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Losin Control || 14

por ivy hurst, em 15.02.17

 

Olá olá!

Respirem bem fundo porque este capítulo pode vir a ter algumas reviravoltas.

A imagem já é algo sugestiva, mas não conta tudo ;)

E não morram no final do capítulo, por amor de Deus (aguenta-te Twi! xD)

Esperemos que gostem! Beijocas ♥

 

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– O que é que se passa contigo Natasha? Estás estranha. – Constatou com uma careta muito típica dela enquanto a examinava. – Tu estás a sentir-te bem? Estás com calor?

 

– Eu estou bem, Bill. Já te disse que estou bem. Não olhes para mim assim com esses tiques de médico. – Riu de novo, voltando depois para o colo dele. – Sim senhor doutor sinto-me bem e não, não estou com calor.

 

– Já parei. – Defendeu-se, erguendo as suas mãos rapidamente, antes de a amparar no seu colo. – Toma a medicação, está ali o saquinho com o medicamento que tens de tomar. – Relembrou enquanto lhe acariciava as costas com as suas mãos grandes e magras. – Porque é que me olhas como se eu te usasse assim tanto? – Divagou após breves minutos a apreciá-la. Se Natasha soubesse o quando o loiro gostava de si, nunca pensaria nas tardes de ambos como uma simples queca de mútua satisfação.

 

– Eu já tomo, não te preocupes. – Apenas disse, esquecendo-se de tudo assim que sentiu as mãos dele a acariciarem-lhe as costas. Chegou mesmo a fechar os olhos na tentativa de aproveitar mais aquele momento, mas voltou a abri-los para poder encará-lo enquanto lhe respondia. – Porque é assim que tu me fazes sentir na maior parte das vezes...

 

– Não me posso envolver demasiado ali dentro. Nem o devíamos fazer mas é mais forte que eu! – Explicou, acariciando-lhe os cabelos. – Se descobrem que temos uma relação ali dentro, corro o risco de ficar suspenso um tempo. Contudo sabe-me bem correr esse risco contigo... – Sorriu.

 

– Eu sei, e eu não quero que tu sejas suspenso por minha culpa, Bill... – O tom de voz dela era carinhoso, preocupado. Mesmo assim tinha aquele seu sorriso cheio de ternura por ele admitir que gostava de tudo aquilo. – Aqui estamos a sós e não corres risco nenhum... – Murmurou, acariciando-lhe o rosto enquanto o encarava.

 

– Por isso mesmo é que vim, para darmos uma sem riscos. – Brincou mas com um ar falsamente sério. – Estou a brincar, não comeces já a ficar chateada. – Tranquilizou rapidamente, sorrindo por fim.

 

Natasha riu baixinho e corou ligeiramente, como se ouvi-lo dizer coisas daquelas fosse algo novo para ela. – Eu não estou chateada... Mas se queres dar uma sem riscos, estás à espera de quê, hmm? – Questionou num tom mais sedutor e com um ar sério, sem desviar o olhar.

 

– Porque não vim aqui para te comer. – Respondeu prontamente, beijando-a depois de forma calma mas profunda. – Vamos ter com os outros dois, tenho mesmo cenas a tratar aqui antes de nos irmos embora. – Pediu com um sorriso meigo.

 

A resposta do loiro fez com que a rapariga sorrisse novamente, e sem medos. Agradava-lhe que Bill não tivesse vindo atrás de si por querer sexo, mas sim por outras razões. Contudo, a palavra "embora" fê-la despertar dos devaneios mais estranhamente carinhosos. Ainda não fazia ideia onde raio é que ele a queria levar assim com tanta urgência e vontade. Depois de lhe assentir, saiu do colo dele e levantou-se, colocando o telemóvel na mala e ajeitando-se ao espelho. Gostava de estar sempre impecável quando saía à rua. – Estou pronta, podemos ir. – Informou, dirigindo-se depois à porta e não tardou a abri-la, saindo então com Bill.

 

– Ligas tu para a Agnes para ver onde eles estão? – Procurou saber, caminhando depois de encontro a ela, penteando primeiro o seu cabelo ao espelho. – Credo, está muito frio lá fora! Agasalha-te. – Recomendou de novo, ajeitando-lhe o casaco assim que ambos entraram no elevador.

