Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]




Losin Control || 3

por ivy hurst, em 29.11.16

 

Muito obrigada aos nossos leitores e comentadores! Estamos muito contentes com todo o feedback!
Aqui está o terceiro capítulo, esperemos que gostem! ♥

 

------------------------------------------------------------------------

 

– Estás atrasado, podes sair. – Informou Agnes num tom ríspido, apontando a porta com cara de poucos amigos. O rapaz riu-se olhando-a de alto a baixo. – Sai. – Quase gritou.

 

– Eu acho que a Senhora Hembrow foi bem explícita quanto ao seu pedido. – Disse Tom ao olhar para o homem, com um olhar bastante sério. Não desviou o olhar do dele, e chegou até a levantar-se ao fim de alguns segundos. Se Agnes não o queria ali e o estava a expulsar daquela maneira, era porque havia algum motivo. Um forte, provavelmente.

 

– É mesmo necessário? Pensei que eu era preciso na reunião, uma vez que faço parte do projeto. – Teve a ousadia de responder com um sorriso cínico, olhando Tom de igual forma, mas depois observou Agnes de forma perversa, completamente à descarada.

 

Cansado daquela atitude idiota, Tom aproximou-se do homem e encarou-o, bastante furioso. – É melhor sair. Se realmente faz parte deste projeto e quer participar no mesmo, devia ter comparecido a tempo. Eu não tenho grande autoridade aqui, mas se Agnes Hembrow já o mandou sair, então é isso que vai fazer. Entendido? – Declarou-lhe num tom sério e ordeiro, mantendo-se próximo dele e aguardando que saísse.

 

– Daniel, ganha vergonha. Dr. Smith, por favor imponha-se! Ponha algum juízo na cabeça do seu filho antes que eu acabe já com esta reunião e com tudo. – Rosnou alterada, colocando-se entre Tom e Daniel.

 

– Deixa de ser estúpida Agnes, o meu pai não é ninguém para mandar em mim. Tira mas é daqui este campónio, mete uma abaixo e continua com esta reunião. – Disse num tom de ordem, deixando a morena cada vez mais irritada, à beira de se atirar a Daniel à chapada.

 

– Sentem-se... – Pediu num murmuro, agarrando na garrafa de água e bebendo um enorme gole para ganhar coragem a prosseguir.

 

A expressão do arquiteto não aliviou, muito pelo contrário. Teve vontade de o levar dali para fora à força, mas sabia que ali não tinha autoridade nenhuma para fazer o que quer que fosse. Detestava que desrespeitassem as mulheres, e na sua opinião era exatamente isso que o tal Daniel tinha feito. Tom respirou fundo e voltou a sentar-se no seu lugar, escolhendo olhar apenas para Agnes, antes que ainda fosse fazer algo que se arrependesse. Se olhasse para o homem outra vez e ele estivesse a olhar Agnes daquela maneira de novo, ainda havia porrada ali.

 

– Vá, continua lá com esta reunião mu-mu. – Daniel disse sentando-se mesmo em frente de Tom e olhando depois o mesmo. – Já tens pastor novo Agnes? Uau, realmente esperava que fosses ficar mais uns 10 anos sozinha. Ninguém te aguenta! – Riu-se.

 

– Podes estar calado se fazes favor? Se abres mais a boca para me ofender saio desta sala e o contrato com a sua empresa acaba Dr. Smith. – Ameaçou Agnes, olhando o pai de Daniel que nem coragem para a olhar naquele momento, tinha.

 

– Daniel, por favor, vê se te comportas. Esta não é a altura nem o sítio certos para estares com essas atitudes completamente infantis. Se tens algo para dizer à Agnes, fá-lo-ás depois, e educadamente. Agora, calas-te, e só falas se te for pedido ou se for para intervires com algo que ajude nesta reunião. Caso contrário, vais embora. – Dr. Smith foi bastante claro nas suas ordens. Daniel é supostamente maior e vacinado e Smith não manda no filho, mas continua a ser seu pai, e se for preciso repreendê-lo não tem problemas em fazê-lo. Seja onde for, em público ou privado. Talvez seja por isso que Daniel não goste assim tanto do pai, por ele lhe dizer as verdades na cara, e na hora. – Peço desculpa pelo comportamento do meu filho. Por favor, Agnes, prossiga.

