Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



[S.S] Ordinary Life • 11 (Último)

por ivy hurst, em 26.07.17

 Aqui fica o último capítulo. Esperemos que tenham gostado desta Short-Story!

------------------------------------------------------------------------

 

5-vert.png

 

- Somos duas, adoro receber prendas. - Bateu palminhas, indo direta para a cozinha e enchendo um copo com água. - Queres também? - Procurou saber, estendendo-lhe o copo.

 

- Não, obrigada. - Sorriu, rindo baixinho logo de seguida. - Como já não festejo o Natal decentemente há algum tempo, estou ainda mais entusiasmada. Só ontem é que consegui acabar as compras mas já está! Estou muito contente. - Bateu palminhas como se fosse uma miúda, respirando fundo depois. - Acho que o Bill desconfia do que lhe vou dar... Mas eu não faço ideia do que ele me vai dar a mim.

 

- O que lhe vais dar? - Procurou saber, caminhando com ela de novo para a sala, onde se sentaram num canto mais recatado e longe das mais velhas que discutiam coisas de mulheres maduras e vividas.

 

- Comprei-lhe um anel e uma camisa que ele viu uma vez mas acabou por não comprar. - Começou por dizer e riu-se depois. - E fiz uma bolacha... Nós na Suíça temos uma tradiçãozinha mas é com uns bombons numa caixa em forma de coração. O Bill tinha-me dito que na Alemanha era uma bolacha, então eu falei com a Simone... - Riu-se, sentindo as bochechas quentes. - E comprei uma câmara. Ele está sempre a dizer que gosta de fotografar. - Encolheu os ombros, respirando fundo depois.

 

- São muitas coisas e todas boas porque parece-me que ele vai gostar bastante! - Opinou com um enorme sorriso, vendo Tom voltar com a pequena Lya nos braços e entregar-lhe a mesma. - Está tudo bem?

 

- Sim, fui só eu que a quis comigo, não gosto de a ter longe durante muito tempo. - Resmungou. - Vou assinar umas coisas para virmos para aqui, vocês estão bem? - Olhou Laura.

 

A morena permaneceu calada enquanto eles conversavam, falando apenas quando o cunhado a olhou. - Sim, estamos bem. - Respondeu de forma rápida e simples. - O meu pai está convosco?

 

- Está a revelar-se uma caixinha de surpresas querida cunhada. - Piscou-lhe o olho e beijou a testa de Gigi. - Precisas de alguma coisa?

 

- Quero que me tragas uma almofada grande alta ou então vai lá a cima ao nosso quarto e traz a almofada de amamentar. - Pediu, vendo Lya começar a despertar aos poucos.

 

Laura nem soube bem o que responder ao que Tom tinha acabado de dizer. Estaria agora o seu pai metido no que quer que seja que os homens estão metidos? - Isso é bom ou mau? - Perguntou baixinho, mordiscando o lábio quando Gi falou, deixando-os novamente à vontade.

 

- É ótimo, o meu pai vai ajudá-lo imenso com o sonho de negócio dele. - Respondeu de imediato. - Não te preocupes, não é nada de grave. - Tranquilizou. - Volto já então! - Informou, afastando-se delas para trazer então a almofada a Agnes.

 

- Oh! - Laura sorriu docemente e depois olhou a amiga. - Precisas de ajuda com alguma coisa? - Perguntou com calma, levantando-se de seguida.

 

- Só mesmo da almofada, obrigada. - Sorriu, olhando para ela com atenção. - Está tudo bem contigo? - Procurou saber.

 

A morena assentiu de imediato, mostrando um pequeno sorriso. - Sim, está tudo ótimo... Porque perguntas?

 

- Estás estranha. - Comentou, colocando a pequena Lya a mamar, uma vez que já estava a reclamar por aquilo há algum tempo.

 

- Ando a sentir-me muito... Não sei. - Encolheu os ombros, sentando-se de novo para não ter de falar muito alto. - Desde que comecei a trabalhar, tem dias que sinto que estou a ser perseguida. Não sei... Devem ser só coisas da minha cabeça, deixa lá.

