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[O.S.] Up In The Air || Última Parte

por Daniela C., em 07.05.17

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- Antes de irmos, dá-me um beijo daqueles. - Pedinchou, agarrando-lhe o pulso com cuidado e olhando-o nos olhos com um sorriso terno nos lábios.

 

- Com todo o gosto. - Tom abraçou-a bem contra si, beijando-a de forma bem intensa e apaixonada. A língua dele invadia a boca dela sem medos e as suas mãos acariciavam-lhe o fundo das costas com calma. Ele sabia como deixar Diana sem fôlego e, para felicidade dela, um beijo transformou-se em dois e as mãos dele passaram para o traseiro dela, apalpando-o com força. Quando afastou os seus lábios dos dela, sorriu-lhe com ternura.

 

Diana sorriu de forma parva, roçando o seu nariz no dele enquanto lhe agarrava as mãos e as arrastava ao interior da sua sweat. - Ainda bem que me ofereces sweats do número acima, assim posso ser free the niple. - Sussurrou-lhe, deixando-lhe as mãos sobre os seus seios despidos de qualquer soutien.

 

O moreno apalpou-lhe os seios enquanto a encarava, mostrando-lhe um sorriso perverso. - Adorava poder sugá-los agora, mas temos de ir ali socializar. - Relembrou, como se fosse um enorme fardo. - Mas depois trato disso. - Segredou-lhe ao ouvido, mordiscando-lhe a orelha. - Anda babe, vamos lá. - Ele deu-lhe a mão, achando piada por ela parecer estar sem chão naquele momento. Ele compreendia-a, se pudesse estaria agora a despi-la.

 

- Há comida ali? - Questionou de imediato, deixando-se levar por ele. Diana era louca por comida, andava sempre a petiscar aqui e ali e Tom sabia disso. - Que fome, bebi tanto whiskey-cola. - Confidenciou, tapando a boca depois.

 

- Claro que há! Achas que me dava com estes gajos se eles não me trouxessem comida? - Perguntou alto quando já estavam a entrar na divisão, rindo-se. - Tu és doida, precisas de comer. - Resmungou baixinho como se fosse um segredo, levando-a para perto da mesa com comida. - Malta, esta é a Diana, a minha namorada. - Apresentou primeiro, começando depois a apresentar os seus amigos à namorada, um de cada vez.

 

- Olá a todos! - Acenou Diana, rindo-se quando viu um dos amigos dos rapazes ficar de queixo caído a olhar para ela. A rapariga sabia o motivo!

 

- Bro, eu ia meter-me com ela no concerto. Não tens noção, ela dançava, ela bebia, ela cantava, eu estava a ficar doido! - Confidenciou, levando todos a rir. - Podias avisar um gajo, estava quase a meter-me com a tua miúda. - Resmungou.

 

- Então olha, tens bom instinto, continua assim. Se algum de vocês tiver a infeliz ideia de se meter com a minha namorada, estão fodidos. - Avisou de imediato com um ar sério, mas depois riu-se para aligeirar o ambiente. - Então e novidades? - Questionou, dando entretanto alguns dos petiscos favoritos à namorada.

 

- Já trouxeste a novidade, deixa agora a rapariga falar. - Afastou-o, passando um braço sobre os ombros de Diana. - Diga-me princesa Diana, do Tom, de onde veio? És latina, tens traseiro disso, tipo brasileira ou assim...

 

- Sou portuguesa, o traseiro é muito trabalho... do Tom. - Respondeu divertida, comendo algumas batatas fritas enquanto se deixava estar debaixo do braço dele. - Mais questões? - Riu.

 

- A sério? - Resmungou ao ouvir aquilo, suspirando. Ele até se manteve afastado, mas notava-se a léguas que não gostava nada daquela conversa.

 

- Então e as mamocas, são verdadeiras ou falsas? - Perguntou um dos outros, levando todos a rir, menos Tom.

 

- Não têm perguntas decentes para fazer à rapariga? - Resmungou já incomodado, passando a mão pelo cabelo.

 

- Que interesse tem isso? - Respondeu numa careta, olhando Tom. - Ele não está a gostar. - Avisou antes de colocar uma uva na boca.

 

- Ele tem que se lembrar que nos habituou a alguém que não merecia perguntas do género e não tem que levar a mal porque ele é um tarado. - Argumentou, olhando depois o moreno. - Kaulitz tens uma namorada mesmo boa, ninguém lhe vai tirar um pedaço, deixa de ser conas. - Protestou. - Já percebi porque é que andas todo contente. Também eu andava!

 

- Isso de ser tarado ou não, não é para aqui chamado. Uma coisa é estarmos só nós e falarmos de mulheres, outra completamente diferente é vocês estarem aqui a fazer perguntas dessas à minha namorada. Para que é que vos interessa se as mamas são verdadeiras ou não? É suposto ela sentir-se bem aqui connosco, não é para ter vontade de fugir a sete pés. - Explicou-se com calma, olhando-os.

 

Fitti revirou os olhos com o argumentou do amigo e olhou Diana. - É melhor ires para debaixo da asa dele. - Aconselhou, deixando-a ir ter com Tom e olhando depois Bill. - Tu só bebes, não ofereces nada a ninguém? - Brincou, indo ter com o mais novo dos gémeos.

 

- Oferecer? Não vou oferecer nada, está aí para beber, se quiseres serve-te! - Gargalhou Bill.

 

Diana aproximou-se de Tom, roubando-lhe um beijo. - O que se passa contigo? - Questionou com cautela.

 

- Nada... - Começou por dizer, encarando a namorada de seguida. - Eu só quero que te sintas à vontade com eles, com todos nós. E não é a fazerem perguntas parvas que te vais sentir bem aqui. - Resmungou, olhando depois para o chão.

 

- Eu estou à vontade e são coisas normais de gajos, tu sabes disso melhor do que ninguém. - Levantou-lhe o rosto. - Está tudo bem, ok? Eu aguento muito bem as perguntas impróprias. - Riu-se num leve revirar de olhos. Diana não era de todo uma rapariga do qual os homens não lhe faziam por vezes muitas perguntas indecentes.

 

- Pois, mas eles só te estão a fazer as perguntas impróprias por causa de mim. - Suspirou, encarando-a. - É estranho para mim ouvi-los a falar assim de ti, ainda por cima mesmo à tua frente. - Murmurou, olhando depois para os amigos.

 

- Talvez porque nunca tiveram oportunidade de o fazer. Sê tu mesmo ok? Se eu não gostar de algo eu respondo, não tens que te sentir incomodado por mim. A pior coisa que podes fazer é mudares quem és com os teus amigos, por alguém que está ao teu lado... - Olhou-o nos olhos. - Sabes do que estou a falar...

