, captadas por um drone.

 

- Estavas mesmo linda! Quem me dera ser assim uma noiva toda bonita no futuro, que sonho. - Respondeu toda contente, abrindo mais os olhos. - Ena... Um dia quando me casar acho que não vou ter nem ¼ dos convidados que tiveste. - Gargalhou, olhando tudo com muita atenção. Escusado será dizer que os olhos dela brilharam e o sorriso dela aumentou quando viu Bill. Estava tão bonito! - Tiveste um casamento de sonho... - Sorriu, suspirando de seguida.

 

- Tive mesmo e não penses que não vais ter assim tanto convidados porque a família deles é enorme. - Riu divertida, olhando para o filme. - Ai o Bill, tinhas que ver o início do filme onde estão os homens todos. Os meus irmãos e eles os dois, ias passar-te com tanta sensualidade!

 

- Então não voltes ao início nem me mostres depois, senão ainda morro aqui! - Respondeu logo meio atrapalhada, tapando parte das bochechas rosadas enquanto tapava também a boca e se ria baixinho. - Ele estava tão bonito no teu casamento. - Acabou por comentar, suspirando de amores. - Olha para ele todo sorridente! - Apontou para o televisor, mostrando as suas pequenas covinhas enquanto sorria.

 

- Ele estava radiante, não parava de sorrir, também se emocionou várias vezes. Quando quiseres depois vemos o filme não editado e passamos para as partes mais lindas. - Riu divertida, olhando-a com um sorriso carinhoso.

 

- O meu Bill... - Sussurrou ainda a sorrir, assentindo quando voltou a olhar a loira. - Está bem, nós depois vemos isso tudo! - Informou, apontando para a comida dela. - Não te esqueças de comer!

 

- Não me esqueço, não te preocupes. - Sorriu-lhe, deixando-a ir embora de novo e entretendo-se a ver aquilo enquanto comia a sua adorada massa.

 

- Ela está bem? - Procurou saber Bill, assim que Laura chegou à sala.

 

Laura regressou à sala com um sorriso carinhoso, assentindo ao loiro. - Está a ver o vídeo do casamento. - Contou, aproximando-se. - Mas está bem, sim. Já começou a comer e está a rever aquele casamento saído de um conto de fadas. - Riu baixinho, arranjando a sua comida.

 

- Quando vires o filme todo até te apagas. - Comentou, começando a comer a sua salada com calma. - O casamento só acabou eram seis da manhã e apenas porque eles tinham que ir para a Lua-de-Mel, senão era como o dos ciganos. - Brincou divertido.

 

- Eu ouvi dizer que estás muito sensual lá no início. - Comentou baixinho, olhando-o de seguida. - Estavas tão lindo no casamento, amor! Oh e a Gigi estava maravilhosa! Aquele vestido era lindíssimo, quem me dera... - Suspirou, sem deixar aquele sorriso parvo desaparecer. - E tu, tão sorridente! Que fofura!

 

- No inicio estamos todos a vestir-nos juntos. - Riu-se bastante, beijando-a com um sorriso enorme também. - Um dia és tu, prepara-te porque vai ser assim também. - Piscou-lhe o olho, continuando a comer com calma.

 

- Não quero ver essa parte! - A morena encolheu os ombros e riu baixinho, abanando a cabeça. - Ai sou? - Questionou como se estivesse bastante surpreendida, começando finalmente a comer. - Oh, mas quando me casar duvido que esteja assim tão linda como ela.

 

- Ah não queres ver? Perdes a melhor parte do filme todo! - Exclamou indignado, olhando-a depois com atenção. - Que tal mudarmos essa maneira de andar sempre a dizer mal de nós próprios menina Laura? Ficava bem não? - Semicerrou os olhos.

 

A rapariga olhou-o, algo confusa. - Eu não estou a dizer mal, amor... Mas ela estava mesmo linda e tinha um vestido majestoso! Não sei se é possível igualar ou superar um casamento assim, nunca tinha visto tal coisa sequer. - Riu baixinho, atrapalhada. - Oh, mas se eu vir depois vou andar todos os dias a ver o mesmo só para te ver a ti. - Murmurou, com um pequeno beiço.

