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No Control || 20

por ivy hurst, em 20.12.17

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Natasha estremeceu e agarrou-se à barriga, olhando o namorado meio assustada. - Mas ele disse que a bebé está bem... - Murmurou, já sem saber se devia acreditar naquilo ou não. Depois do que Bill tinha dito, como iria ela acreditar no que o médico lhe tinha dito? E se a sua menina não estivesse bem como lhe fora dito?

 

- A bebé está bem, mas tu podes não estar Natasha. Ela chupa-te energia, nutrientes, tudo o que tu tens vai para ela e ficas sem nada. Isto vai mudar, vais ver onde tu vais amanhã de manhã. - Ameaçou, com os seus músculos completamente contraídos de raiva. - Médicos de merda, tiram os cursos em 3 anos ou o caralho... - Rosnou.

 

A loira respirou fundo e levou uma das mãos ao braço mais próximo de Bill, acariciando-o. - Tem calma, por favor... - Pediu baixinho, chegando-se mais a ele, encostando-se com cuidado. - Eu vou onde tu quiseres, quando quiseres. - Murmurou. Não se importava com nada já, só queria estar bem e dar o seu melhor à filha que tinha no ventre.

 

- Como queres que tenha calma se me dizes que aparentemente estás bem, mas na verdade não estás assim tão bem? - Olhou-a, falando com mais cuidado. - Depois falamos sobre isso em casa, vamos estabelecer metas e uma delas vai ser comeres mais do que aquilo que andas a comer. - Apontou-lhe o dedo.

 

- Sim Tash, precisas de comer mais. Faz-me espécie como é que comes tão pouco, uma vez que eu como por 3. Às vezes chego a comer mais do que o Tom. - Explicou de olhos arregalados.

 

Tash olhava-os com um ar confuso. - Mas eu já como muito... Quero dizer, não acho que coma imenso mas eu como até não conseguir mais... Como agora por exemplo, eu estou cheia. - Tentou explicar-se com calma, suspirando depois. - Tudo bem, eu vou tentar comer mais.

 

- Ele deu-te algo para tomares tipo vitaminas? - Questionou o loiro, olhando para a namorada com um ar curioso.

 

- Sim, deu. Eu tenho-as lá em casa no sítio do costume, se quiseres podes ver depois. Porquê? - Perguntou a loira meio curiosa e meio confusa, sem saber se aquilo era bom ou não. - Não estou a fazer mal, pois não? Tinhas dito que eu precisava delas...

 

- Não vou ver, porque vou mandar fora. - Avisou, bebendo o resto do seu copo de água. - Precisas de suplementos de ácido fólico ou iodo, não de vitaminas que te tirem o apetite ao ponto de não teres necessidade de as procurar em comida. Tu estás com uma sensação falsa de apetite porque na verdade não comeste assim tanto. O que precisas é de comer bem e talvez tomar ferro porque estou mesmo a ver que estás com anemia. - Revirou os olhos.

 

A rapariga respirou fundo e desviou o olhar. - Eu só fiz o que o médico me disse para fazer, não pensei que me fosse dizer coisas erradas. - Suspirou, sentindo-se mal por estar novamente a errar, quando pensou que estava a fazer tudo certinho, uma vez que fazia tudo o que lhe tinha sido mandado. - Vou fazer análises amanhã então?

 

- O que mais me mete raiva é que eu também estava orgulhoso mas afinal há sempre um filho da puta a estragar tudo. - Explicou irritado. - Sim, vamos ao médico, vais ao psicólogo também. - Disse, deixando-se depois relaxar na cadeira enquanto respirava fundo.

 

- Desculpa, amor... Eu não sabia, pensei que estava a fazer o que era certo. Quero dizer, ele é que é o médico, por isso... - Natasha respirou fundo e encheu novamente o seu copo de água, bebendo-o rapidamente. - Está bem, eu vou aos médicos. - Afirmou num tom calmo, levantando-se depois com cuidado.

 

- Pois, são uns médicos de merda. - Resmungou, seguindo-a com o olhar. - Onde vais? - Procurou saber.