 

- Já avisaste o Bill? - Procurou saber, ajeitando Lya contra o seu corpo e fazendo-lhe algumas festas enquanto esta mamava deliciada. - Convém dizeres-lhe porque ele é o único que te vai conseguir ajudar. Aquele assalto há uns meses não foi normal e ele precisa de estar a par de tudo. - Olhou-a.

 

Ela respirou fundo e abanou a cabeça, dando a entender que não. - Eu olho para todo o lado e nunca há ninguém. Até mesmo quando vou de carro, penso que me estão a seguir mas depois vir noutra direção, nunca mais os vejo. Só não disse nada porque se calhar sou só eu que estou paranoica, entendes? - Laura levou a mão ao cabelo, ajeitando-o. - Quem é que me ia perseguir, também?

 

- Não faço ideia mas continuo a achar que devias dizer ao Bill. Ele pode ficar chateado se algo te acontecer e não souber de nada... - Aconselhou, olhando para ela de forma atenta.

 

Laura assentiu, olhando o chão. - Sim, tens razão... Mesmo que seja só mania minha é melhor dizer-lhe. - Murmurou, assustando-se quando sentiu alguém a tocar no seu ombro. Era o seu pai e com ele estava o namorado. - Oh, pai! - A morena sorriu, levantando-se para abraçar o pai.

 

- Como estás querida? - Questionou sorridente, abraçando a sua menina de forma apertada. - Estás linda, andas a cuidar-te, gosto disso. - Olhou-a.

 

- Oh, obrigado pai! - Retorquiu com um sorriso fofo, abraçando o pai, beijando depois a bochecha dele. - Eu estou bem... - Encolheu os ombros sem deixar de sorrir, olhando rapidamente para o namorado. - E tu pai? Estás todo janota!

 

- Ah a tua mãe obrigou-me a vestir esta roupa estupidamente janota. Estava muito bem vestido como me visto normal! - Resmungou meio amuado.

 

A filha de Magnus riu-se e abanou a cabeça. - Deixa lá, pai. Tu estás sempre janota, não te preocupes. - Deu-lhe mais um beijinho, reparando no namorado que parecia estar com a cabeça na lua. - Está tudo bem, amor? - Perguntou a Bill, sorrindo.

 

- Sim está tudo bem amor. - Confirmou, beijando-lhe a testa e olhando depois para o irmão.

 

A morena sorriu ao pai e ao namorado e agarrou na sua pequena mala. - Eu vou retocar a maquilhagem, já volto. - Anunciou, seguindo depois para o primeiro andar, chegando rapidamente ao quarto do namorado. Encostou a porta, pousando a mala em cima da mesinha logo depois. Retirou do interior da mesma alguns cosméticos e aproximou-se do espelho, ajeitando-se à sua vontade. Quando terminou arrumou tudo e seguiu para a varanda, onde viu a bonita paisagem e aproveitou para apanhar ar. Ao ouvir um barulho, olhou para dentro e voltou a entrar no quarto, assustando-se quando viu um homem a trancar a porta com todo o cuidado. - Oh meu Deus... - Murmurou, arregalando os olhos quando ele se virou e ela percebeu quem era. Estava prestes a gritar por socorro, mas ele aproximou-se logo dela.

 

- Cala a boca. - Ordenou, agarrando no braço da morena e tapando-lhe a boca enquanto a empurrava para a cama. - Vais ver o que perdeste em trocar-me minha menina. - Rosnou, começando a rasgar-lhe as roupas.

 

- Pare, por favor. - Pediu, fechando os olhos assim que o ouviu a abrir o fecho das calças. Só queria pedir ajuda ou tentar soltar-se daquele homem e não conseguia fazer nenhuma das duas coisas. - Não, por favor, não! - Resmungou como pôde, mordendo-lhe a mão de repente. - BILL! - Chamou num tom alto, da melhor maneira que conseguiu. Não tinha conseguido chamá-lo num tom muito alto, mas esperava que fosse suficiente, nem que fosse para alertar os cães e fazê-los ladrar.

 

Bill virou a cabeça em direção às escadas e ergueu-se do sofá assim que Scott começou a ladrar e correr diretamente para o andar de cima. - Mas que merda... - Murmurou, correndo em direção às escadas e apanhando a sua arma do móvel onde estavam praticamente todas expostas.

