Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]




[S.S] Ordinary Life • 9

por ivy hurst, em 12.07.17

5-vert.png

 

Laura quase correu até ao pai, abraçando-o com toda a sua força. Sentir aquele abraço forte do seu pai fazia-la sentir sempre segura, protegida é amada. Ele quase que a esmagava, mas ela nunca se importava. - Estou aqui, pai. Estou mesmo aqui. - Murmurou, igualmente emocionada.

 

- Pensei que nunca mais te fosse ver Laura, onde raio te foste meter? - Questionou enquanto acariciava os cabelos da mais nova com cuidado. - Estás magra princesa, parece que não andas a comer em conduções. Olha-me essas marcas horríveis nos braços, o que é isso...? - Olhou-a.

 

- Eu estou bem, pai... - Murmurou, evitando encarar o seu pai. Sentiu alguém a tocar-lhe no ombro, assentindo quando Bill lhe mostrou o maço de tabaco. Ela entendeu de imediato e assentiu de volta. Sabia que ele não queria ouvir tudo aquilo de novo e respeitava a sua decisão. Assim que o loiro saiu, Laura olhou os pais e afastou-se ligeiramente do seu progenitor. - Mãe, podes sentar-te ao pé do pai, por favor? Preciso de vos contar o que realmente aconteceu nestes quase cinco anos.

 

- Quem era o rapaz? - Procurou saber o progenitor, apontando a porta e olhando depois a filha com atenção. - Como assim contar o que realmente aconteceu? Laura...

 

Laura sorriu docemente e mordiscou o lábio. - É o meu namorado pai, chama-se Bill. A mãe conheceu-o logo quando o viu, ele é um dos filhos do embaixador. - Explicou rapidamente, respirando fundo depois. Decidiu desviar o olhar e sentar-se também, começando então a contar o que aconteceu. - Quando eu cheguei aos Estados Unidos estava lá um homem com um papel que tinha o meu nome. Era o que estava combinado, o que me tinham dito, por isso não desconfiei... levaram-me para uma carrinha preta e só saí da parte de trás da mesma quando pararam e me obrigaram a entrar numa casa... - Murmurou, limpando as lágrimas que logo começaram a cair. - Eu fui levada para uma casa de prostituição... - Contou num tom baixo, incapaz de olhar os pais. Suspirou e continuou, antes que não conseguisse fazê-lo. - Ao início não fazia nada porque a minha virgindade foi a leilão... foi um rico qualquer que a comprou... E a partir daí estive lá quase três anos. Saí de lá quando descobriram que eu tinha engravidado, mandaram-me para a rua... E eu não tinha ninguém, só a minha mala e muito pouco dinheiro. Consegui comprar uma tenda e até há muito pouco tempo eu vivia nela, num beco, com drogados e prostitutas. Deixei de falar com vocês porque vendi o telemóvel, não tinha dinheiro para comer sequer. Mesmo quando trabalhava, muitos não me pagavam... - A morena aninhou-se, deixando-se chorar um pouco. - Tive o bebé ali mesmo, mas ele acabou por morrer pouco depois... - Contou a soluçar, limpando as lágrimas quando conseguiu acalmar um pouco. - Depois disso andei como acompanhante de um homem mais velho... - Laura abanou a cabeça, com cara de enjoada. - O Bill foi a melhor coisa que me aconteceu. Ele tirou-me daquele beco. - Contou, passando as mãos pela cara. - Desculpem não ter contado nada... tinha vergonha e não queria preocupar-vos... pensei que nunca mais ia voltar a ver-vos. - Sussurrou a última parte, deixando-se chorar.

 

- Oh meu deus... - Murmurou Felice em estado de choque, olhando para o marido que não conseguia sequer abrir a boca para dizer o que quer que fosse.

 

- Desculpem... Desculpem se vos desiludi! Eu não queria! Eu não sabia! Eu tenho vivido num inferno... - Murmurou, olhando finalmente os pais.

 

- Isto é muita informação para assimilar...pensávamos que estavas a ter uma boa vida e nem nos foste capaz de dizer a verdade das poucas vezes Laura...tínhamos dinheiro suficiente para te trazer de volta... - Abanou a cabeça confusa, olhando a filha depois de um longo suspiro. - Ele é mesmo teu namorado ou...?

 

- Eu tinha vergonha, mãe. Não queria que vocês me vissem naquele estado. Se acham que estou mal agora, iam ficar assustados se me vissem antes. Tinha medo de vos dizer... - Murmurou, abanando a cabeça de imediato. - Ele não é nada disso que pensas, mãe. Ele é mesmo meu namorado. Foi ele quem me salvou daquela vida, ele tem cuidado de mim, mãe. - Contou, afastando-se deles. Tossiu tanto que até lhe pareceu que cuspiu um pulmão. Uma mão estava no peito, que lhe doía e a outra a tapar a boca e que a meio ficou ensanguentada.