 

- Vou só à casa de banho. - Respondeu de seguida, ajeitando o seu vestido com cuidado, suspirando quando recebeu um ar desconfiado de todos. - Só vou fazer as necessidades, querem ir todos lá ver? - Suspirou de novo, seguindo depois até à casa de banho, onde fechou a porta mas não trancou.

 

Tom fez sinal ao irmão quando o viu prestes a levantar-se. - Se ela demorar muito, então vais lá. Deixa a rapariga fazer o chichi dela à vontade. - Riu baixinho, falando num tom simpático, sem querer ofender o irmão. - Acho que a esta altura ela já não te ia mentir sobre o que vai fazer na casa de banho.

 

- Não estou a desconfiar, só não quero que ela se sinta mal e eu nem dou conta. - Revirou os olhos, sentando-se de novo.

 

- Pois o teu irmão deixou de saber o que isso é. Podia morrer aqui que só tinha a Alda para chamar o 911. - Falou Agnes, não resistindo em mandar a boca para o ar.

 

- Eu sei, mas deixa-a estar nem que seja dois minutos e depois se quiseres vais lá espreitá-la a ver se está tudo bem. - O moreno respirou fundo e olhou a futura esposa. - Amor, já falámos sobre isto... Já te disse também que me vou afastar do trabalho uns meses e estar mais alerta. - Suspirou, passando-lhe a mão pela barriga.

 

- Já falamos sobre isso, pois já. - Semicerrou os olhos, deixando-o acariciar-lhe a barriga e vendo a mesma com umas formas bastante engraçadas. Ora ficava torta para um lado, uma vez que Wolf parecia fazer piscinas lá dentro, ou se notava um pé ou uma mão do pequeno.

 

Tom abriu bem a mão e sorriu ao sentir a mãozinha do seu filho. - O meu filho já me dá mais cinco e tudo, fantásico! - Riu baixinho, dando depois alguns beijinhos na barriga de Agnes. - A vossa menina já tem nome?

 

- Claro, Rosie como eu sempre quis. - Guinchou entusiasmado.

 

- Awn, é um nome mesmo fofo. - Concordou Agnes, acariciando os cabelos de Tom enquanto ele roçava a cara na sua barriga.

 

- É um nome giro, de facto. Aliás ela vai ter um nome todo chique, Rosie Kingsley Kaulitz. - Riu, olhando o irmão depois. - Vai ter segundo nome ou é só Rosie mesmo? - Questionou curioso, sem largar a barriga da sua mulher. - Vai lá ver da tua mulher, estou-te a ver aí a abanar a perna todo nervoso já.

 

- Rosie chega. - Respondeu, olhando para a porta da sala. - Não vou a lado nenhum, deixa-me. - Resmungou, olhando para as horas a confirmar quanto tempo já tinha passado.

 

- Vais onde? - Questionou Natasha confusa assim que chegou, voltando a sentar-se ao lado de Bill. - Desculpem se me demorei, distraí-me com a bebé. - Sorriu carinhosamente, olhando a sua barriga. A loira não tinha demorado muito nas necessidades, mas tinha passado o resto do tempo a cantar para a sua bebé.

 

- A lado nenhum, era isso mesmo que estava a dizer ao meu irmão. - Riu-se, acariciando a barriga dela com calma. - Está mexida? - Questionou.

 

- Um pouco, por isso é que demorei um bocadinho. Estive a cantar para ela, espero que mais ninguém tenha ouvido. - Gargalhou, meio envergonhada. Natasha olhou para a amiga e sorriu ao ver que Wolf também se estava a mexer. - Oh! Acho que estão a tentar comunicar. - Brincou.

 

- Ninguém te ouviu não te preocupes. - Tranquilizou Bill, rindo-se divertido.

 

- Filho não podes pitar a tua prima, mesmo que ela seja mesmo boa. - Falou para a barriga, sentindo Wolf ficar quieto durante uns segundos como se estivesse atento ao que ela dizia.