 

Tom sentiu-se prestes a rir quando viu Daniel a ser humilhado em frente a todos, pelo pai. Era muito bem feito visto que ele se estava realmente a comportar como uma criança mimada e pelo que ele tinha dito, dava a entender que seria, provavelmente, ex-namorado de Agnes. Pelos vistos não era só Tom que tinha problemas com antigos amores. Se é que se pode chamar de amor! Mais contente, o arquiteto esboçou um sorriso vitorioso e confiante a Agnes, tentando dar-lhe alguma força para continuar.

 

Agnes assentiu ao seu ex-sogro e apontou novamente para o quadro com as projeções, prosseguindo com a reunião num ambiente de cortar à faca. A morena não estava de todo com grande cabeça para reuniões, sentindo-se no mínimo humilhada por quem um dia amou cegamente. – Da minha parte é tudo. Durante a próxima semana vão receber as licenças e podem prosseguir com a construção. Alguma questão?

 

Houve uma mulher que levantou a mão e dispôs a sua dúvida, mas foi algo que Agnes respondeu prontamente. Após isso, a reunião deu-se como encerrada e todos se levantaram. Algumas despedidas depois e a sala estava mais vazia. Por muito que Daniel tivesse tentado aproximar-se de Agnes, ele foi levado de arrasto pelo pai para o exterior da sala, e possivelmente do edifício também. Dr. Smith até o agarrava pelo braço com força, como se ele fosse um miúdo mal comportado, mimado. E aos olhos de Tom, era exatamente isso que ele era.

 

Foi ter com Agnes enquanto ela arrumava as suas coisas e pousou uma das mãos no ombro dela. – Hey… Estás bem?

 

Agnes estremeceu com o toque de Tom mas rápido se recompôs ao constatar que se tratava do mais velho. – Sim, só quero sair daqui. Tenho que passar apenas em cada piso para cumprimentar todos. – Informou passando uma mão pela testa. Agnes sempre fora uma chefe exemplar, tentando sempre demonstrar o agradecimento que tinha às pessoas que trabalhavam com ela. Considerava que não trabalhavam para si, mas consigo e isso fazia com que maior parte de todos os empregados de todas as sedes da sua empresa, a adorassem quase como um ídolo.

 

– Aquele era teu ex-namorado ou coisa assim? Que idiota. – Comentou, não sendo capaz de conter mais tal pensamento. – Mas bem, agora não interessa. Queres algum café ou assim? Eu posso ir comprar enquanto tu vais cumprimentar as pessoas. Duvido que o idiota ainda esteja por aí, foi levado de arrastão pelo pai. – Contou, rindo baixinho.

 

– Sim, é meu ex. – Murmurou num pesado suspiro e olhou-o. – Quase de certeza que ainda está por aqui. Ele trabalha cá e é bem capaz de se virar contra o pai se ele o tentar demover de algo. – Comentou encolhendo os ombros. – Isto já é habitual, não te preocupes. – Assegurou. – Quanto ao café, a Tash deve estar por aqui a aparecer com umas bebidas de Starbucks, por isso esperamos um bocado por ela aqui. – Sorriu e dirigiu-se à porta, fechando-a de maneira a ter mais privacidade com Tom naquele espaço.

 

– Habitual?! – Arregalou os olhos, demonstrando a sua indignação. – Isto devia ser tudo menos habitual! Ele humilha-te à força toda e ainda ages como se fosse algo normal? – Estava mais irritado do que devia, era certo. Mas detestava presenciar uma cena daquelas, fosse com que mulher fosse. Ele tinha-lhe chamado vaca em frente a toda aquela gente, numa reunião de trabalho! Tom não tinha dúvidas, Daniel era um anormal, e teve sorte de não ter apanhado. Tentou respirar fundo para se acalmar, mas aquela cena não lhe saía da cabeça. "Mu-mu"? Desgraçado! – Ah... Está bem, ótimo. E tu, precisas de alguma ajuda com estas coisas? Posso dar uma olhada se quiseres. – Ofereceu-se, apontando para a papelada que estava em cima da mesa enquanto ela fechava a porta.