 

- Não irias porque o filme está com ela e não gosto que fales assim de ti. Como se não fosses conseguir as coisas... - Comentou com calma. - Coisas positivas trazem coisas positivas... - Relembrou.

 

- Oh, pois... Eu sei, amor. Eu consigo. Se eu quiser as coisas, eu consigo fazê-las. E eu hei de casar! - Apontou o dedo, falando num tom confiante. - Só não sei onde nem quando, mas vou! - Riu-se, terminando de comer pouco depois. - Tu tens ideias? Para quando casares? Como és romântico acredito que tenhas alguns sonhos por aí. - Sorriu-lhe, acariciando-lhe a bochecha.

 

- Basicamente fui eu e a Gigi que organizámos o casamento deles. O meu irmão estava na fase de tese de mestrado e não conseguia ajudá-la como queria. Custou-lhe imenso porque ele anisava mesmo dar este passo com ela, mas pronto basicamente fizemos tudo os dois. - Sorriu de forma carinhosa e olhou para ela.

 

Laura assentia enquanto o ouvia e, assim que começou a falar, o seu enorme sorriso voltou. - Eu gostava de ter assim um casamento como se fosse uma princesa. Vestido lindo, véu, tiara ou assim, entrar por uma igreja e... - De repente ela parou e o seu sorriso foi desaparecendo aos poucos. Faltavam algumas peças para o seu casamento de sonho.

 

- E.…? - Puxou-a para si, abraçando o corpo da morena com um braço. - O que ficou por terminar...? - Procurou saber.

 

- Os meus pais. - Murmurou, aninhando-se junto dele. - Gostava que o meu pai me levasse ao altar, essas coisas. - Abreviou rapidamente, calando-se de seguida.

 

- Onde estão os teus pais? - Questionou com cautela, bebendo da sua cerveja com calma.

 

- Na Suíça, amor. Eles devem pensar que a filha nunca mais os contactou porque tem uma vida ocupadíssima como modelo, porque foi para isso que vim para cá. Tenho imensas saudades deles, já passaram quase cinco anos... Ao início eu ligava-lhes de vez em quando, mas depois até o telemóvel tive de vender, tornou-se tudo cada vez mais difícil. - Foi explicando, soltando alguns suspiros. - Vê-los pelo Skype já era bom... Mas ao mesmo tempo não sei o que lhes vou dizer.

 

- Que os amas. - Opinou com um sorriso, olhando para o relógio, sem que ela desse conta e ergueu-se com calma. - Queres algo da cozinha? - Questionou enquanto caminhava para a mesma e agarrando no saco que tinha pendurado no hall com a prenda dela, ao passar por ele.

 

A morena esboçou um pequeno sorriso e deixou-se ficar pelo sofá. - Não amor, obrigado. - Respondeu-lhe alto o suficiente para que ele ouvisse, aninhando-se ali enquanto ele não voltava.

 

Do frigorífico Bill retirou mais uma cerveja para si e regressou à sala com apenas o embrulho na outra mão. - Ouvi dizer que alguém está um ano mais velha. - Sorriu abertamente, estendendo-lhe o embrulho e debruçando-se depois para ela. - Parabéns meu amor! Vamos fazer com que este seja o ano mais feliz da tua vida... - Incentivou, beijando-a de forma longa e intensa.

 

- Aww! - A morena voltou a sentar-se corretamente no sofá, retribuindo o beijo de Bill. - Obrigada, amor! - Depois de agarrar bem naquilo que parecia ser uma caixa com algo lá dentro, a rapariga olhou o loiro e semicerrou os olhos. - São nuggets não são?! - Riu na brincadeira, começando a desembrulhar a sua aprenda com cuidado. Parou quando viu o que era e mordeu o lábio, sem deixar de sorrir.

 

- Quero esse telemóvel sempre com som para mim. - Apontou para a caixa do iPhone 7 Plus que oferecia à rapariga. - Já tem cartão e essas coisas, está pronto a usar. - Sorriu-lhe, sentando-se ao lado dela e voltando a agarrar na sua salada.