 

Natasha gargalhou ao ouvir o que Agnes disse e abanou a cabeça. - Eles só vão ser amigos. Melhores amigos, aliás! E vão cuidar um do outro, não é Rosie? - Sorriu docemente, agarrando-se ao braço de Bill de súbito quando sentiu um forte pontapé da bebé. Tinha sido pior que os anteriores e ela até deixou de respirar por algum tempo. Foi como se durante aqueles segundos até nem conseguisse ouvir ou ver os que estavam com ela. - Dá-me água, por favor. - Pedinchou ao Bill, ainda meio atordoada.

 

- O que foi? - Bill olhou-a preocupado, suspirando sem saber o que pensar ou fazer com Natasha. Sentia-se um mau médico, um mau pai e acima de tudo estava preocupado com a saúde da pessoa que amava. - Estás a assustar-me cada vez mais...

 

Simone levantou-se enquanto a observava e olhou depois o filho. - Eu vou fazer um chá especial, volto já! - Anunciou, indo logo para a cozinha.

 

A loira respirou fundo uma vez mais e abanou a cabeça. - Foi só um pontapé mas este doeu e não foi pouco. - Tash encostou-se ao namorado e pegou na mão dele, pousando-a na barriga. - Deixem-me só ficar quietinha uns minutos e depois já podemos ir todos às compras. - Sorriu, olhando a amiga.

 

- Talvez seja melhor irmos para a sala, podes sentar-te lá mais confortável. - Aconselhou Agnes, levantando-se também com calma e apoiando-se num dos ombros de Tom para não se desequilibrar. - Vai buscar o carrinho para montar. - Pediu num tom mimado, beijando-lhe o pescoço enquanto o abraçava, aproveitando que ele ainda estava sentado.

 

- Vou sim. - Murmurou, sorrindo carinhosamente. - Vai-te sentar com a Tash lá na sala que eu vou buscá-lo e já o levo e monto lá, sim? - Tom levantou-se e beijou-a apaixonadamente, acariciando a barriga antes de sair dali.

 

- Acho que vou aceitar essa oferta porque a Rosie pôs-me a ver estrelas e eu preciso de recuperar as forças. - Sorriu, levantando-se com a ajuda de Bill. Ajeitou o seu vestido e o seu cabelo e deu um beijinho fofo na bochecha do namorado. - Vamos para a sala então, Ness? Quero dar beijinhos nessa pança linda.

 

- Vamos, aprecia o meu andar de grávida. Parece que tive dois meses seguidos a levar na menina! - Brincou, andando com aquele típico andar de grávida, bastante querido, mas engraçado ao mesmo tempo porque se assemelha a um pinguim.

 

Natasha riu baixinho e seguiu atrás da amiga, sempre com aquele seu riso engraçado. - Bem eu também não faço uma melhor figura... Quando chegar ao final vou parecer nem sei o quê! - Gargalhou e depois de ajudar a amiga a sentar-se no sofá, sentou-se também. Levou as mãos à barriga dela, acariciando-a com todo o amor e carinho. - O Bill está triste... - Sussurrou enquanto estavam sozinhas. - Eu pensava que estava a fazer tudo bem, juro. Fiz tudo como o médico me mandou... - Ela suspirou e levou uma das mãos à sua barriga, agradecendo por Rosie já estar mais calma.

 

- Acho que ele está irritado porque pareces bem, mas depois tens estas coisas que não são normais. - Suspirou com calma, acariciando-lhe a barriga. - Tens que seguir tudo o que ele diz à risca e acho que não te fazia mal ires a um psicólogo. Tu atrais coisas muito negativas para ti e isso não é bom... - Olhou-a.

 

- E eu sigo! Eu faço tudo o que ele me pede... Ele tinha pedido para eu fazer tudo o que o médico dissesse e eu fiz. Mas não pensei que ia estar a fazer mal em seguir as ordens do homem. - Suspirou com um ar tristonho. - Eu sei que preciso de um psicólogo. Tenho alturas em que estou uma merda e quando estou sozinha é pior... Especialmente à noite. Ainda há bocado expliquei isso à nossa sogra. Estou sempre com medo que aquela besta volte e me faça mal, estou sempre a ter pesadelos... Eu só quero viver a minha vida em paz e não consigo, parece que me assombra o desgraçado! E sinto-me fraca, sabes?