 

– Sim, não te rales com isso. Vemos depois quando fores trabalhar. – Disse aproximando-se de Tom e abraçando-o pelo pescoço. – Quanto ao Daniel, vai ser um inferno para o resto da minha vida. – Encolheu os ombros enquanto o olhava nos olhos.

 

– Pelos vistos não sou só eu que está com problemas nessa área. Podes já não estar com ele, mas ele continua a dar-te cabo do juízo. – Resmungou entre dentes, revirando os olhos logo de seguida. Não conseguia entender como é que uma mulher como ela, tão segura de si e mandona, era capaz de deixar que aquilo lhe acontecesse. Que aquele gajo ali estivesse, que lhe falasse, que frequentasse o mesmo edifício que ela. – Porque é que não fazes com que ele se vá embora? É mais que óbvio que ele é daquele tipo de pessoa que está num projeto não para ajudar em algo, mas sim para perturbar ou o projeto ou alguém em específico, e neste caso esse alguém és tu.

 

– Não posso fazer nada. O pai dele é um dos sócios maioritários desta sede de empresa, logo ele tem poder de decisão em quem trabalha ou não aqui. Além do mais o Daniel trabalha bem, está ressabiado porque eu o deixei, ele esperava que eu fosse sofrer o resto da vida nas mãos dele. – Explicou num tom calmo. – Ele tenta sempre deitar-me a baixo, sabe como me afetar. – Encolheu os ombros.

 

– Não quero saber se ele trabalha bem ou não. Pelo que vi hoje, no que toca a projetos onde têm de colaborar, ele é simplesmente um animal. Não o vi a fazer nada de útil, e estou-me nas tintas se o Smith é isto ou aquilo. O idiota não pode andar o tempo todo a tratar-te desta maneira, Agnes. – Tom respirou fundo, acariciou o corpo dela e sorriu. – Detesto ver cenas deste género, fico possesso.

 

– E eu adoro ver-te possesso. – Comentou roçando o nariz no do moreno. – Ele precisa de um susto apenas. Tenho medo de que ele perceba que estamos juntos e ainda arranja confusão para o teu lado. – Suspirou. – Juntos mas tu percebeste, não é?! – Apressou-se a esclarecer, meio nervosa.

 

– Tu não fazes ideia de como é quando fico realmente possesso. – Comentou com o seu típico sorriso maroto, fingindo que lhe ia morder a ponta do nariz. – Ah, mas com isso tu não precisas de te preocupar. Duvido que ele consiga arranjar confusão para o meu lado, não tem por onde pegar. – Riu, encolhendo os ombros. – E se for preciso eu mesmo penso em algo para lhe... Pregar um pequeno susto, digamos. – O moreno esboçou um sorriso mais simpático e calmo e abanou a cabeça. – Relaxa, eu entendi o que tu querias dizer!

 

– Vais chamar os teus amigos da Universidade para lhe dar nos cornos? Amava. – Riu-se à gargalhada e beijou-o com calma. – Aquela tonta nunca mais aparece, estou a precisar de cafeína. – Resmungou olhando para os corredores da empresa, através das cortinas semitransparentes.

 

– Podia tratar dele sem ajuda de ninguém. E não mantenho contacto com quase ninguém da faculdade. As pessoas seguem caminhos diferentes, mudam juntamente com as suas vidas. Os tempos são outros agora. – Encolheu os ombros e seguiu o olhar dela, acabando por ver uma rapariga muito atarefada com sacos do Starbucks. Aquela devia ser Natasha, a tal assistente de Agnes. Depois de voltar a beijá-la - embora com alguma pressa - Tom largou-a e afastou-se de Agnes para ir ajudar a rapariga. Abriu-lhe a porta e pegou numa das coisas que ela carregava com as mãos, pousando depois sobre a mesa. Manteve-se em silêncio, olhando-as.