 

- Eu não estou a mudar quem sou, só estou a tentar que te sintas confortável no meu grupo de amigos, só isso. - Encolheu os ombros enquanto os olhava. - Enfim. - Murmurou, tentando mudar de postura a seguir. - Então e não há novidades? Não me digam que a única novidade é a Diana que não acredito nisso. - Riu, olhando-os.

 

- A novidade é que a Diana é boa! - Respondeu Fitti, olhando depois para Tom com um ar desafiador. Fitti era um dos amigos mais malucos que a banda tinha, era músico e produtor e ajudara bastante a banda na elaboração de algumas coisas do álbum, especialmente Tom. Por mais que tentasse não provocar o moreno queria apenas que ele fosse quem sempre foi e não que se torne um sensível só porque está oficialmente comprometido.

 

- Claro que é! Por quem me tomas, han? Sabes que eu tenho um excelente gosto a nível geral, mas no que toca a gajas eu escolho logo a melhor. - Respondeu logo todo convencido, abraçando Di com o braço disponível, já que tinha a outra mão ocupada por estar a petiscar.

 

- Tens mais sorte que o teu cão. - Gozou, bebendo o resto da sua cerveja. - Fazes o quê Diana?

 

- Sou comissária na Fly Emirates há 5 anos, MC Fitti. - Respondeu sorridente, comendo as suas batatas doces fritas com imensa satisfação.

 

- Há 5 anos? Tens que idade? - Arregalou os olhos, abanando a cabeça confuso.

 

- Tenho 26, entrei com 21. - Disse num leve encolher de ombros.

 

- Este gajo não tem maneiras, não se pergunta a idade às mulheres! - Revirou os olhos, rindo. - Ela é a comissária mais jeitosa de todos os tempos e desde que está comigo ficou ainda mais jeitosa. - Gracejou, todo convencido como sempre.

 

- Por acaso é verdade. - Concordou a morena, sentando o namorado contra a mesa e encostando-se a ele.

 

- Oh vá lá, deixa-te dessas tretas porque ela é nova. Agora não precisas de saber a idade de uma velha, aliás, evitas saber. - Explicou-se ao que todos se riram.

 

- Pronto, pronto, e tu és o pro em gajas, não é? - Riu, abanando a cabeça. Tom largou a namorada e levou a mão ao braço direito, subindo-a até ao ombro, tentando massajá-lo discretamente.

 

- Eu sou o pro em tudo o que ande. - Clarificou com uma gargalhada. - Tipo Bill. - Encolheu os ombros.

 

- Não compares, Fitti. - Resmungou Bill, abrindo mais uma mini garrafa de champanhe e começando a beber. - Temos mesmo que ir fazer o outro meet, já mandei vir umas pizzas para matar um bocado de tempo aos fãs, mas não nos podemos esticar. - Comentou num tom meio pausado, demonstrando o seu ar embriagado.

 

- Sim, não se demorem. Senão elas deserdam-vos! - Brincou Diana, deixando-se relaxar no colo do namorado.

 

- Sim é verdade, é melhor começarmos a pensar em ir andando. - Avisou assim que olhou para o relógio, olhando depois para Gustav. - Preciso de uma das tuas massagens. - Avisou, mas acabou por beijar a namorada e ir ter com o irmão, roubando-lhe a garrafa. - Vá, vamos embora bêbedo do caraças.

 

- Não sejas tão chato. - Resmungou o mais novo, levantando-se com a ajuda do irmão e batendo com as mãos na cara com o objetivo de se manter catita.

 

- Pronto, pronto, anda lá loirinho! - Riu baixinho, olhando para a namorada uma vez mais antes de se irem embora.

 

- Ela não vem? Tem que tirar a foto connosco. - Olhou-o com atenção. - Diana anda, o Fitti também vem para a foto. - Avisou.

 

- Não há problema? - Fez uma careta engraçada.

 

- Claro que não há problema, tola! - Resmungou de forma engraçada, voltando para perto dela. - Da maneira como estavas aí parada a olhar para mim até pensei que querias ir à casa de banho ou assim. Anda lá connosco!

 

- Não, estou bem obrigada. Mas bebia aquele resto de garrafa! - Sorriu, correndo até à garrafa de champanhe e agarrando na mesma. - Amanhã quero ver como vou acordar. - Riu divertida, dando a mão ao namorado enquanto bebia da garrafa.

 

- Não sabes como vais acordar? Com o Kaulitz mais sexy ao teu lado, claro. - Gracejou feliz da vida, não se importando que Diana bebesse o resto da garrafa. - Como é, vamos lá fazer isto rapaziada?!

 

- Sim, mas não te esqueças que já vou trabalhar à noite e quero aproveitar esta madrugada. - Resmungou num tom mimado.

 

- Vamos nessa! - Exclamou Bill, ajeitando a sua roupa antes de abrir a porta para a sala onde as fãs já aguardavam. O Meet&Greet correu como esperado e apesar de ter sido curto, ainda deu para umas boas selfies com as fãs e uns momentos bem passados. Diana permanecia maioritariamente no seu canto, falando com a namorada de Georg com quem acabou por criar grande empatia.

 

 

Berlim, 15 de Abril 2017

 

Diana entrou no quarto sem fazer barulho, deixando a mala logo à porta e caminhando com cautela até à cama. A luminosidade no quarto era quase nula por isso a rapariga tinha que apalpar terreno para ver por onde andava. Assim que apalpou os lençóis arrastou a mão até alcançar o pé de Tom e estranhou por este ser demasiado magro.

 

- Mas que merda... - Murmurou, agarrando no seu telemóvel e ligando o flash. - Oh meu deus! - Gritou assim que viu Bill deitado na cama, completamente nu e acompanhado. - Oh meu deus, filhos da puta deram-me a chave errada. - Tapou os olhos, virando costas aos rapazes que se tentavam tapar.

 

- Que raio? - Resmungou Bill depois de se tapar, suspirando de seguida. - Diana? O que é que estás aqui a fazer? - Tentou perguntar da forma mais educada e calma possível, aguardando resposta da morena que estava ainda mais atrapalhada que ele.

 

- Deram-me a chave errada... - Desculpou-se num múrmuro. - Vou tratar do assunto... - Gaguejou saindo depois do quarto disparada até à receção. - Oiça, deu-me a chave errada! Tom Kaulitz, eu quero a chave do quarto de Tom Kaulitz. - Gritou o nome no final.

 

- Isso é impossível, o Sr. Tom está acompanhado e o único que esperava visitas era o Sr. Bill. É a informação que tenho aqui! - Desculpou-se enquanto apontava o computador.

 

- Acompanhado? Por quem já agora? - Questionou irritada.

 

- São informações que eu não lhe posso facultar, se continua a falar nesse tom, eu vou chamar o segurança. - Ameaçou.

 

- Portanto você está a dizer-me que o meu namorado está acompanhado? - Apontou-se de lágrimas nos olhos.