 

- Ele não vai voltar e vais ver que te vais sentir melhor assim que fores ao psicólogo. Eu agora ando a ter as tais aulas de preparação para o parto como te disse e por acaso é interessante, quando fizeres isso também é algo que te vai ajudar bastante. - Disse num tom de voz calmo.

 

- Eu espero que sim, espero mesmo que sim... Tu não fazes ideia do pânico que é passar os dias com medo que me aconteça mais alguma coisa. Depois de tudo o que já se passou... Só quero paz. Só quero estar bem e que a minha filha esteja bem também. Ela e o Bill, claro. Quero que ele se orgulhe de mim... - Murmurou, sorrindo depois. - Estou tão feliz por ti. Feliz e entusiasmada!

 

- Eu só quero agarrar este miúdo nos braços, a sério. - Riu meio nervosa e ansiosa. Poucos minutos bastaram para Tom estar de novo na sala com as caixas do carrinho de Wolf. - Vamos lá montar isso. - Guinchou, chegando-se mais para a ponta do sofá.

 

- Vamos cá montar o Ferrari do Wolf! - Tom riu-se e ficou o mais perto de Agnes possível, montando o carrinho com todo o cuidado e um grande entusiasmo.

 

Tash sorriu ao ver o namorado com o chá, e aceitou-o de imediato. Bebericou um pouco assim que pôde e chegou-se mais perto de Bill. - Posso sentar-me no teu colo? - Sussurrou com um sorriso doce.

 

- Podes, claro. - Respondeu o loiro, puxando-a para o colo dele com todo o cuidado. - Esse carro depois quando tiverem uma menina, mudam só essa parte de dentro não é? - Olhou o casal.

 

- Sim e podemos mudar as vezes que quisermos esta almofada. Eu mandei vir outra toda em preto e em cinzento para ir mudando uma vez que se suja muito o carrinho nos meses em que começam a comer bolachas e cenas do género. - Explicou Agnes.

 

- Podíamos comprar um assim para a Rosie. - Bill olhou Tash, esperando uma resposta por parte dela. Tinham que começar a comprar as coisas, especialmente montar também o quarto da pequena e tudo o resto.

 

- Sim, claro amor! O carro é mesmo bonito e não me importava de ter um assim... E sim, tens razão. Temos de começar a preparar tudinho para a chegada da nossa bebé. - Falou com um ar entusiasmado, bebendo grande parte do chá. - Mal posso esperar para termos tudo pronto!

 

- Oh aproveita cada detalhe, vais depois ter saudades de decorar, escolher o carrinho e tudo isso. - Aconselhou Agnes, levantando-se para montar ela a parte da alcofa. - E este carro é genial porque esta parte oval faz de alcofa que fica depois embutida aqui dentro quando passares para a cadeirinha. Ele parece ser enorme mas é confortável e todo o terreno. - Riu.

 

- Sim, nós como viajamos bué e especialmente para a Alemanha, não vou andar a conduzir um carro desconfortável e que nem se mexe em pisos do género, calçada. - Acrescentou Tom.

 

- Podes crer que vou aproveitar! Eu já andei a ver algumas coisinhas mas não comprei nada. Quero fazer tudo com o Bill, quero que sejamos os dois a escolher as coisas para a nossa filha. - Explicou toda sorridente, bebendo o resto do chá. - Ai, o carro é mesmo um máximo. - Guinchou entusiasmada, chegando-se mais perto para observar melhor o carro. - Até já consigo imaginar a nossa Rosie num carrinho destes...

 

- Há uma almofada rosa choque, mesmo horrível, mas sei que vais adorar. - Disse Tom, esperando que Agnes lhe passasse a parte da alcofa para ele encaixar.