 

Natasha olhou para Tom e abriu a boca várias vezes, encarando depois Agnes, que se riu. – O que foi?

 

– Nada, nada. – A loira abanou a cabeça e pousou o único saco que tinha nas mãos, sobre a mesa. – Eu conheço-o. – Sussurrou para a morena que a olhou admirada.

 

– De onde? – Resmungou indignada por não estar a ver a sua assistente e melhor amiga, a conhecer Tom.

 

– Só de nome. – Apressou-se a dizer, ajeitando o seu cabelo para trás dos ombros e seguidamente o vestido. – Ele tem um gémeo médico.

 

Tom voltou a sentar-se numa das cadeiras e, enquanto elas cochichavam, acabou por retirar o telemóvel do bolso e ver as suas notificações. Quando olhou para o aparelho e viu tantas notificações quase que teve um ataque. Respirou fundo e foi lendo as mensagens, respondendo a algumas e ignorando outras, fazendo o mesmo com os e-mails.

 

– O teu médico da Tashinha? – Guinchou apontando a parte inferior da amiga. – Tom tens um irmão gémeo? – Questionou, olhando-o admirada.

 

– Agnes, cala-te. – Pediu tentando demover a amiga da ideia desta saber algo sobre o irmão médico de Tom.

 

Tom ergueu o sobrolho ao estranhar a pergunta mas respondeu de imediato. – Sim, tenho. Chama-se Bill. Porquê...? – Questionou curioso ao ver a loira tão embaraçada.

 

– Porque aqui a Natasha conhece-o. E bem! – Disse com um sorriso matreiro, abrindo os sacos das bebidas. – Temos que marcar um jantar os 4.

 

– Não, não vamos marcar jantar nenhum os quatro, não lhe digam nada. A nossa relação é estritamente sexual. Ele nao vai achar piada nenhuma a esta merda! – Avisou meio chateada, retirando a comida dos sacos e dispondo sobre a mesa.

 

Tom olhou Natasha, bastante espantado. – A sério? Não fazia ideia, para ser sincero. Infelizmente não tenho falado muito com o meu irmão nestes últimos tempos, então não sei das novidades... Mas sim, sou obrigado a concordar. Acho que um suposto jantar a 4, para já, não é lá grande ideia. – Encolheu os ombros e suspirou.

 

– A Agnes acha que o mundo é todo cor-de-rosa. – Balbuciou, arrumando os sacos e ajeitado o seu cabelo. Agnes olhou a amiga e riu-se irritada, aguentando-se ao máximo para não lhe responder com toda a raiva que tinha no peito. Natasha estava a falar de boca cheia e na sua revolta do momento, não tendo sequer noção de que magoara a amiga com algo que de todo não fazia parte da realidade.

 

– Acho melhor ires para o hotel e ver se dormes. A falta de noites bem dormidas estão a fazer-te passar dos limites. – Avisou agarrando na sua bebida e seguidamente na sua mala.

 

Tom olhava alternadamente da loira para a morena e por alguns segundos sentiu-se a mais. Num segundo parecia estar tudo bem e divertido, e de repente o ambiente ficou algo tenso. Depois de respirar fundo, olhou Agnes. Na verdade não sabia bem o que dizer. Voltou a olhar para Natasha e ofereceu-lhe um ligeiro sorriso, como se a encorajasse a aceitar e concretizar o conselho da amiga. – Bem, pelos vistos tenho de conversar com o meu irmão, parece que temos muito para contar um ao outro... – Murmurou, praticamente para si mesmo. – Querem que saia? – Acabou por perguntar, ao vê-las olhar uma para a outra.

 

– Não fales com o teu irmão sobre isto, ele não te vai dizer nada em todo o caso. – Sorriu levemente ao moreno e depois olhou para a Agnes. – Desculpa, depois falamos melhor sobre isto. – Murmurou num misto de arrependimento e tristeza, abandonando a sala com a sua bebida e o saco da cookie na mão.