 

- Espera aí meu! - Exclamou Mike, seguindo o loiro de arma na mão.

 

Tom fez uma careta e olhou a mulher e a filha. - Fiquem aqui. Fiquem todos aqui. - Apontou-lhe o dedo, pegando também na sua arma e seguindo os outros dois assim que pôde.

 

As lágrimas escorriam pelo rosto de Laura quando sentiu aqueles dedos gordos e nojentos a passarem-lhe pelo íntimo. Snyder usava agora a outra mão para apertar o pescoço dela de tal forma que ela mal respirava, muito menos falava.

 

Bill não ouvia Laura mas ouvia movimentos no quarto dos quais não estava a gostar. Com um pontapé arrombou a porta do quarto e apontou a arma ao velho Snyder. - Afasta-te. - Ordenou, alvejando-o no braço que andava por sítios não supostos.

 

Roth rosnou ao sentir aquela dor horrível, largando a morena que já mal respirava. - Grandessíssimo cabrão. Achas que podes fazer o que quiseres, miúdo? Roubas-me a puta e achas que tens o direito de andar aí a brincar com ela? A Laura é minha, cabrão. MINHA. - Gritou-lhe de olhos arregalados, puxando Laura para si, de modo a que ela lhe servisse de escudo.

 

- Puta é a tua mãe. - Gritou, aproximando-se mais deles. - Larga-a, agora. - Ordenou de arma apontada à cabeça do mais velho.

 

- Senão o quê, miúdo? Matas-nos aos dois?! - Riu-se, queixando-se depois com dores. Roth largou o braço de Laura, passando depois a mão por um dos seios dela, apalpando-o com força. - Nunca vais ser homem suficiente para aguentar uma puta destas, desiste de uma vez. - Avisou, olhando-o seriamente.

 

Bill riu-se de forma irónica, disparando um tiro mesmo na lateral da cabeça de Snyder e agarrando em Laura para que não caísse com o homem. - Filho da puta.

 

Laura agarrou-se logo ao namorado, abraçando-o com força. Fechou os olhos com medo de olhar para trás e ver Snyder ainda vivo. Sentia-se demasiado exposta naquele momento, demasiado assustada, sem forças. - Amor… - Murmurou num tom choroso e assustado, escondendo o seu rosto no peito dele.

 

- Tirem-no daqui e saiam todos. - Ordenou ofegante, abraçando Laura de forma protetora, cobrindo-a com os seus braços grandes. - Está tudo bem, tem calma... - Pediu.

 

A morena só se mexeu quando ouviu os outros a saírem e a fecharem a porta, encarando o namorado. - Obrigado, amor... - Sussurrou, recuperando o fôlego enquanto estava nos braços de Bill. Levou uma das mãos ao pescoço, engolindo em seco. Era como se ainda sentisse aquela mão nojenta a apertar-lhe o pescoço. - Ele está...?

 

- Ele está morto. - Assegurou, olhando para aquele local e suspirando. - Vamos mudar de quarto, vais tomar um banho. Não quero que te sintas mal... - Murmurou, levando-a em direção à porta do quarto e ouvindo o choro de Lya vindo do andar de baixo.

 

Laura assentiu de imediato, respirando calmamente. - Podes ficar comigo, por favor? - Pediu baixinho. Sabia que já não havia nada a temer, mas mesmo assim não queria ficar sozinha depois daquilo.

 

- Não te vou deixar não te preocupes. - Sorriu levemente, encaminhando para outro quarto. Lá em baixo Gigi discutia com os rapazes mas Bill preferia não se meter naquele momento, mesmo sabendo que tinha uma quota parte de culpa. Assim que entraram no quarto, fechou a porta e olhou para ela. - Queres que tome banho contigo? - Procurou saber.

 

- Sim… - Murmurou num tom mimado, fazendo um beiço adorável. Seguiu Bill até à casa de banho onde tomaram um duche calmo, mas não muito demorado. O loiro por vezes abraçava-a e beijava-a, com todo o amor e carinho. Quando terminaram, a morena secou o seu corpo e olhou o namorado que fazia o mesmo. - O que é que eu visto agora?