 

Tom estava a sair do elevador quando ouviu a namorada aos gritos. Não pensou uma vez que fosse, começando logo a correr na sua direção. - O que é que se passa?

 

- Estavas com quem? - Questionou a mais nova, olhando para o namorado com as lágrimas a escorrerem-lhe pelo rosto.

 

- Sr. Kaulitz pensei que fosse uma fã...

 

- Mentiroso! Deu-me a chave do quarto do irmão, acabei de ver o que não queria e agora vem desculpar-se fazendo-me passar por mentirosa? - Atirou a rapariga, com uma enorme vontade de esganar aquele homem.

 

Tom olhou o rececionista com um ar bastante furioso, acabando por puxar a namorada para si e abraçá-la antes de dizer o que quer que fosse. - Se não sabia quem era, no mínimo ligava lá para o quarto e perguntava-me, não? Deu-lhe a chave do meu irmão para quê? Você não deve regular bem, de certeza. - Resmungou, limpando as lágrimas da namorada. - Esquece babe, vamos para o meu quarto, vá. - Murmurou, beijando-a de seguida.

 

- E eu vou escrever no livro de reclamações. Você podia ter terminado com o nosso relacionamento por um ato idiota! - Avisou enquanto se soltava do namorado. - E teve muita sorte em não lhe ter espetado já um soco. - Apontou-lhe o dedo, virando depois costas ao homem e caminhando para o elevador. Felizmente ninguém se encontrava naquela área de momento.

 

- O pior não vai ser ela escrever no livro de reclamações, o pior vou ser eu que vou falar com o seu chefe e fazer queixa de si. Ouviu bem? - Ameaçou, seguindo depois num passo acelerado até aos elevadores, onde apanhou e abraçou Diana. - Respira, por favor. Estás muito nervosa. - Murmurou, entrando com ela para o cubículo metálico.

 

- Eu vi o teu irmão nu, com um gajo qualquer do mesmo modo. Chego ali a querer apenas a chave do teu quarto e ele diz-me que estás acompanhado...? - Gesticulou com as mãos, chorando bastante nervosa com a situação. - Só me faltava isto... - Soluçou.

 

- Calma, vem cá. - Murmurou, pegando nela ao colo e deixando que ela se agarrasse a ele como se fosse um coala. - Eu vou falar com o chefe e vou fazer queixa, sim? E isso do meu irmão... Depois eu converso com ele, não te preocupes agora com isso. Pode ser? - Pediu, com um sorriso carinhoso. - Olha para mim, vá. Estava cheio de saudades tuas. - Segredou-lhe, mantendo o mesmo sorriso.

 

- Eu também estava cheia de saudades tuas... - Murmurou coma cabeça sobre o ombro do moreno, deixando-se estar no colo dele quieta. Diana andava a passar uma má fase e nem sempre conseguia gerir as suas emoções face aos acontecimentos. Desde o facto de Simone recusar conhecê-la - situação do qual Tom pensava que ela desconhecia - aos seus pais acharem aquele namoro a situação mais louca do século, tornava-se cada vez mais difícil estar longe de Tom e o seu psicológico estava a ficar afetado por se sentir incapaz de regressar ao seu trabalho com todas estas confusões.

 

Antes de dizer mais alga coisa, o moreno esperou até chegarem ao andar deles, levando-a ao colo até ao seu quarto. Fechou a porta com o pé, sentando-se na cama com a namorada ao colo. Gemeu baixinho de dor e fez pequenos movimentos circulares com o ombro da forma mais discreta possível. - O que se passa, amor? O que tens? - Questionou num tom amoroso, olhando-a com atenção. Era raro tratarem-se por amor, mas de vez em quando lá saía.

 

- Estou exausta... do nada o mundo virou-se contra nós. - Olhou-o nos olhos. - A tua mãe não me quer conhecer, nem à lei da bala e eu entendo-a, teve que aceitar durante 6 anos uma mulher que não te fez feliz nem um pouco. Os meus pais acham que sou louca porque namoro com um alemão, vivo no Dubai e além de tudo isso, ele mora em Los Angeles e eu sou Portuguesa... - Riu-se irónica. - Estou cada vez com menos força para aguentar a distância...

 

- Como é que soubeste isso? - Perguntou num tom mais tristonho, suspirando. - A minha mãe só tem de entender que eu estou bem com quem estou, que me fazes feliz e que é contigo que eu quero estar. Ela pode opinar e dar conselhos, mas também não manda na minha vida. - Abanou a cabeça, acariciando-lhe as costas, mexendo só um dos braços. - E quanto aos teus pais... Assim que eu conseguir, vamos lá os dois ter com eles. Eu aprendo esse português manhoso, se for preciso. - Brincou, tentando ver um sorriso no rosto dela.

 

- Alguém que gosta de te ver feliz, disse-me. - Encolheu os ombros vagamente. - Quanto aos meus pais... não te preocupes, eles aceitam as minhas decisões porque sabem que não sou louca ao ponto de não saber o que faço. A tua mãe também não me preocupa, na verdade a opinião dos outros é algo que me ultrapassa...

 

- Então, se não te preocupa assim tanto, porque é que estás tão em baixo? Não te quero ver assim tão tristonha... - Murmurou com um beicinho fofo, encarando-a. - É tudo saudade?

 

- Porque me deixa triste. Antes não tínhamos que ter o aval dos outros para sermos felizes, agora a tua mãe não me quer conhecer, os meus pais acham tudo isto uma estupidez e eu não sei o que fazer quando estou longe de ti. Sinto que ganhei uma responsabilidade na vida, do qual não estou sequer a conviver com ela... - Soluçou enquanto voltava a chorar. - É duro quando tu estás feliz e completa e o mundo dá sinal de vida e mostra-te que as coisas não são como nos queremos... - Explicou-se.

 

O moreno limpava-lhe as lágrimas com cuidado, ouvindo tudo com atenção. - Ouve... Nós vamos acabar por lhes mostrar que nos amamos de verdade. Que isto não é uma estupidez, que não somos loucos. Eles vão ver que somos felizes um com o outro, que somos fortes. Eu amo-te, tu amas-me e é só isso que me importa. Estar longe de ti é sempre difícil, mas arranjamos sempre maneira de voltarmos a estar juntos. Porque é que não tentas tirar umas férias na altura em que a tour acabar? Podemos passar todos esses dias juntos, recarregar as energias. - Sugeriu, sorrindo.

 

- Eu já fiz isso... - Confidenciou, fungando enquanto passava as costas da mão pelo nariz. - Quando me deste as datas eu marquei férias... - Olhou-o nos olhos.

 

- Ótimo! E ainda não me tinhas dito nada porquê? Estavas a ver se ias de férias sem mim?! - Fingiu-se​ muito chocado, abanando a cabeça.