 

– Sim, sim, eu ligo-lhe. – Retorquiu rapidamente, retirando o telemóvel da sua mala, procurando o número da amiga logo de seguida. – Eu estou bem assim, não te preocupes. Se eu tiver frio eu agarro-me a ti. – Avisou com um breve sorriso, ligando então para Agnes. Fez sinal ao loiro para não falar e aguardou que a chamada fosse atendida.

 

Sim? Atendeu Agnes num tom de voz de quem acabava de acordar com aquela chamada. Olhou em redor, vendo Tom ao seu lado com um fato de treino vestido e franziu a testa. Que horas são?

 

– Oh, estavas a dormir... Peço desculpa. – Apressou-se a dizer, um pouco atrapalhada. – Não estás atrasada, ainda é cedo. Desculpa ter-te acordado... É que queria saber se vocês, hm, tu e o Tom, estavam em casa. O Bill quer falar com vocês... Ele está comigo. – Estava já à espera que Agnes ficasse admirada com o que ela tinha acabado de dizer e, provavelmente, iria começar a fazer "daquelas" perguntas, muito típicas dela.

 

O Bill está cá? Veio ter contigo? Procurou saber rapidamente, erguendo parte do seu corpo de maneira a ficar sentada sobre a cama. Não faz mal teres-me acordado, já estava na hora. Comentou, passando uma mão no peito de Tom e puxando-o depois para si.

 

– Sim... Eu também fui apanhada de surpresa. – Comentou mais baixinho, rindo no mesmo tom. – Pronto, ahm... Bem, nós estamos a sair agora do hotel, por isso daqui a pouco estamos aí, sim? Desculpa... – Sentia-se mal por ir incomodá-la, mas era Bill que queria ir falar com ambos.

 

Sim venham, nós estamos em casa. Disse sorridente, olhando para Tom no intuito de saber algo sobre aquele assunto de Bill ter vindo atrás de Natasha.

 

– Está bem, até já então! – Despediu-se rapidamente, desligando a chamada entretanto e seguiu com Bill para a casa de Agnes.

 

 

 


Tom estava a conter o riso naquele instante. Agnes já sabia que Bill estava por ali e estava na hora de falar com ela. – Bom dia. – Começou por dizer, beijando-a logo depois. – Eu já sabia... Ele ligou-me há algum bocado, mas tu estavas a dormir tão bem, que não fui capaz de te acordar.

 

– Está a subir de tom essa relação. – Comentou numa risada, beijando-o de forma mais profunda. – Aquele pequeno-almoço é para mim? – Questionou contra a boca do mais velho e um ar angelical como se tivesse acordado com uma fome de leoa. E de facto, tinha!

 

– Quando ele me ligou, perguntou logo se eu estava com ela. Ele é muito agarrado ao trabalho dele e nunca fez nada disto, portanto, não deve ser só umas quecas, deve haver algo mais. – Comentou, com uma ligeira gargalhada no fim. – Sim, é tudo para ti. Espero que seja tudo do teu agrado. Eu já comi e tinha saído para caminhar quando ele me ligou. Não fui muito longe.

 

– Sim o teu irmão dá ares de ser bastante profissional. – Assentiu e levantou-se com calma, vestindo uma camisa do moreno que se encontrava perdida no chão e que lhe dava um ar extremamente sensual, por ser apenas aquilo a tapar-lhe a sua nudez. – Que aspeto, estou mesmo cheia de fome. – Afirmou pegando no tabuleiro e levando-o de novo para a cama.

 

Tom apreciava-a sem sequer se dar ao trabalho de ser discreto. Não havia nenhuma necessidade para tal. – Espero que esteja bom. Na verdade, eu nem sequer sou bom neste tipo de coisas, nem a fazer pequeno-almoço para mim sou bom, quanto mais para impressionar... – Encolheu os ombros, rindo.

 

– Está divinal, mesmo divinal. – Disse de olhos arregalados enquanto comia os seus ovos mexidos com bastante gosto. – O que me dizes se formos hoje de noite ver um concerto? – Questionou em tom de convite, olhando-o enquanto levava um pedaço de manga, previamente cortada, à boca.

 

– Ainda bem que gostas, era essa a intenção. – O moreno sorriu e não desviou o olhar, continuando assim a observá-la enquanto ela comia. – Um concerto? E que concerto seria esse? – Agnes tinha conseguido captar - ainda mais - a sua atenção e curiosidade.

 

– Talvez, Chet Faker? Ele vem cá à Brixton Academy e como gostamos os dois, acho que sempre íamos descontrair um bocado. – Opinou, limpando os seus lábios ao guardanapo.