 

- Veste um vestido já para o jantar. - Sorriu, vestindo a sua roupa que reservara para o jantar de consoada. - Estou bem? - Procurou saber, virando-se para ela.

 

A morena acabou de vestir o seu vestido vermelho, calçou-se e só depois é que olhou para o namorado. - Estás lindo como sempre, babe. - Gracejou, prendendo o seu cabelo, maquilhando-se depois. - Está bom assim? - Perguntou, ajeitando o decote.

 

- Oh, estás tão boazona. - Mordeu o lábio inferior e ajeitou o decote da namorada ainda mais ao gosto dele. - Amo-te tanto sabias? - Suspirou com um sorriso.

 

Laura mostrou um sorriso maroto e assentiu. - Eu também te amo muito, meu amor. Muito. - Afirmou, beijando de seguida com todo o amor. - És o meu herói. - Sussurrou, com um sorriso fofo.

 

- Faço tudo para te proteger e acredito que de hoje para a frente a nossa vida vá ser uma perfeição. - Sorriu abertamente, agarrando numa caixa de veludo vermelha e retirando da mesma um colar de prata com um B pendurado em diamantes. - Vamos a uma prenda antecipada porque quero que estejas perfeita esta noite. - Sorriu, colocando-lhe o colar.

 

A rapariga ficou surpreendida ao ver o belo colar. Sorria abertamente enquanto se via ao espelho observando também o namorado, que lhe colocava o acessório. - É tão lindo! - Guinchou, virando-se para Bill quando já estava pronta. - Obrigado! - Beijou-o rapidamente, abraçando-o de seguida.

 

- Não tens de quê! - Riu e ajeitou-se uma última vez ao espelho. - Vamos descendo? Tenho que pedir desculpa à Gigi, ela deve estar passada demais... - Suspirou.

 

Ela abanou a cabeça depois de um suspiro e mordiscou o lábio. - Eu é que tenho de pedir desculpa. A culpa disto é minha. Ele veio atrás de mim. - Afirmou, encolhendo os ombros depois. Deu a mão a Bill, seguindo com ele para a sala de jantar, onde já estavam todos à espera.

 

- Não digas isso, é mentira. - Repreendeu, entrando com ela na sala e vendo todos os presentes olharem para Laura.

 

- Rapazes! - Exclamou o progenitor de Gigi, chamando a atenção dos seus 3 filhos para não olharem de forma maliciosa para Laura, uma vez que era companheira de Bill.

 

Enquanto que os irmãos de Gigi estavam com um ar aborrecido após levarem aquele pequeno raspanete, Bill estava satisfeito. Notava-se bem que Bill adorava que olhassem assim para a sua namorada e soubessem que ela era sua e de mais ninguém. Depois de se sentar, Laura respirou fundo e olhou-os a todos, fixando o seu olhar em Gigi por fim. - Peço desculpa...

 

- Tudo bem... - Apenas respondeu, não retirando os olhos do prato. Não a culpava a ela, mas só queria respeito num ambiente que a sua bebé de mês e meio frequentava. - Espero que estejas bem. - Sorriu-lhe levemente, voltando atenção para o prato de novo.

 

Laura suspirou e olhou para o namorado. Entendia o lado da loira, mas ao mesmo tempo ela não tinha a culpa. E mesmo assim, sentia-se culpada. - Estou, não te preocupes. Eu estou bem. - Assegurou, olhando depois para o pai que a examinava ao longe. Sem saber o que mais dizer, a morena calou-se e assim ficou.

 

- Estás linda Laura, esse vestido assenta-te muito bem também. - Elogiou Simone. - Onde o compraste? - Procurou saber, numa tentativa de a manter distraída.

 

- Obrigada, Simone. Eu não sei bem, foi o seu filho que mo ofereceu... - Sorri docemente, agradecendo quando a empregada a serviu. Naquele momento não estava com grande vontade de falar, por isso começou a comer.

 

- Pedi à Gigi que ocupasse o tempo dela com alguns vestidos para a Laura. - Sorriu, ouvindo-se por parte da loira uma risada irónica.