 

Laura já estava a chorar naquele momento. Bill provavelmente nunca tinha visto ninguém a ficar tão emocionado por causa de um telemóvel. Com um sorriso bastante fofinho, Laura assentiu e limpou as lágrimas, beijando depois o loiro. - Obrigada, amor. É lindo!

 

- Comprei pink porque achei que combinava contigo. - Comentou num tom amoroso, roçando o seu nariz no dela. - Porque não tentas ligar aos teus pais? - Procurou saber.

 

- Adorei amor, muito obrigada. - Murmurou, suspirando depois enquanto já ligava o telemóvel. - Não sei bem as horas lá, mas devem estar a dormir de certeza. - Afirmou, encolhendo depois os ombros.

 

- Pois, são umas 9 da manhã lá. - Comentou. - Talvez mais tarde não? - Encolheu os ombros meio confuso e coçou a cabeça. - Amanhã recebes a outra prenda pode ser? Vamos ter que nos levantar cedo. - Avisou, apontando-lhe o dedo.

 

- Sim, eu depois tento mais tarde. Claro. - Assentiu, fazendo uma careta logo de seguida. - Porque é que temos de acordar cedo, amor?

 

- Porque o nosso dia vai começar cedo. - Riu-se divertido, terminando a sua refeição. - Liga o telemóvel. - Pediu ansioso, apontando para o mesmo.

 

- Oh! Deixas-me cada vez mais ansiosa e curiosa. - Riu-se, ligando o telemóvel pouco depois. Colocou o PIN que o namorado disse, sorrindo ao ver a fotografia de fundo. - Oh minha mãe... Não sei mexer nisto. - Comentou envergonhada, rindo-se de si mesma.

 

- Claro que sabes, é fácil. - Sorriu. - Explora, vais ver que daqui a uns dias já sabes mexer nisso como uma pro. - Riu divertido, bebendo o resto da sua cerveja.

 

- Vou fazer isso. - Respondeu rapidamente, acabando por ir até à câmara, tirando uma foto ao loiro. - Não tenho culpa de seres bonito. - Resmungou quando ele se apercebeu, beijando-lhe a bochecha. - Vou ver se é preciso arrumar alguma coisa na cozinha e assim. - Informou, começando a levantar-se. - Queres alguma coisa de lá?

 

- Está tudo arrumado, deixa-te estar aqui perto de mim. - Resmungou num tom mimado, puxando-a para se sentar no colo dele de novo. - É só deitar isto fora e tomares os medicamentos, não te podes esquecer. - Relembrou.

 

- Oh... está bem amor. - A morena sentou-se no colo de Bill com todo o gosto, sorrindo-lhe com ternura. - Vais dormir comigo hoje, não vais? - Perguntou baixinho, como se se tratasse de um segredo dos dois.

 

- Claro que vou. Vou andar cá e lá agora! - Riu-se divertido, olhando para ela com um ar de pequena criança. - Prefiro sempre dormir acompanhado. - Comentou por fim.

 

- Ainda bem, quero dormir aconchegada a ti sempre que for possível. - Murmurou, olhando-o sempre com aquele sorriso apaixonado. - Há uma coisa que te quero contar. - Sussurrou calmamente, encarando-o.

 

- O quê princesa? - Procurou saber, acariciando-lhe as costas com calma, enquanto a admirava.

 

- Apesar, de ter sido prostituta, nunca cheguei a ter grande prazer durante o sexo. - Contou normalmente, suspirando. - Os homens que frequentavam a casa não queriam saber disso e os que me iam buscar à rua muito menos. - Explicou-se, continuando de seguida. - E quando cá cheguei e fui para casa, ao início eu era algo especial para eles, por ser virgem. Para eles era uma grande oportunidade de negócio. A minha virgindade foi a leilão e rendeu uns bons milhões à casa, mas eu não cheguei a ver nem um dólar. - Laura respirou fundo, olhando-o com atenção.

 

- Estás a gozar certo? - Ergueu o seu sobrolho, não evitando revirar os olhos e passar os dedos no cabelo como se quisesse disfarçar a sua irritação com o assunto. - Esses filhos da puta, enganam as pessoas... - Rosnou.