 

– A mim parece-me bem. Mas com uma condição... – Tom parecia demasiado sério, como se a sua condição fosse realmente algo de muito importante e preocupante. – Não podes exibir-te muito. – Pedinchou, fazendo um pequeno e adorável beicinho.

 

– Como assim exibir-me muito? Dito assim parece que me ofereço aos homens. – Protestou indignada, deixando a uva que ia levar à boca, cair pelo caminho.

 

O moreno desatou a rir à gargalhada, abanando a cabeça. – Como é que tu caíste nessa? Eu estava a brincar, Ness! Achas que eu vou agora impedir-te de te vestires como queres? Não sou desse tipo de pessoa, não te preocupes. – Ele sorriu docemente, apanhando depois a uva.

 

– Acho bem que nunca te importes, porque eu visto-me assim mesmo. – Avisou num tom ainda meio indignado e roubou-lhe a uva da mão. – Se todos os dias forem assim, bastam duas semanas para rebolar em vez de andar. – Riu-se.

 

– Não, não me importo nada. Só não posso é prometer que não darei nenhuma cacetada a quem mandar bocas e piropos. – Tom encolheu os ombros e sorriu, abanando a cabeça. Era impossível imaginá-la a "rebolar". – Não rebolas nada. Entre os pequenos-almoços e o exercício físico todo que fazemos, as calorias e as gorduritas não têm como te atacar.

 

– O melhor mesmo de tudo é o exercício físico. – Comentou com um sorriso matreiro, beijando-o de seguida com calma. – Como está o tempo hoje? – Procurou saber, olhando-o enquanto repunha a distância entre ambos.

 

– Pois, claro. Eu sei que tu és muito fã desse tipo de exercício físico. – Comentou de igual modo, fazendo uma careta depois. – Eh... Meio esquisito. Mas não está assim tanto frio como quando cá chegámos, pelo menos por enquanto.

 

– Ao menos isso, senão tínhamos que começar já a aquecer aqui a minha pessoa. – Disse enquanto se voltava a aproximar dele, roçando o nariz na barba longa do moreno. – Adoro esta barba, sabias?! – Comentou, passando depois os seus dedos magrinhos sobre a mesma.

 

– Não, não sabia... Acho que até vou deixar de fazer a barba, já que tu gostas assim tanto dela. – Tom falou num tom de voz algo sedutor, com um sorriso a condizer. – Sabes o que é que eu gosto mais em ti, Ness?

 

– Oh sim, não a faças, deixa-me cuidar dela. – Pediu entusiasmada, olhando-o com os seus grandes olhos, completamente radiantes. – Diz-me lá o que é.

 

O rapaz ficou surpreendido ao ouvir o pedido dela. Aliás, nunca tinha ouvido ninguém a dizer tal coisa. Só em filmes! – A sério? Tu queres cuidar da minha barba? – Ele sorria, mas ainda meio chocado. – Tudo. Eu gosto de absolutamente tudo em ti, Ness. – Retorquiu, de modo algo carinhoso.

 

– Claro que quero. Nunca pude ter essa chance, agora que tenho uma pessoa barbuda comigo eu vou querer cuidar! – Avisou com um sorriso completamente babado pelas palavras carinhosas dele. – Também gosto de tudo em ti, deixas-me às vezes com a sensação de que tens algum defeito algures que eu ainda não percebi qual. – Comentou divertida, passando-lhe a mão sobre o peito.

 

– Eu nunca tive ninguém que quisesse tratar da minha barba, daí o meu espanto. Mas não me importo que o faças. Há sempre uma primeira vez para tudo, não é verdade? – Ele sorriu e acariciou-lhe o rosto, beijando-a de seguida. – É normal... Eu não sou perfeito. – Comentou, encolhendo ligeiramente os ombros.

 

– Para mim até que tens sido. – Argumentou, agarrando no tabuleiro e indo colocá-lo de novo sobre a secretária. – Vou comprar umas cenas mesmo boas para te compor aí essa barba linda. – Guinchou, gatinhando pela cama até se sentar sobre a cintura dele. – Tom, tens que parar de me dar vontade de ser fodida por ti. – Resmungou, batendo-lhe levemente no peito com um beiço adorável.