 

– Não vou falar ou perguntar nada em concreto, não te preocupes. Se ele quiser ele há de contar-me. – Tom encolheu os ombros e quando ficaram novamente a sós, observou a morena. – Okay... Isto foi estranho... – Admitiu.

 

– Ela deve estar apaixonada pelo teu irmão mas ele não deve querer passar da fase de andarem a enrolar-se em segredo. – Opinou, bebericando do seu café mocca. – Mas também não quero falar sobre isso, vamos passar pelos pisos e fazer algo mais divertido. – Pediu, estendendo a mão ao rapaz. – O que queres fazer depois? – Questionou enquanto aguardava que ele se erguesse.

 

– Bem, isso é muito típico do "novo ele". Enfim, não vamos mesmo agora entrar por este assunto porque acredito que tu tens muito mais do que fazer. – Tom riu-se e levantou-se também, preparando-se para a seguir pelo edifício enquanto ela cumprimentava toda a gente. Deu-lhe a mão entretanto e encolheu os ombros. – Que coisa divertida? Depois? Não faço ideia, acho que vai depender da disposição e da energia que tiver. – Sorriu, continuando de seguida. – Ah, e não te ponhas a apresentar-me a toda a gente que cumprimentares... Acredita, poupas 50% do tempo! – Gargalhou, indo até à porta, pronto para a abrir.

 

– Apresento-te aos mais importantes. – Argumentou toda respondona, saindo com ele da sala de reuniões. – Quanto a depois, eu tenho energia para muita coisa meu caro. Agnes Hembrow raramente se cansa. – Piscou-lhe o olho divertida e chamou o elevador com um pequeno cartão que retirou do bolso. Aquele objeto servia para bloquear o elevador de qualquer chamada além das ordens dela.

 

– Como a Senhora Hembrow desejar. – Afirmou com um meio sorriso, quanto às apresentações. Deixou que o sorriso se alargasse quando ouviu o resto. – Ai sim? É bom saber. Talvez devêssemos trabalhar juntos um dia destes. Pode ser que nos ajudemos bastantes, já que somos tão resistentes. – Brincou, e observou-a assim que achou as suas ações estranhas. Ergueu o sobrolho e encarou-a. – O que é que tu estás a fazer?

 

– Estou a chamar o elevador para estar apenas ao meu serviço. – Explicou numa risada, olhando-o divertida. – Não te preocupes, não te vou violar aqui dentro, por mais vontade que tivesse. – Brincou entrando na caixa metálica e completamente espelhada. – Por falar em trabalharmos juntos, quando queres ir trabalhar nos teus projetos? – Questionou, olhando-o.

 

Tom seguiu-a sem hesitar, voltando a olhar para ela quando estavam novamente a sós. – Trabalhamos nos meus projetos depois de te satisfazeres. Já que tens uma vontade tão grande de me "violar", o que é que te impede?

 

Agnes riu-se e aproximou-se do moreno. – Se tu soubesses a vontade que tenho durante o dia de agarrar em ti e desaparecer contigo para um canto, para darmos uma. – Comentou ajeitando o nó da gravata de Tom com um sorriso matreiro. – Ainda só nos conhecemos ontem mas já sonho em fazer tanta coisa contigo nestes 15 dias. Só eu, tu e ele. – Informou descendo a mão para as duas calças e acariciando a zona íntima de Tom por cima das mesmas.

 

Ele manteve-se onde estava, sem se mexer e muito menos afastar-se ou impedi-la de fazer o que quer que fosse. Com um sorriso semelhante ao dela, não se atreveu a desviar o olhar do dela. – E ainda não respondeste à minha pergunta. O que é que te impede? – Questionou com um ar sério.

 

Agnes apenas lhe sorriu de novo e bebericou do seu café devagar. Era mulher de jogos de sedução, de gostar de um bom agarrar possessivo por parte dos seus parceiros, demonstrando a tudo e a todos a confiança que tinham como homens destemidos e determinados. Imaginava Tom assim, contudo não podia exigir nada por parte do moreno, a menos que este tomasse a devida liberdade de o fazer. – Saberás com o tempo. – Comentou, ajeitando a sua roupa a um dos espelhos, de costas para ele.