 

- Queria fazer-te uma surpresa e estar 2 semanas de pernas abertas para ti, mas já não é só isso... - Sorriu levemente, voltando a abraçá-lo e a deitar a cara sobre o ombro dele.

 

- No outro ombro, por favor. - Resmungou de imediato num tom baixo, suspirando de seguida. - Tanto tempo de perna aberta para mim? Parece-me muito violento! - Brincou com ela, deixando-se cair até ficarem deitados na cama.

 

- O que se passa com o teu ombro? - Procurou saber, erguendo a cabeça para o olhar. - Começaste a Tour doente, agora uma dor no ombro... Estás mesmo bem?

 

- A culpa disto é tua, ando aí bater punhetas todos os dias. - Resmungou, rindo-se depois. - Estou a brincar. Dei um mau jeito qualquer durante o concerto do outro dia. - Explicou-se rapidamente, fazendo uma pequena careta. - Mas não é nada de especial, não te preocupes.

 

- Já foste fazer alguma massagem por aqui? - Perguntou calma, olhando para o ombro de Tom que parecia relativamente mais inchado que o normal. - Talvez te consigam aliviar a dores... - Opinou.

 

- Não, ainda não. Nem estava com muitas dores e acabei por me esquecer, peguei em ti ao colo e lembrei-me logo. - Riu baixinho, suspirando. Depois de destapar o ombro com a ajuda da namorada, esperou que ela observasse melhor o mesmo. - Está feio ou assim?

 

- Um pouco inchado. Queres que peça gelo? - Sentou-se sobre a cintura dele, passando as mãos pela cara numa tentativa de afastar todas aquelas más energias de si. Diana vestia umas calças de veludo práticas e um crop top do mesmo tecido, a maquilhagem não existia naquele dia e tudo isso lhe dava uma beleza natural. O seu cabelo longo, cor de chocolate, estava solto e chegava-lhe bem no meio das costas.

 

- Não, quero que me beijes. - Resmungou com um sorriso carinhoso. - Eu depois trato do ombro, não te preocupes. Tenho de esperar que venha um massagista macho, senão a minha namorada esfola-me... - Brincou, olhando-a pelo canto do olho.

 

- Não sou dessas de ter ciúmes de massagistas. - Riu-se divertida, beijando-o com dedicação depois. - Tinha tantas saudades tuas... - Confidenciou, passando uma das suas mãos para dentro da camisola do rapaz e percorrendo-lhe o peitoral com a mesma.

 

- Eu sei, estava a meter-me contigo. - Retorquiu sorridente, levando uma das mãos a passear pelo corpo dela. - E eu tuas, Di. Isto de estarmos longe um do outro está a ficar cada vez pior, passamos a vida cheios de saudades. - Resmungou, beijando-a calmamente. - Mas vamos arranjar sempre maneira de estarmos juntos. Nem que eu passe a ser piloto de aviões!

 

- Não faças isso, tu és bom músico. - Riu à gargalhada, descendo a mão para o interior das calças e dos boxers do rapaz. - A sorte é que sexo com saudades é mais intenso. - Comentou com um sorriso carinhoso, agarrando no pénis dele com cuidado.

 

- Também posso ser um bom piloto se eu quiser. - Avisou de imediato, suspirando assim que sentiu a mão dela no seu membro. - Tu és danada... - Sussurrou com um sorriso maroto, mas não a impediu de continuar.

 

- Não digas uma coisa dessas, parece que me estás a difamar. - Disse num tom calmo e baixo, movendo a sua mão a um ritmo lento mas bastante agradável para o rapaz. - Gosto de te sentir crescer, de te sentir vir, saber que sou eu que faço isso... - Segredou-lhe ao ouvido.

 

- Eu gosto do facto de tu me conheceres tão bem. - Murmurou, fechando os olhos para aproveitar melhor aquela sensação. - Que saudades que eu tinha dessas mãos. - Sussurrou, soltando um pequeno gemido.

 

- Conheço-te bem? Porque dizes isso? - Questionou contra o maxilar dele, beijando-o com calma assim que alcançou a boca do moreno. Com o tempo Diana aumentou a velocidade dos movimentos de mão, sentindo o membro de Tom enrijecer de imediato.

 

- Porque é verdade. - Respondeu num tom baixo, sentindo-se nas nuvens naquele instante. - Sabes como me tocar, como me acalmar. Sabes sempre o que deves fazer. - Sussurrou a última parte, voltando a gemer.

 

- Isso é porque decorei e habituei-me a ti, mais rápido do que até eu pensava ser possível. - Sorriu abertamente, passando o polegar sobre a glande e sentindo-o contrair-se todo.

 

- Diana... - Resmungou de imediato num gemido rouco, levando a mão a tentar alcançar o íntimo dela. Não conseguir mexer o outro braço em condições e fazer-lhe o que pretendia estava a deixá-lo louco. - Estás muito vestida.

 

- Eu sei, é para estar assim mesmo. - A morena riu-se, erguendo-se com cuidado e deixando o membro de Tom. Com calma, arrastou as calças de treino do rapaz para baixo e amarrou o seu longo cabelo. - Estás a preocupar-me com esse ombro mas depois tratamos disso. - Piscou-lhe o olho, agarrando de novo no membro de Tom e colocando-o na boca.

 

- Esquece o ombro, é a última coisa que me vêm à cabeça neste momento. - Murmurou com o seu sorriso perverso, tentando levantar a cabeça para ver o que ela fazia. Assim que a sentiu a segurar no seu pénis e a abocanhá-lo, deixou cair a cabeça novamente na cama, suspirando.

 

Diana deliciava-se por ali sem descanso, fazer aquilo era algo já bastante normal e que a agradava. Principalmente porque se tratava de Tom! Não demorou muito até o rapaz chegar ao seu primeiro auge, deixando a morena deliciada com o que ele lhe presenteava. - Andas a alimentar-te mal. - Comentou assim que engoliu tudo. - Porque é que estás assim?

 

Tom estava ainda a recuperar do orgasmo quando ouviu o que ela disse, e fez uma careta de imediato. - Hm? - Questionou meio baralhado ainda, deixando-se acalmar para conseguir falar decentemente. - Assim como, babe? Eu estou bem.

 

- Tom, começaste a tour doente, estás mais magro, a alimentar-te mal, porque eu notei isso e agora estás com o ombro em mau estado... - Sentou-se ao lado dele. - Vamos ao massagista ok? Tens que tratar disso. - Bateu-lhe levemente no peito.

 

- Babe, eu já te disse que estou bem. - Encolheu os ombros por ser vício, mas queixou-se de imediato, ficando logo com um ar aborrecido por causa da dor. - Isto do ombro foi só um mau jeito qualquer, não tarda volta ao sítio. Não preciso de massagista nenhum, vês? - Começou a mexer o braço com calma, sorrindo depois. - Só não posso deixar de mexer o braço, senão piora. De resto, estou bem!