 

- Não é nada horrível, é mesmo gira Tash. E outra bege às bolinhas! - Guinchou entusiasmada, dando a alcofa ao seu noivo para que ele a encaixasse.

 

- Às bolinhas?! Ai mãe! - Guinchou, batendo palminhas como se fosse uma miúda. - Sou capaz de comprar essa para a minha bebecas! - Riu baixinho, passando a mão pela barriga. - Temos de começar a preparar as nossas coisas entretanto amor!

 

- Que coisas? - Olhou-a meio confuso, não percebendo a que coisas ele se referia. - Atualiza-me que não estou a perceber a que nossas coisas te referes. - Pediu.

 

- Para a nossa Rosie, amor! Mais roupinhas, carrinho, mobília toda para o quarto... Isso tudo! - Afirmou com um enorme entusiasmo, voltando a aproximar-se mais dele. - Depois eu mostro-te tudo o que já andei a ver, sim?

 

- Sim e se vamos às compras hoje podemos tratar disso. - Sugeriu com calma, acariciando-lhe as costas com cuidado. - Estás melhor? - Procurou saber, roçando o nariz no maxilar da loira.

 

Natasha fechou os olhos, sorrindo docemente. - Estou amor, estou. Já passou! - Respondeu de forma calma e querida, voltando a sentar-se no colo dele. - Adoro estes teus miminhos, sabias? - Sussurrou, deixando-se relaxar nos braços dele.

 

- Sei, por isso é que te dou. - Riu divertido, beijando-lhe a bochecha com cuidado.

 

- Só mel, agora não se vão largar. - Brincou Tom, vendo Agnes completamente encantada com o carrinho. Ao menos estava feliz!

 

- Largar? Achas?! - Questionou com um ar chocado, abanando a cabeça depois. - Nunca vou largar o teu irmão, nunca! - Informou com um ar completamente feliz.

 

Entre consultas e compras para Rosie, o tempo passou num instante. Natasha já estava no fim da gravidez, com uma barriga enorme. Bill elogiava-a todos os dias e era incapaz de a largar. Naquela altura, ele até a acompanhava à casa de banho! Estavam os dois muito ansiosos para que o dia chegasse e já tinham tudo muito organizado e preparado.

 

Tash estava na cozinha da sua casa com Agnes, que alimentava o pequeno Wolf. Observava a amiga com toda a atenção, completamente maravilhada. - Ele está tão sossegado... - Comentou, sem deixar de sorrir. Tash agarrou-se de súbito à bancada com força, fechando os olhos com força enquanto gemia baixinho. - Ness? - Sussurrou no fim, levando as mãos à barriga enquanto respirava fundo. - O Bill...?

 

- Está lá fora com o Tom, respira fundo. - Pediu, erguendo-se com cuidado, uma vez que estava a amamentar o seu filho e caminhou até à porta de acesso ao jardim. - Bill, chega aqui. Ela está de novo com contrações. - Avisou a mais nova, vendo o loiro quase correr para dentro de casa. - Tom, ajuda o teu irmão se for preciso algo, eu vou para a sala para não ficar ansiosa. - Avisou, olhando o pequeno Wolf que mamava consolado.

 

Tash assentiu e ficou naquele mesmo sítio, respirando da forma mais calma possível. Sentiu-se aliviada por ver o namorado ali pouco depois e olhou-o de imediato. - Acho que devíamos ir. - Comentou, fazendo uma careta. Estava com aquela dor aguda há já algumas horas, e as contrações pareciam ter voltado ainda mais fortes.

 

- Calma, se fores agora vais lá ficar horas a passear na clínica. Há muita gente lá e não faz sentido, ok? Moramos a 2 minutos de lá e mesmo assim vais fazer o caminho a pé. - Explicou com calma, colocando-se atrás da namorada e fazendo-lhe algumas massagens na zona lombar. - Vamos caminhar no jardim?

 

Ela apenas assentiu, começando a caminhar com ele assim que foi capaz. - Vais ser mesmo tu não vais? - Sussurrou com um pequeno beiço, respirando fundo depois. - Oh minha mãe... - Resmungou quando já iam a caminhar pelo jardim, parando de andar.