 

- Ocupar o excesso de tempo a fazeres aquilo que fazes a vida toda. Desenhar e criar para o teu círculo de amigos e familiares. Podes dizer querido cunhado, já todos sabem! - Sorriu de forma forçada, agarrando nos talheres. - Bom apetite família! - Desejou, antes mesmo de dar início à sua refeição.

 

- Obrigada e igualmente. - Laura sorriu brevemente e começou a comer, sem falar muito. Havia várias conversas paralelas, mas a morena não participava de nenhuma delas. Só respondia quando lhe falavam ou perguntavam algo, de resto ela estava sempre atenta ao prato. Só acordou dos seus pensamentos quando sentiu a mão do namorado na sua coxa, sorrindo-lhe discretamente logo de seguida.

 

- Estás a gostar da comida? - Procurou saber, acariciando-lhe a coxa e olhando-a nos olhos.

 

Ela assentiu de imediato, ainda sorridente. - Sim, está tudo perfeito. - Falou num tom baixo, terminando de comer pouco depois. Estava com fome, por isso não demorou muito a comer aquilo que tinha no prato. - E tu? Estás a gostar? Estás bem? - Perguntou discretamente, rindo-se baixinho quando sentiu lambidelas na perna.

 

- Estou, eu adoro o jantar de Natal, como sempre bastante. - Sorriu e olhou para baixo da mesa. - Pumba, não sejas chato. - Resmungou, olhando o cão que o olhava agora com atenção.

 

- Eu também! - Sorriu, olhando também para Pumba. - Oh, não fales assim com o menino... - Resmungou ao namorado, fazendo festinhas ao cão. - Fica quietinho, sim? - Pediu calmamente, sorrindo quando ele se deitou debaixo da mesa, aos pés de Laura. Assim que todos comeram aquele prato, seguiu-se a sobremesa que não tardou a chegar. - Oh meu deus... Chocolate! - Guinchou baixinho, toda contente.

 

Magnus levantou-se e foi ter com a filha, servindo-lhe então a sobremesa com chocolate que ela tanto queria. - Tudo bem por aqui? - Perguntou com calma, pousando uma das mãos no ombro de Bill, olhando-o.

 

- Tudo ótimo e vocês, estão a gostar do jantar? - Procurou saber, olhando para o sogro. Bill estava numa pilha de nervos interna e todos os homens ali naquela casa sabiam o porquê. A reunião servira não só para tratar de alguns negócios como para Bill ter uma conversa séria com o seu sogro. - Veja lá não suje a roupa catita senão mais logo não tem prenda. - Brincou o mais novo.

 

- Estamos a adorar, obrigado. - Respondeu de seguida, rindo com o que o loiro disse. - Ah, não te preocupes, rapaz. Se me sujar olha, sujei. - Encolheu os ombros, sorrindo. Magnus olhou para as horas e arregalou os olhos. - Caraças, já são onze e meia. Bem, vou-me sentar e acabar de comer a sobremesa. - Magnus beijou a testa da sua filha de forma demorada, regressando ao seu lugar.

 

- Vai lá, pai. - Murmurou Laura quando o pai a beijou, olhando depois para o seu namorado. Ela não estava assim com tanto calor, mas Bill até estava a suar. Preocupada, a morena pegou no guardanapo e encarou o namorado. - Queres ir apanhar ar? Estás a suar, amor...

 

- Não, eu estou bem. Só um pouco ansioso porque eu adoro abrir as prendas e nunca mais passa o tempo! - Resmungou, comendo a sua sobremesa com bastante rapidez.

 

- Oh Billy boy, calma que elas não saltam debaixo da árvore! - Gozou Mike.

 

Laura riu baixinho e limpou a testa do namorado com cuidado, beijando-lhe depois a bochecha. - Já está quase! É quase meia-noite. - Relembrou, comendo a sua sobremesa. Todos falavam uns com os outros, mas agora era Bill que estava mais calado que ela. À medida que a meia-noite se aproximava, o rapaz parecia que ia explodir. Quando todos terminaram e o pai dos gémeos pediu, todos saíram da sala de jantar, seguindo para a sala de estar onde iriam abrir os presentes.

 

- Bill queres ser tu a dar as prendas? - Questionou Simone, ao que o loiro negou de imediato. - Como não queres? Todos os anos és tu!