 

O moreno gargalhou enquanto abanava a cabeça. – Acredita que de perfeito eu não tenho nada. E... Devo preocupar-me com a minha barba? É que dá maneira que falaste até parece que lhe vais meter flores e fazer tranças quando crescer... – Brincou. Assim que ela se sentou no seu colo, ele mostrou-lhe aquele seu típico sorriso maroto e levou as mãos às nádegas dela. – Eu não faço nada, sequer... – Comentou com um ar inocente, suspirando ao ouvir a campainha. – É experiente em aparecer quando não deve. – Resmungou na brincadeira, referindo-se ao irmão.

 

– É, agora que eu ia dar uma bem de surra, aparecem estes dois. – Resmungou antes de atacar os lábios do moreno com um beijo que quase lhe sugava todas as energias pela boca. – Vais lá enquanto me visto, por favor? – Pediu enquanto se levantava de cima dele sem grande vontade.

 

– Eu fodo-te mais logo. – Informou baixinho depois de a beijar, assentindo ao ouvir o seu pedido. – Sim, claro. Entretanto já pergunto o que é que ele quer de mim. – Riu-se, esperando que ela saísse do seu colo e de seguida levantou-se. Dali seguiu até à porta de entrada que abriu depois de verificar se era mesmo o irmão. – Olá! Entrem, entrem. – Pediu, como se fosse ele o dono da casa, e assim que eles o fizeram, Tom voltou a fechar a porta. – Então Bill, o que te traz por cá? – O moreno reparou em Natasha que estava calada e apenas lhe sorriu, recebendo um gesto semelhante em troca.

 

Bill soltou os dois cães e olhou o irmão, passando de seguida uma mão pela garganta. – Preciso que me venhas ajudar numa situação. – Informou de forma ponderada, olhando Natasha pelo canto do olho. Aquele assunto não poderia ser citado à frente dela! Bill e Tom desde muito cedo, foram criado os seus inimigos e muitos deles espalhados por todo o mundo. Neste caso e por incrível que fosse parecer, o loiro tinha contas a ajustar com um ex-namorado possessivo e ciumento da mais nova, que se lembrou de o incomodar há poucos meses atrás, com o intuito de o afastar de Natasha.

 

Natasha percebeu de imediato que estava ali a mais e suspirou. – Eu vou... À cozinha! Dar água aos cães e... E a mim. – Falou, meio atrapalhada, pegando no Pumba ao colo. – Anda Scotty! – Exclamou num tom carinhoso, seguindo depois com os cães até à cozinha.

 

Já o gémeo mais novo, esperou que a rapariga saísse dali e em seguida encarou o irmão novamente. – Ok, o que é que se passa?

 

– Então, há cerca de um mês e meio, o ex dela veio lá ao consultório com uma conversa para a deixar, tipo não percebi bem a dele. Eu tentei arranjar maneira de depois o contactar, porque ele me ameaçou e descobri que ele é daqui. Tem um ginásio no centro e chama-se Gilles qualquer merda. – Disse mostrando ao irmão o seu telemóvel de trabalho com algumas ameaças por parte do outro.

 

Só depois de fazer mais algumas caretas é que Tom foi capaz de reagir. – Eu pensava que mais ninguém sabia que vocês andavam envolvidos! Ele pode fazer queixa de ti, Bill! – Ralhou o mais novo ao mais velho, pegando depois no telemóvel, lendo as mensagens do tal Gilles. – A Natasha sabe disto?

 

– Não faz queixa porque lhe vou partir os dentes todos. – Rosnou revoltado. Suspirou levemente e passou depois uma mão pela testa. – Ele deve ter apanhado o telemóvel dela e viu qualquer merda. Ele esteve em LA para a chatear e descobriu quem eu era, foi-me chatear... – Revirou os olhos. – Vens comigo ou não? – Procurou saber.

 

– Bill, se fores simplesmente encontrar-te com ele e o espancares, então aí é que ele conta tudo. – Avisou, coçando a testa. – É só esse o teu plano? Ir lá ter com ele e dar-lhe uma sova?

 

– Vou dar-lhe uma sova mesmo. Então, mas ele diz que eu se meter os pés aqui estou morto? Não me goza esse palhaço! – Disse irritado na sua língua materna, de maneira a que Natasha não percebesse nada. – Mano a mano, tu vens comigo para distrair quem for preciso. – Explicou enquanto gesticulava com as mãos.

 

Tom revirou os olhos e começou também a falar em alemão. – Ela não sabe disto, pois não? Não te esqueças que se ele for um doido varrido, ainda é capaz de ir atrás dela, não de ti. Tens a morada ou qualquer coisa? Eu não tenho aqui as minhas "coisas", mas posso arranjar algo.