 

- Vais ao massagista fazer o que eu quero e acabou a conversa. - Ralhou de imediato, levantando-se da cama e estendendo-lhe a mão. - Esconde essa pila gorda, anda tomar o pequeno almoço e vamos ao massagista. Homem que é para te partir todo! - Moveu as suas sobrancelhas.

 

- É gorda mas tu gostas dela assim! - Resmungou de seguida, levantando-se com calma. Ajeitou as suas roupas e depois foi até à mesa onde estava o pequeno-almoço, começando a petiscar. - Tu queres que um gajo qualquer parta o teu namorado todo? Aos bocadinhos? Que má. - Revirou os olhos, largando o que tinha começado a comer para poder beber um pouco.

 

- Claro, que é para aprenderes a não desobedecer o que eu digo. - Resmungou, despindo-se completamente e vestindo um robe que o quarto dispensava. - Senta-te se fazes favor. - Pediu, apontando uma das cadeiras para que o namorado se sentasse 15 minutos a tomar o pequeno-almoço.

 

- Eu não te desobedeço, só acho que não é preciso lá ir mas pronto. - Respirou fundo, acabando por se sentar, voltando a comer mas sem grande vontade. Só o estava a fazer porque Diana lhe tinha pedido e só ele sabia o sacrifício que era. Estar a empurrar comida só porque sim quando nem apetece nunca é muito bom.

 

- Não precisas também de estar a fazer frete... - Acabou por comentar num encolher de ombros, agarrando numa raça com iogurte, muesli e frutos vermelhos. - Talvez seja melhor até falares com o teu irmão. Pede-lhe desculpa! - Prosseguiu, preparando um croissant francês com fiambre.

 

- Não estou a fazer coisa nenhuma. - Murmurou, desviando o olhar de toda aquela comida com cara de enjoado. - Não te preocupes com o Bill babe, eu depois falo com ele, sim? Ele vai entender, a culpa não foi tua e tu não ias adivinhar que te iam fazer uma coisa daquelas. Sinceramente não sei o que é que aquele rececionista idiota tinha na cabeça!

 

- Também não faço ideia e sinceramente não quero imaginar. Podia ter armado uma alta confusão por causa daquela afirmação de que estavas acompanhado... - Olhou-o de repente. - Se estavas acordado porque não me respondeste às mensagens? Pensei que estivesses a dormir, afinal estavas acordado e apareceste na receção... - Pousou os talheres, olhando-o desconfiada.

 

- Eu estive a dormir. - Começou por dizer com a maior das naturalidades, encarando-a de seguida. - Depois fui saber como funcionavam as massagens, mas não cheguei a pedir nenhuma. Foi muito rápido e nem te respondi porque calculei que já estivesses cá. Mas como não te vi nem nada, achei estranho. Depois ia para voltar para o quarto e ouvi-te. - Explicou, olhando-a com atenção. - Porquê?

 

- Para confirmar. - Respondeu sincera, não demonstrando arrependimento face à sua desconfiança. Era difícil manter uma relação longe, ainda para mais quando se tratava de um guitarrista famoso e bastante cobiçado. - Por vezes custa-me acreditar que me escolheste a mim para ocupar este lugar... - Comentou com cautela, retomando o seu pequeno-almoço.

 

- Achas que não penso nisso? Quer dizer, porque raio iria a comissária mais jeitosa do planeta querer alguma coisa com um guitarrista convencido como eu? - Brincou com ela, apontando para si mesma. - Di, eu não te vou trocar por outra mulher qualquer. Posso ser um gajo perverso e isso, mas não sou esse tipo de pessoa. Pode parecer, mas não...

 

- Eu sei que não és, desculpa-me. - Pediu num suspiro, bebericando do seu café com calma. - Achas que posso fazer planos para o futuro? Eu sei que não queres ser pai para já, nisso estamos em pleno acordo... - Riu de forma carinhosa. - Mas vivermos juntos e sei lá...? - Encolheu os ombros, agarrando-lhe na mão.

 

- Não faz mal. - Começou por dizer, sorrindo depois. - Claro que sim. Aliás, eu não me importava nada de morar já contigo. - Riu baixinho, suspirando depois. - O que é o sei lá? Ai meu deus... Queres pedir a minha piroca em casamento?! - Arregalou os olhos, mostrando-se muito chocado.

 

- A tua pila gorda, não piroca, já se casou com a minha fofa há quase um ano. Já nos conhecemos há um ano Tom Kaulitz. Há um ano estávamos a foder forte e feio no Coachella com a histérica da tua mulher à tua procura. - Relembrou enquanto se ria. - E o teu irmão a encobrir tudo, podre de bêbedo, completamente high... - Recordou sorridente.

 

- Tens de admitir, aquela foi uma foda maravilhosa. - Olhou-a com um sorriso orgulhoso e ao mesmo tempo convencido, acabando por se rir só de imaginar o irmão naquele estado. - Naquela altura ela já não era bem a minha mulher. Mas pronto, isso agora também não interessa. O que interessa somos nós. - Sorriu-lhe de novo, afastando a comida de si com um ar enjoado. - Desculpa, mas não consigo mesmo comer mais.

 

- Eu sei, se fossem bem casados não tinhas ido para a cama comigo. Foi mais forte do que eu, ver-te e jurar que te ia dar uma noite em grande, só para te fazer tirar aquela cara de sei lá o quê com que estavas. - Riu-se. - Ao início pensei que fosse desistir, god só pensava como iria conseguir tudo isso entrar aqui. Parece um molde de dildos o teu penis, tão igual e perfeito a eles!

 

O moreno começou logo a rir-se meio atrapalhado, abanando a cabeça. - Vou sempre achar isto tão estranho. Num bom sentido, claro! Quero dizer... Nunca tive ninguém a elogiar a minha pila. - Explicou-se, rindo mais ainda. - Nós temos a mania de nos gabarmos e dizemos sempre que as nossas pilas são as maiores, mas nunca houve mulher que me elogiasse tanto como tu.

 

- Eu acho que ele é perfeito e eu gosto do prazer que me dá, acima de tudo. - Comentou, indo sentar-se no colo dele. - Sabes que só de imaginar coisas do género deixa-me logo com o fogo. Mudemos de assunto! - Exclamou divertida.

 

- Eu gosto da minha Dianinha com o fogo todo. - Murmurou, levando as duas mãos calmamente até às costas dela, acariciando-as. - Diana? - Chamou por ela num tom mais baixo e sério, encarando-a logo de seguida. - Se eu te pedisse em casamento... Aceitavas?