 

- Vai doer muito mais do que isso, vá sê forte... - Incentivou, ajudando-a a caminhar com calma e conforme ela podia. - Vou ser eu a fazer o parto, por isso só vamos quando eu achar que estás pronta para te deitares, calminha da tua vida e fazeres força para mandares essa matulona cá para fora. - Explicou, vendo Pumba segui-los. - Lembraste da Agnes? Chegou à clínica, despiu-se e foi só meter-se de cócoras como ela queria ter o Wolf para ele sair. É assim que tem que ser, rápido e sofrer num sitio confortável, não aos olhos de todos...

 

- Vai correr tudo bem, não vai? - Encarou Bill, procurando nele a positividade que ela naquele momento não tinha. Estava assustada e nervosa, mas ainda assim fazia um esforço para conseguir pensar de uma maneira menos negativa. - Vai correr tudo bem... - Murmurou para si mesma, apertando a mão de Bill minutos de pois. - Espera, espera. - Pediu, voltando a parar. Pumba aproximou-se logo de Tash, cheirando-lhe as pernas.

 

- O que foi? - Questionou, olhando-a com atenção em busca de respostas.

 

- Eu não decidi em que posição devo tê-la, não sei o que é melhor... - Olhou-o preocupada, sorrindo ao ver o cão tão atencioso e protetor.

 

- Tens várias maneiras de o fazer. Depende se vais querer epidural ou não! Se for com epidural, lamento mas só pode ser deitada ou semi deitada, uma vez que vais deixar de sentir as pernas e se ficas sem força, cais. Se quiseres natural, podes escolher de cócoras, de quatro, em pé, na água, deitada de lado, tens muitas hipóteses amor. - Enumerou, explicando-se da melhor maneira que conseguia enquanto a obrigava a andar.

 

- Não, não, não. Não quero essa coisa da epidural, já te tinha dito amor. - Resmungou num tom carinhoso, gemendo baixinho com dores. - Por quanto mais tempo vou ter de estar assim em pé e a andar? - Questionou, respirando fundo logo de seguida. - Não quero ter a bebé na água, ouviste? Faz-me confusão... - Abanou a cabeça, suspirando depois. - Não me posso sentar um bocadinho?

 

- Vamos sentar na bola de pilates. - Informou, apontando a casa enquanto caminhava para lá com ela. - Ainda não te rebentaram as águas, sem isso não dilatas e sem dilatação, não há Rosie cá fora. - Sorriu, ajudando-a sempre que precisava para subir algum degrau.

 

- Amor, e se eu não conseguir? E se eu não tiver forças para a mandar cá para fora? - Perguntou baixinho quando já estavam dentro de casa, seguindo-o até chegarem à bola. Sentou-se na mesma com cuidado e voltou a olhar o namorado.

 

publicado às 15:00
editado por Daniela C. a 23/8/17 às 19:33


1 comentário

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De twilight_pr a 26.12.2017 às 22:40

Nem acredito que o menino já nasceu e que a Tash está já pronta para ter a criança, nem acredito que chegou o momento! Estou ansiosa para o próximo que aí vem.
Entretanto eu concordo com o Bill e entendo a Tash, porque quer dizer... o Bill diz para ela seguir o que o médico disser e o médico basicamente diz as coisas mal e acaba por haver descompensações na mãe, mas na bebé está tudo bem, entendo a Tash porque ela não é propriamente perita e sem o Bill, ela claramente que fez o que o médico disse, afinal ele é o perito. E claro que o Bill ficou chateado porque afinal... a sua miúda não estava tão bem como aparentava estar graças à incompetência de um parvo qualquer.
Ansiosa para ver o capítulo seguinte!


Beijinhos <3

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No Control

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Quando tudo parecia quase perfeito, os fantasmas do passado voltam a surgir. Natasha vê-se encurralada com um passado capaz de arruinar o seu futuro e determinado a destruir os que ama. Será capaz de controlar tudo o que a rodeia?


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