 

– Arranjei a morada na casa dela. Está aqui! – Passou-lhe um papel e olhou em volta. – Arranja aí as cenas... – Assentiu e sentou-se no sofá. – Andas a viver bem, conta-me lá como vão as coisas. – Sorriu-lhe matreiro.

 

– Ainda estou para saber como arranjaste a morada do gajo sem lhe contares nada. Depois se ela no futuro ficar zangada contigo, não te queixes. – Avisou, ainda falar em alemão. Tom pegou no seu telemóvel e olhou em redor também, suspirando. – O que é que tu queres que te conte? – Riu, encolhendo os ombros. – E tu, já te declaraste? É que para teres vindo a correr ter com ela e ainda quereres matar o ex dela, é porque não é só o sexo que é bom, com certeza.

 

– Ele não sabe com quem se meteu. Eu estava quieto no meu canto! – Reforçou com ar desconfiado. – Ela não vai ficar zangada, olha se um ex da Agnes te fosse chatear sem tu fazeres nada, não ficavas fodido? – Olhou de braços abertos, mostrando a sua indignação.

 

O moreno mostrou de imediato um olhar furioso. Daniel ainda era um assunto pendente e que tinha de ser tratado o mais rápido possível. – E quem te disse a ti que eu também não estou a lidar com um ex da Agnes? Aliás, eu estou é a lidar com um psicopata, o que é diferente. – Resmungou e riu cinicamente, respirando fundo depois. – E estás a pensar fazer isso quando? Quando elas forem para a reunião?

 

– Quando elas estiverem em reunião sim. Aproveitamos esse tempo para acabar com o gajo! – Disse de sorriso matreiro no rosto, passando os seus dedos pelo queixo como já era hábito. – Vamos comer onde? – Procurou saber.

 

– Eu não sei se tu estás a pensar bem nas coisas, Bill. E para que conste, eu não sou nenhum assassino. – Tom revirou os olhos e passou a mão pelo cabelo. – Sei lá se vou comer sequer. Num lado qualquer.

 

– Ninguém disse que és assassino simplesmente também não o vou matar. Vou afastar o bicho da minha zona! – Informou calmamente, olhando-o depois curioso.

 

Agnes saiu do quarto já completamente pronta e como sempre o seu outfit era de acordo com as suas medidas e gostos. – Olá Bill. – Cumprimentou, aproximando-se do loiro e dando-lhe um beijo em cada face.

 

Natasha regressou à sala assim que ouviu Agnes a caminhar para lá. Era impossível confundi-la com eles, uma vez que era a única a usar saltos altos ali, para além de si. Pousou Pumba no chão e desviou o olhar quando viu Bill a apreciar Agnes à descarada, mas também nada disse.

 

Tom esteve para lhe responder mas já não foi a tempo. Num ápice, já as duas raparigas estavam de volta e ele não ia continuar aquele assunto com elas ali. – Não sabes ser mais discreto, doutorzinho? – Resmungou ao irmão quando o viu a olhar muito para o decote de Agnes e suspirou. – Bem, diz lá o que é que queres falar com a Agnes. Se é que ainda te lembras do que era, claro.

 

– Estava só a pensar como consegues segurar esse avião?! – Gozou, rindo-se do irmão e puxando Natasha de seguida para si. – Não me lembro, não importa aliás. – Argumentou, depositando um beijo terno no ombro da loira.

 

Natasha respirou fundo e afastou-se um pouco do loiro. – Ah não importa? Pensava que tínhamos vindo aqui para falares com o teu irmão e porque querias pedir "permissão" à Agnes para me levares não sei onde. – Relembrou, pegando depois em Pumba ao colo, que lhe implorava por atenção. – Pronto fofinho, já te dou mimo. – Murmurou, mimando o cãozinho.

 

Tom tentou controlar o riso e mordeu o lábio. – Ah, isso não me contaste! Para onde vão? E já agora, não tens de pensar em coisa nenhuma. – Piscou o olho, sorrindo a Agnes depois.

 

– Ah mas eu não vim pedir, eu vim informar. – Argumentou, voltando a puxar a loira para si.

 

– Ah isto é assim? – Guinchou Agnes, levando as mãos à cintura. – Não sei se deixo que raptes a minha assistente. – Informou enquanto lhe apontava o dedo.