 

- É importante para ti, casares de novo? - Procurou saber, olhando o moreno nos olhos. - Acho que o casamento é algo extremamente sério e sempre fui educada, a ser algo que dure o resto da vida, entendes? Acho que aceitava, mas não agora. Para mim estar noiva não é um grande passo ou algo que eu queira dizer durante anos: estou noiva, há 7 anos, mas estou noiva. - Argumentou.

 

- É, sim. É muito importante para mim. - Começou por dizer, continuando logo de seguida. - A maior parte das pessoas não pensa isso de mim. Não acham que eu me queira casar, não pensam que eu seja capaz de ficar casado ou de estar com uma só mulher. A maior parte das pessoas têm essa imagem de mim, e sinceramente eu não quero saber do que elas acham ou deixam de achar. Eu quero voltar a casar. Mas desta vez quero casar com alguém que me ame a sério, com alguém que realmente queira passar o resto da vida comigo e que esteja do meu lado por me adorar por quem sou por dentro, não por quem aparento ser ou pelo dinheiro que possuo. - Explicou-se, assentindo. - Sim, claro. Eu só... Queria saber.

 

- Acho que não tens que provar nada a ninguém, senão a ti mesmo. - Comentou sorridente, olhando-o nos olhos. - Mas claro que se me pedires em casamento daqui a uns 3 anos, eu aceito. - Riu-se divertida.

 

- Sim, eu também acho. Eu é que sou o dono da minha vida. - Sorriu, assentindo de seguida. - É bom saber isso. Eu precisava mesmo de saber isto. - Murmurou num tom sincero, acariciando-a. - Queres comer mais alguma coisa?

 

- Não, estou bem já. - Sorriu, limpando a boca ao guardanapo de pano e levantando-se do colo dele depois de lhe dar um beijo. Acercou-se do telefone do quarto e marcou o número da receção. - Bom dia, queria reservar umas massagens se fosse possível. - Pediu, aguardando uns segundos para que lhe fosse dada qualquer tipo de informação. - 10 minutos para o circuito completo? Ótimo, parece-me bem, obrigada! - Agradeceu antes de desligar.

 

O moreno ficou a observá-la, fazendo uma careta quando a ouviu falar em massagens. Levantou-se​ assim que ela desligou a chamada e foi ter com ela. - Também vais?

 

- Claro, também preciso de umas massagens. Especialmente porque sinto que levei uma coça mas é tudo uma questão de excesso de voos. - Encolheu ligeiramente os ombros, começando a despir o robe para vestir um fato de banho.

 

- Isso é falta das minhas mãos a massajar esse corpo. - Brincou com a namorada, olhando-se ao espelho depois. - Estou assim tão mal?

 

- Mais magro, pareces estranho. - Encolheu os ombros levemente e colocou-se atrás dele já de fato de banho vestido. - O que me dizes se depois da tour viesses comigo passar uns dias a Portugal? Só tu e eu, o meu apartamento, o teu cão, a minha cidade... - Beijou-lhe as costas, passando-lhe as mãos pelo peito.

 

- Não tenho tido muito apetite e quando me dá a fome também não consigo comer muito. - Encolheu os ombros lentamente para não lhe doer muito, suspirando depois, mas já com um sorriso carinhoso. - Isso parece-me uma excelente ideia! - Afirmou entusiasmado, pegando numa mão dela, beijando-a depois.

 

- Íamos à piscina, à praia, comer umas boas comidas portuguesas. - Riu-se, passando para a frente dele. - Não me deixes preocupada contigo, saber que estou longe e tu mal, é algo que me parte o coração em mil pedaços. - Olhou-o nos olhos. - Acho que nunca te disse que te amo, mas amo-te mais do que aquilo que imaginas. - Sorriu.

 

- Eu estou bem. - Começou por dizer, sorrindo de uma forma bastante fofa. - Não estou mal, é só uma fase em que não ando com grande vontade para comer. - Riu baixinho, suspirando depois. - Eu sei, babe. Eu amo-te muito mais.

 

- Não amas mais, não senhora. - Resmungou, abraçando-o pelo pescoço e beijando-o com carinho. - Veste uns calções de banho, vamos andando. - Pediu com um sorriso entusiasmado, vestindo o robe de novo.

 

- Amo pois! - Resmungou de volta, correspondendo ao beijo de igual forma. - Está bem, espera só um bocadinho Speedy, é que eu hoje estou um bocado mais lento. - Riu, começando a despir-se com calma, vestindo depois os calções de banho quando os encontrou. - Pronto, estou jeitoso, podemos ir.

 

- Veste um robe, não penses que vais com esse corpo ao léu. - Resmungou a mais nova, apalpando-lhe as partes baixas com cuidado. - Promete-me que vais comer melhor. - Olhou-o nos olhos.

 

- Oh, pensei que querias estar sempre a apreciar o teu namorado. - Murmurou num beiço adorável, sorrindo assim que a sentiu a apalpá-lo. - Babe, não te preocupes com isso. Eu não como mal, só não como muito porque não consigo. Mas estou ótimo, estou bem!

 

- Eu gosto de apreciar mas já vi aqui muitas queridas, dispenso chatices. - Resmungou enquanto o abraçava pela cintura. - Dá-me um beijo dos teus... - Pedinchou num tom mimado.

 

- As queridas que se fodam, não quero saber delas para nada. - Revirou os olhos, encarando-a de seguida. - Nunca consigo dar-te só um beijo. - Sussurrou, beijando-a logo de seguida. Como sempre, os beijos molhados e longos de Tom Kaulitz faziam Diana perder o chão. Ele costumava levar as duas mãos a apalpar o seu corpo, mas daquela só usou uma. - Amo-te. - Sussurrou de novo, com um sorriso carinhoso. Afastou-se dela e pegou no robe, tentando vesti-lo normalmente, mas o ombro não lhe permitiu um movimento tão normal. - Au, foda-se! - Resmungou aborrecido, respirando fundo de seguida.

 

- Eu ajudo-te... - Avisou num suspiro, ajudando-o a vestir o robe no braço que estava magoado. - Já falaste com o médico da banda para ver isso? Precisas dos teus ombros para os concertos Tom... - Relembrou.

 

- Expliquei só vagamente, mais nada. Isto deve ser só um mau jeito, mais tarde ou mais cedo isso volta ao sítio e pronto. - Esboçou um pequeno sorriso, roubando-lhe um beijo de seguida. - Vamos lá então, para tu teres a massagem que tanto mereces.

 

- E tu também. - Resmungou, caminhando com ele para fora do quarto, apenas com o seu iPhone na mão. - Acho que devias falar com o teu irmão, estou mesmo constrangida... - Suspirou de forma pesada.

 

- Posso esquivar-me às massagens e ir já falar com ele? - Questionou, pestanejando várias vezes de seguida como se fosse um miúdo a pedir um brinquedo à mãe.

 

- Se preferires... - Encolheu os ombros, olhando para ele para saber a sua decisão quanto aquilo. Se iria ou não com ela ao spa!