 

- Estou a falar a sério, amor. - Murmurou, acariciando-lhe uma das bochechas. - Eu sempre pensava que a minha primeira vez ia ser especial, que ia fazer amor com alguém que amo. Sabes, quarto decorado e tudo... - Riu baixinho, meio envergonhada. A maior parte das pessoas achava demasiado piroso e impossível de acontecer. - Mas depois olha, cheguei cá e fui obrigada a perder a virgindade com um multimilionário qualquer. Não foi muito agradável. Com o tempo fui aprendendo, as mais velhas ensinavam-me coisas, porque a minha função era servir os homens, saber tocar-lhes, saber fingir o prazer e gemer como se realmente estivesse a gostar do que me faziam. Tinha de os incentivar sempre a mais, para estarem lá mais tempo e fazê-los pagar mais ainda. E não podia queixar-me, eu não podia ter vontades ali, não podia negar nada.

 

Bill ouvia tudo calado. Não gostava daquele assunto e não era capaz de a encarar naquele momento. Não que tivesse nojo dela, mas simplesmente porque achava aquilo demasiado cruel e só por si, uma vida injusta. - Isso é horrível, desculpa, mas não consigo ouvir estas coisas. Sou psicólogo e não me faz confusão ouvir as outras pessoas..., mas tu? É tão cruel, é horrível pensar nisso sequer... - Disse num tom baixo.

 

Laura virou a cara, passando a olhar só para o chão. - Desculpa... Se calhar não devia ter contado. - Sussurrou a última parte, suspirando discretamente. Queria estar com ele de uma maneira mais íntima no futuro e naquele instante já começava a pensar que, por causa de ela lhe ter contado vagamente o que lhe aconteceu, ele já não iria querer nada com ela. Pelo menos a um nível mais íntimo. - Desculpa.

 

- Não tens que pedir desculpa, mas estou completamente assustado com isso. Sei que é a tua vida, mas revolta-me… não merecias isto, bolas! - Suspirou pesadamente, passando as mãos pela cara. - Eu prefiro não pensar que sofreste tanto...porque faz-me sofrer também entendes? - Olhou-a nos olhos.

 

publicado às 14:00
editado por Daniela C. a 28/6/17 às 20:36


4 comentários

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De twilight_pr a 23.06.2017 às 12:23

Gosto bastante da cumplicidade deles os dois, é bonita e deixa-me sempre de uma forma mesmo fofinha. A história que ela acabou de contar da sua vida, realmente mexe um bocado com o nosso sistema, com o meu pelo menos mexeu. Especialmente pela forma como ela contava, socorro... tento imaginar a forma como o Bill se deve estar a sentir, mas apenas consigo imaginar, porque sentir... acho que nem 1/4 do que ele sente no momento eu sinto.
Ainda bem que já está tudo a ser tratado para o Tom, porque a forma como ele estava totalmente descontrolado, socorro... estava seriamente preocupada com a Gigi, porque a forma ... nem quero pensar no pior e na forma que o Tom teria ficado se tal tivesse acontecido.
Adorei a história do casamento, especialmente pela forma como foi visto e como a Gigi estava feliz no dia do seu casamento, tudo estava bem! Eu espero que eles tenham um final feliz com o seu bebé!
Com o aniversário da Laura, quero ver qual será a segunda prenda que o Bill vai dar. Can't wait ^^


Beijinhos às duas <3
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De ivy hurst a 28.06.2017 às 14:59

Infelizmente a Laura sofreu imenso naqueles anos em que esteve tanto na casa como na rua. Embora seja uma coisa que ela não conte a ninguém, com o Bill ela sentiu-se à vontade para o fazer, e achou que seria o mais acertado a fazer, pois não queria esconder-lhe nada, nem mesmo as coisas más.
Quanto ao Tom... Está completamente descontrolado, mas esperemos que isso com o tratamento mude!
Obrigada, beijocas ♥

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Quando tudo parecia quase perfeito, os fantasmas do passado voltam a surgir. Natasha vê-se encurralada com um passado capaz de arruinar o seu futuro e determinado a destruir os que ama. Será capaz de controlar tudo o que a rodeia?


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