 

Natasha lançou um olhar sério a Bill e voltou a afastar-se. – Eu disse-lhe que não posso deixar assim o trabalho mas ele diz que não preciso de faltar... – Encolheu os ombros, olhando depois para o relógio. – Eu se calhar devia ir andando para a empresa... Tenho papelada para preparar e a sala de reuniões para organizar também...

 

– Sempre a mesma merda de desculpa. – Rosnou na sua língua materna, olhando para o teto exasperado.

 

Agnes por sua vez suspirou e aproximou-se de Natasha, segundando-lhe no rosto com cuidado. – Descansa um bocado Tash, não penses só no trabalho e vai com ele. – Sorriu e olhou depois para Pumba que se mantinha no colo da loira com um olhar ternurento. – Tu és tão fofo, meu deus. Toma conta desses dois! Brincou, fazendo-lhe pequenas festas no focinho. – O Scott fica pode ser?

 

– Eu percebi isso, Bill... – Avisou, passando o pequeno Pumba para o colo do dono. – A esta reunião eu não posso faltar e tu sabes disso. Eu vou andando, até já Agnes. E peço desculpa pelo incómodo. – Assim que terminou de falar, a loira pegou na sua mala à entrada e saiu o mais depressa que pôde. Quase corria para não poder ser apanhada. Porém, ela não conseguiu chegar à empresa.

 

Tom suspirou ao ver aquela cena e repreendeu o irmão em silêncio, apenas com o olhar. – Claro, Ness. O Scott fica connosco! – Reforçou, sorrindo ao seu cão. – Olha, eu e o meu irmão vamos ter de resolver umas coisas daqui a bocado, por isso não vou poder estar presente nesta reunião... Não te importas?

 

– Não, eu ainda vou ver uns relatórios. Vocês precisam de alguma coisa? – Procurou saber enquanto abraçava a cintura do rapaz.

 

– Precisamos que não tires o olho da Natasha. – Adiantou-se Bill, enquanto caminhava de um lado para o outro. Por momentos aquela saída de Tash fora algo normal mas o som do seu telemóvel de serviço a tocar quase que lhe congelou o cérebro. Apressadamente retirou o aparelho do bolso e abriu a mensagem, ficando hirto com o que lia. – Tom as cenas, quero as cenas agora. – Quase gritou, caminhando para a saída do apartamento.

 

– Gilles... – Murmurou Agnes, olhando para Tom com um ar um pouco assustado.

 

Tom reagiu de imediato e foi até ao quarto, buscar as ditas "cenas". Regressou com as mesmas e antes de entregar uma que fosse ao irmão, tentou ler a mensagem. – Foda-se Bill, diz lá o que é que ele mandou! – Rosnou, olhando para o telemóvel no momento em que o irmão abriu uma mensagem. Havia uma foto explícita. Demasiado explícita. – Mas que merda...? – Tom virou-se para Agnes, ainda meio atordoado. – O cabrão está a... – Suspirou e lá entregou uma das armas ao irmão. – Temos que ir depressa.

 

publicado às 14:08


2 comentários

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De twilight_pr a 16.02.2017 às 16:54

Wow O.O assim de repente wow.
Agora já entendi a mensagem logo no início. Socorro O.O
Fiquei logo alarmada quando li que ela não tinha chegado à empresa, mas também estou preocupada com ela pela forma como saiu logo. E também fiquei atenta quando ela disse isso sobre não ser apanhada.
Estou preocupada com ela, espero que nada de mal lhe aconteça.
Ena pá, as ditas cenas para tratarem do ex dela :x socorro! Entretanto, os gémeos têm de lidar com cada ex namorado.... um da Tash e outro da Agnes. Socorro.
Acho que é mesmo fofo vê-las a usarem as camisas dele, acho que é muito intimo e aww *-*
Quero saber como é que as coisas vão terminar agora que estão todos a ir ter com ela para a salvarem!
Depois da enorme tensão que se instalou especialmente com a conversa dos gémeos e com este final, tenho a dizer que o Pumba é mesmo fofo!

Beijinhos grandes às duas <3
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De ivy hurst a 20.02.2017 às 16:03

Eu bem te avisei logo no início, ahaha xD
O capítulo de amanhã já vai ter algumas respostas, já vais poder ler o que vai acontecer :o
Cada uma tem o seu psicopata, mas não nos esqueçamos da outra doida, a Ria, ex do Tom! Essa aí também não é flor que se cheire, mas pelo menos tem sido mais calma que os outros! E ainda bem xD
Claaro, o Pumba é um amor e a Tash adora-o!
Obrigadaa!
Beijocas ♥

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