 

- Nah, eu vou contigo. - Informou logo de seguida, sorrindo docemente. Caminhou com ela até ao local onde iriam receber as massagens, mostrando um sorriso educado a quem lá estava.

 

 

Krasnodar, Rússia

29 de Abril 2017

 

Diana olhava Tom com a máxima atenção. O concerto estava a correr bem, mas o moreno estava com imensas dificuldades em mexer o seu ombro esquerdo. Notava a extrema força que fazia para tocar na perfeição e isso deixava-a muito preocupada com o estado de saúde dele. Felizmente estavam na última música!

 

- Eu vou andando para o backstage, o Tom não está bem. - Comentou com o assistente de som antes de sair da área VIP e ser encaminhado por um segurança até ao camarim.

 

Tom estava a fazer um enorme esforço para terminar aquele concerto. Respirou fundo quando chegaram ao fim, agradeceu e saiu num passo acelerado. Quando já ia nos corredores, longe dos olhos dos fãs, o moreno fechou os olhos, quase gritando com tantas dores que sentia. Reparou no irmão que veio logo a correr atrás dele e abanou a cabeça quando o viu pronto para levar a mão ao ombro. - Não toques, por favor!

 

- Chamem uma ambulância, rápido por favor. - Gritou Bill, vendo Diana aproximar-se já a chorar. - Eu disse-te para irmos ao médico, bolas olha para isso tens o ombro fora do sítio. - Apontou apavorado.

 

O guitarrista encostou-se ao irmão, tentando manter-se o mais quieto possível. - Não te atrevas a arranjar outro para me substituir. - Resmungou, tentando ele mesmo aliviar a situação, mas nem um minuto durou. Tom já só conseguia gemer de dor e essa mesma dor era tão intensa que ele até já chorava. E ver Tom a chorar era algo muito raro.

 

- Não sejas idiota, não digas essas coisas... - Murmurou Bill, num estado tão ou mais choroso que o gémeo.

 

- Estão aqui os paramédicos! - Informou o assistente de Bill, olhando para os gémeos um pouco alarmado.

 

O moreno arregalou logo os olhos, encarando o irmão com grande aflição. - Não, não, esperem! A Diana? Onde está a Diana?! - Gritou-lhes, ignorando as dores para poder olhar em redor.

 

- Estou aqui... - Murmurou, aproximando-se mais do moreno e limpando a cara com calma. - Vamos para o hospital ver disso ok? - Soluçou.

 

Tom ficou mais aliviado ao ver a namorada, assentindo-lhe de imediato. - Fica com ela, por favor. Toma conta dela. - Implorou ao irmão, deixando que os paramédicos o ajudassem e levassem para a ambulância.

 

- Bill... - A morena deixou-se chorar de novo, olhando o loiro que limpava a cara. - Temos que voltar à Alemanha, por favor ele tem que ser seguido lá. - Soluçou.

 

O loiro abraçou a namorada do irmão assim que pôde, suspirando de seguida. - Sim, nós vamos para lá. Mas primeiro é melhor ajudarem-no com aquilo o quanto antes e assim que tiver permissão seguimos para a Alemanha. - Murmurou, suspirando de seguida. - Anda, vamos. Eles já devem ter arrancado para o hospital, por isso vamos já também para lá.

 

- Estou exausta, não aguento estar longe dele... - Comentou enquanto seguia com o rapaz para o camarim com o objetivo de ele trocar de roupa para seguirem. Não demorou muito até o mais velho estar pronto, seguindo depois com ele para o hospital onde procuraram por informações sobre Tom. - Odeio não perceber a língua deles, Bill por favor...

 

- Vou ver se consigo saber alguma coisa. - Informou, afastando-se dela, encontrando um amigo pelo caminho. - Hey! O meu irmão está lá dentro, tivemos de vir para cá assim que o concerto acabou. Acho que deslocou o ombro ou assim, mas ainda não temos notícias. Podes ajudar-me? - Questionou, virando a cabeça quando ouviu uma mulher a dizer o nome do irmão. - Podes traduzir, por favor?

 

- Sim claro, vamos lá. - Assentiu de imediato, aproximando-se com ele da mulher. - Ela está a dizer que ele precisa de ser operado. Deslocou o ombro, agora depende de vocês se querem transferir para a Alemanha ou se querem que seja operado aqui. Ele ainda consegue fazer a viagem até lá, já tem o ombro no sítio... - Olhou-os.

 

- O que achas Bill? - Diana olhou o mais novo dos gémeos, aguardando pela decisão dele.

 

Bill passou as mãos pela cara, olhando Diana por instantes. - Nós vamos levá-lo para a Alemanha. É melhor assim. - Afirmou, olhando o amigo para que ele pudesse traduzir à médica. - Tu também vens, Diana?

 

- Vou, eu só preciso de tratar de umas coisas mas de resto eu vou. - Fungou, abraçando o seu próprio corpo. - Só quero ir embora por favor, eu só o quero ver bem. - Soluçou.

 

Bill assentiu e agradeceu ao amigo que o informou que eles iriam avisar Tom e levá-lo para Alemanha. - Obrigada por tudo. - Voltou a agradecer, dando-lhe uma palmada nas costas. - Eu vou contigo, Diana.

 

- Vamos como? - Olhou-o num tom amedrontado. - Queres que compre passagens ou que trate de algo que tenha a ver com isso enquanto resolves a transferência dele? - Ofereceu-se prontamente.

 

- Se pudesses ajudar-me com isso, eu agradecia... Quanto mais depressa tratarmos das duas coisas, melhor é. Ele precisa ir para a Alemanha o quanto antes, para poder ser tratado e seguido sempre que precisar. Não digo que aqui não seja, mas como não percebemos a língua, torna-se difícil. - Suspirou, ajeitando o cabelo depois. - Tratas então disso? Eu vou com o meu amigo tratar da transferência dele.

 

- Sim, eu vou tratar agora disso. - Assentiu de imediato, agarrando no seu telemóvel e ligando para os seus contactos por ali. Rapidamente arranjou um jato confortável que os levasse a Hamburgo assim que Tom tivesse autorização para partir. Após resolver todas as burocracias envolventes ao voo, fez uma demorada chamada para o Dubai.

 

Bill correu até Diana quando já tudo estava finalmente tratado. - Desculpa... - Falou baixo por a ver ao telemóvel. - Já está tudo pronto, ele já pode ir a qualquer altura. Conseguiste alguma coisa?

 

- Sim, um jato. - Informou num tom rouco, deixando-se escorregar pela parede abaixo até se sentar no chão. - Arrancamos assim que pudermos... - Soluçou, escondendo a sua cara entre as mãos.