 

- Mãe, mas este ano não. - Resmungou de imediato, passando as mãos pela cara e olhando as horas.

 

Laura fez uma pequena careta, observando o namorado com atenção. Estava mesmo preocupada com ele. - Se precisar de alguém para distribuir as prendas eu posso tratar disso. - Informou a morena de imediato, toda ela no modo natalício. Assim que Simone permitiu, Laura aproximou-se da árvore de Natal e começou a distribuir as prendas aos respetivos destinatários, deixando as de Bill para o fim. Pegou em tudo o que lhe tinha comprado e aproximou-se dele, entregando-lhe as prendinhas. - Feliz Natal, amor. - Murmurou sorridente, olhando-o enquanto ele abria.

 

- Obrigado! - Exclamou sorridente, começando a abrir todas as prendas. - Oh meu Deus esta câmara. - Guinchou entusiasmado, começando a ler a caixa da mesma. - Vai ser muito útil. - Sorriu matreiro, olhando-a. - Abre as tuas! - Pediu, apontando para o monte de sacos e caixas que havia para ela. Eram para lá de 20 prendas de todos os restantes e algumas dele.

 

- Estavas sempre a dizer que gostavas de ter uma boa câmara à mão para poderes fotografar-me... - Sussurrou, beijando-o com carinho. Ela assentiu de seguida, correndo até à árvore de Natal. Tinha deixado lá as suas porque adorava sentar-se no chão, perto da árvore, e abrir as prendas todas. Fazia isso desde que começou a abrir as prendas sozinha. Laura guinchava a cada prenda que via, levantando-se sempre para ir agradecer à pessoa em questão. Quando terminou, voltou para perto de Bill, beijando-o logo com muito amor e paixão. - Este é o melhor Natal de todos. - Sussurrou, acariciando-lhe as bochechas.

 

- Agora o resto das minhas! - Riu, beijando-a de forma bastante carinhosa e sentando-a no colo dele. - Este envelope. - Estendeu-lhe o mesmo, dourado com o nome dela em negro que continua duas passagens para o Brasil durante 7 dias. Iriam ao Rio de Janeiro e Búzios.

 

- O resto?! Pensei que já estava tudo! - Falou toda entusiasmada, abrindo o envelope com todo o cuidado. - Brasil?! - Guinchou, beijando-o depois. - Já estou a ver que vais dar muito uso à câmara que te dei!

 

- Eu disse que ia dar jeito. - Riu-se animado, abrindo a caixinha com o anel e colocando-o à frente dela. - Aceitas casar comigo? - Questionou.

 

- Oh meu Deus! - Guinchou Gigi, completamente histérica e chocada a olhar para eles.

 

A expressão de Laura mudou por completo. Estava de olhos arregalados e com um ar sério, chocado. Não estava à espera daquilo e, durante cerca de um minuto, não reagiu de forma nenhuma. Só quando ouviu Bill a chamar por ela é que pestanejou, encarando-o de seguida. - Sim. - Murmurou, começando a sorrir. - Sim! Eu aceito casar contigo! - Falou bem alto, levando uma mão a tapar a boca enquanto ele lhe colocava o anel no dedo.

 

- Ah foda-se que susto! - Suspirou de alívio, colocando-lhe o anel completamente a tremer. - Já está Bill, já está. - Suspirou mais uma vez, olhando para ela completamente feliz.

 

Laura riu meio atrapalhada, incapaz de parar de sorrir. - Desculpa, desculpa amor. - Murmurou, beijando-lhe o canto dos lábios várias vezes. - Amo-te tanto, tanto. - Sussurrou emocionada, encarando-o de seguida.

 

- E eu a ti minha princesa linda. - Sorriu abertamente. Não havia nada que fizesse Bill mais feliz que aquela mulher e todos sabiam disso!

 

Fim.

publicado às 14:00
editado por Daniela C. a 11/7/17 às 00:50


Currently Posting

No Control

Informações

Quando tudo parecia quase perfeito, os fantasmas do passado voltam a surgir. Natasha vê-se encurralada com um passado capaz de arruinar o seu futuro e determinado a destruir os que ama. Será capaz de controlar tudo o que a rodeia?


Currently Writing

Lost In You



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.