 

O moreno entendeu o que ela quis dizer com toda a certeza. Sem pensar uma vez que fosse, aproximou-se dela e beijou-lhe o pescoço, calmamente, enquanto uma das suas mãos percorria o corpo dela até chegar a um dos seus seios, apalpando-o lentamente. – Será que saberei? – Questionou num tom bem baixo, perto do seu ouvido, olhando-a através do espelho.

 

– Claro que saberás. – Adiantou, encostando o seu rabiosque aos quadris de Tom e sorrindo perversamente. – Vais conhecer os meus pontos fracos, os que em nada me afetam, tudo. – Olhou-o por cima do ombro e riu meiga.

 

Ele riu de igual forma, sem deixar de olhar para ela. – Ai sim? Isso parece-me muito interessante… – Murmurou, beijando-lhe o rosto lentamente. – É muita gente? Para cumprimentar? – Perguntou num tom curioso, sem deixar escapar o seu sorriso.

 

– Um bocado, são 6 pisos. – Informou com um pequeno ar de 'ups' estampado no rosto. Agnes fazia aquela visita todas as vezes que visitava as suas sedes e sentia-se bem em fazê-lo. – Queres ir andando para o hotel? Eu não me importo. – Sorriu-lhe.

 

– Não que te queira abandonar depois daquele… Incidente, mas acho que sim, que vou andando. Tenho umas chamadas para fazer, as minhas coisas para organizar, saber o que é mais urgente para terminar e essas coisas todas. E ver se ligo ao meu irmão, só para saber se está tudo bem. – Tom encolheu os ombros e virou-a para si, encarando-a fixamente. – Não te importas? E tens a certeza que ficas bem? – Tentou saber, bem a sério, antes das portas do elevador se abrirem.

 

– Faz isso, não precisas de estar aqui a apanhar uma seca. – Riu-se carinhosa e beijou-o demoradamente. – Eu fico bem, não te preocupes. – Assegurou, acariciando-lhe o peito calmamente. – Obrigada. – Agradeceu, olhando-o profundamente nos olhos.

 

O moreno correspondeu ao beijo de Agnes de igual forma, sem ter qualquer pressa em terminá-lo. Assim que este cessou, de forma natural, Tom esboçou um ligeiro sorriso e encolheu os ombros. – Não precisas de agradecer. Alguma coisa tu já tens o meu número, por isso não hesites. – Avisou, deixando depois que ela saísse então do cubículo metálico. Pressionou o botão para ir até ao piso 0 e acenou-lhe enquanto as portas se fechavam.

 

No instante em que ficou a sós no elevador, deixou que o corpo relaxasse um pouco e respirou fundo. Aproveitou para fechar os olhos também. Tom era do tipo de pessoa que não gostava muito de elevadores, mas mesmo assim usava-os. Não era como se fosse praticamente fácil subir vinte ou mais andares como alguns dos edifícios que já frequentou possuem. Quando sentiu o elevador a parar abriu os olhos e preparou-se para sair dali. Ainda estava com aquele pequeno sorriso que Agnes lhe tinha deixado no rosto, mas assim que ele viu quem estava do outro lado das portas do elevador, esse mesmo sorriso desapareceu de imediato. Daniel estava ali, mesmo à sua frente. Quase de forma automática, ele fechou as mãos com força, tentando controlar-se. A vontade que Tom tinha de dar uma surra a Daniel era gigantesca.

 

publicado às 23:08


Comentar:

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.

Este blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.



Currently Posting

No Control

Informações

Quando tudo parecia quase perfeito, os fantasmas do passado voltam a surgir. Natasha vê-se encurralada com um passado capaz de arruinar o seu futuro e determinado a destruir os que ama. Será capaz de controlar tudo o que a rodeia?


Currently Writing

Lost In You



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.