 

- Mas já podemos, Di, já está tudo pronto. - Informou, ajoelhando-se à sua frente. Segurou no rosto dela com ambas as mãos, obrigando-a a encará-lo. - Ele vai ficar bem. Nós vamos certificarmo-nos disso, sim? Vamos ajudar em tudo o que for preciso e no que pudermos. Vai correr bem...

 

- Eu sei... - Murmurou enquanto o encarava. - Eu acabei de me demitir... - Confidenciou com um enorme misto de emoções. Diana amava o seu trabalho, batalhara por ele durante longos anos e sentia-se fraca por desistir, mas o amor que tinha por Tom era maior do que tudo o que ela algum dia imaginava. - Eu sei que o teu irmão vai ficar desapontado, mas eu não aguento estar longe dele e vê-lo assim foi a gota de água...

 

O loiro arregalou os olhos ao ouvir aquela informação, sem saber bem o que dizer. - Oh... - Apenas disse, bastante atrapalhado. - Ele pode até ficar desapontado, mas ele vai é ficar preocupado contigo. Tu amas o teu trabalho... - Murmurou, limpando-lhe as lágrimas depois. - Mas a decisão é tua, e se achas que isto é o que está certo neste momento, nós vamos todos apoiar-te. - Assegurou, sorrindo-lhe um pouco. - Anda, vamos embora, sim?

 

- Eles não queriam que eu fosse, mas talvez um dia regresse a trabalhar como comissária... Perto de casa, seja lá onde ela for. - Sorriu levemente, olhando para as suas mãos trémulas. - É melhor irmos embora, quanto mais rápido partirmos, mais rápido chegamos... - Ergueu-se.

 

Bill ajudou-a a levantar-se e suspirou. - Se calhar é melhor, hm... Não sei. Queres um copo de água, algo para comer? Porque vamos já seguidos para a Alemanha. - Avisou, olhando-a com cautela.

 

- Não, só quero ir embora. Quando chegarmos ao aeroporto eu compro alguma coisa. - Informou enquanto limpava a sua cara. - Vamos buscar o teu irmão ou ele vem aqui ter, ou como vai ser? - Olhou-o com atenção.

 

- Vamos ter com ele lá dentro e levamo-lo. - Informou, pegando na mão dela para que o acompanhasse até à divisão onde o moreno estava. - Hey... Olha só quem eu trouxe para me ajudar a levar-te daqui para fora! - Exclamou num tom animado, não querendo que Tom o visse em baixo.

 

- Di... - Murmurou, esboçando um sorriso carinhoso. - Estás bem? - Questionou assim que olhou melhor para ela, suspirando. - Aconteceu alguma coisa, Bill? - Perguntou antes da namorada ter hipótese de responder, ignorando o facto que era com ele que tinha acontecido algo.

 

- Está tudo bem. - Adiantou-se a morena, aproximando-se do namorado e beijando-o com cuidado. - Temos um jato à nossa espera. - Sorriu-lhe levemente, olhando-o nos olhos.

 

Tom correspondeu com todo o amor e carinho, sorrindo-lhe de seguida. - Obrigada, amor. - Murmurou, olhando o irmão. Levantou-se da cadeira onde estava, fechando os olhos entretanto. A sua sorte era terem-lhe dado uma carrada de medicação para ele não sentir mais nada, pelo menos durante umas horas. Só esperava que fosse suficiente. - Vamos então.

 

Diana deu-lhe a mão livre, uma vez que o outro braço do moreno estava ao peito de forma a mantê-lo imóvel o máximo possível. Seguiram então para o aeroporto onde já o assistente deles os aguardava com algumas malas, incluindo as da rapariga. Assim que o check-in foi feito, entraram no jato e Diana encaminhou Tom para um pequeno quarto no fundo da aeronave, que dispunha de uma cama de corpo e meio, aparentemente bastante confortável. - Preciso de falar contigo... - Começou por dizer assim que viu Tom sentado.

 

- O que se passa? - Questionou logo com uma careta. Estava já preocupado, tinha a certeza que algo tinha acontecido, a sua namorada não parecia estar bem. - Conta-me, por favor.

 

- Eu... - Suspirou, sentando-se ao lado dele. - Eu não quis renovar o contrato com a Emirates. - Olhou-o nos olhos, já prestes a chorar. - Estou no segundo contrato, ia passar a efetiva se assim acordasse mas decidi meter um fim na minha carreira e demiti-me. - Contou entre lágrimas.

 

Ao início o rapaz ficou tão abananado que até pensou que tinha acabado de imaginar aquela cena, que aquilo não tinha realmente acontecido, que ela não lhe tinha dito aquilo. Mas entretanto entendeu que era bem real. - O quê? Porque é que tu fizeste isso, Diana? Tu amas o emprego que tens, trabalhaste tanto para chegar até onde chegaste! Porque é que desististe? - Questionou confuso, olhando-a com atenção.

 

- Porque não aguento estar longe de ti, sinto-me uma namorada ausente e que não quer saber de ti...olha para o que te aconteceu, permiti que te descuidasses ao ponto de teres que ser operado. - Soluçou. - Eu amo o meu trabalho, mas amo-te mais a ti. - Declarou convicta. - Eu quero estar ao teu lado, não importa o quê. Não me importa se os nossos pais não aceitam, não me importa mudar de vida por tudo o que sinto por ti... - Fungou.

 

Calado, Tom aproveitou o facto de ela estar sentada ao seu lado direito e, com o braço bom, puxou-a mais para si e abraçou-a com toda a força que tinha. - Amo-te tanto, Diana. - Sussurrou, encarando-a. - Mas... Tens a certeza? É injusto. Tu vais parar de fazer o que gostas por causa de mim e eu continuo a fazer o que gosto? - Suspirou, acariciando-lhe o rosto. - Quero dizer... Faço se ficar bom, claro.

 

- Vais ver que vais ficar bem, que tudo vai correr bem... - Sorriu-lhe num tom meio mimado. - Amo-te Tom Kaulitz, mais do que tudo na vida... - Sussurrou.

 

O moreno virou a cara para outro lado por estar emocionado e respirou fundo. Não foi capaz de o esconder por muito, uma vez que a sua namorada fez questão de o obrigar a encará-la. - És a melhor coisa que me aconteceu na vida. Sou tão sortudo por ter alguém que me ame tanto e cuide de mim como tu. - Murmurou, sorrindo docemente de seguida. - Obrigada. - Agradeceu com um sorriso fofo, beijando-a apaixonadamente de seguida. Mesmo que as coisas corressem mal, ele sabia que a iria ter sempre ao seu lado para a apoiar.

 Fim.

publicado às 00:36
editado por ivy hurst a 19/5/17 às 00:43


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No Control

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Quando tudo parecia quase perfeito, os fantasmas do passado voltam a surgir. Natasha vê-se encurralada com um passado capaz de arruinar o seu futuro e determinado a destruir os que ama. Será capaz de controlar tudo o que a rodeia?


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