 

- Que raio se passa com essa tosse? Estás a tossir sangue Laura! - Exclamou, aproximando-se da filha com um lenço de papel. - Devias ir ao hospital... - Suspirou.

 

- O Bill já me levou ao hospital mã, passei lá uma noite. Já estou a tomar medicação, não te preocupes. - Esboçou um pequeno sorriso, suspirando. - Fico com mais tosse quando fico nervosa e assim...

 

- Talvez seja melhor chamar o rapaz, ele ainda queima os pulmões todos lá fora... - Aconselhou, apontando a porta da rua e olhando depois para o seu marido que permanecia calado como se tentasse ainda processar tudo.

 

Laura assentiu à mãe e respirou fundo. - Eu vou lá, mãe. - Apenas disse, sem olhar para o pai. Até tinha medo de o fazer e estava nervosa com o que ele pudesse dizer. Engoliu em seco enquanto saia da sala e depois de casa, encontrando o namorado à porta. Apenas o abraçou, sem dizer nada durante uns segundos.

 

- Está tudo bem... - Tentou tranquilizar, beijando a cabeça da morena com calma e afagando-lhe as costas de forma carinhosa.

 

A morena assentiu e colocou-se em bicos dos pés, beijando depois a bochecha do namorado. - A minha mãe quer que voltes para dentro. Vens? Eu já lhes contei... A minha mãe está chocada, o meu pai não fala...

 

Bill suspirou e acabou por assentir. Ele percebia os pais dela na perfeição e sentia tamanho desconforto quando ouvia Laura falar de algo que o deixava extremamente irritado e revoltado. - Vamos então entrar, vais ver que tudo se vai resolver rápido. - Tranquilizou.

 

- Vamos... - Retorquiu, dando a mão ao namorado, regressando então à sala de estar, onde os pais de Laura ainda estavam, um ao pé do outro, sentados no sofá. A rapariga não sabia o que dizer, estava nervosa e com medo da reação do pai, daquilo que ele lhe iria dizer.

 

- Senta-te aqui rapaz. - Magnus apontou o sofá à sua frente e passou uma não pela cabeça. - Tu por seres rico, não penses que podes comprar a minha filha com ilusões. Casas, telemóveis, viagens à terra Natal e depois voltas, pedes para ela ser apenas mais uma que passa pela tua cama. - Começou por dizer. - Conheço muitos filhos da mãe como tu!

 

Laura arregalou os olhos ao ouvir o que o seu pai lhe dizia, olhando-o com um certo choque. - Pai, o Bill não é esse tipo de pessoa! Ele ama-me de verdade, pai. Ele salvou-me daquela vida, ele, ele... Ele deu-me sítio para ficar, ele levou-me ao hospital e passou lá a noite comigo, ele tem cuidado de mim, pai... Eu até já conheci os pais dele e tudo, o irmão, a esposa dele... - A rapariga passou a mão pelos cabelos, olhando a mãe. Se dantes estava nervosa, agora estava ainda mais.

 

- Laura ele não vai querer uma ex-prostituta como mãe dos netos de um embaixador!

 

- A minha mãe era prostituta, das mais sujas que podia encontrar na Alemanha porque infelizmente a minha avó era toxicodependente e não soube dar à minha mãe a educação suficiente nem um estilo de vida que a propiciassem a ser outra coisa. Contudo o senhor olha para ela na televisão ao lado do meu pai e não pensa sequer na quantidade de vezes que foi para a cama com homens por um pedaço de comida. - Atirou Bill num tom meio ríspido. - As minhas intenções com a Laura são as melhores, quer que lhe peça já a mão dela? - Olhou-o nos olhos.

 

Ex-prostituta. Era o que o pai dela lhe tinha acabado de chamar. Não era mentira nenhuma, mas ainda era uma palavra que ela não gostava de ouvir. Sentiu a mãe a aconchegá-la a si, mas não se mexeu. Olhava alternadamente para o pai e para o namorado e mesmo com tudo o que o loiro lhe disse, Magnus olhava Bill com um ar desafiador, como se achasse que o rapaz não teria coragem de seguir com aquilo para a frente. - Pai... - Murmurou Laura quando se apercebeu que ele ia dizer algo, mas depois calou-se. Não queria faltar ao respeito do seu pai.

 

- Eu tenho idade para ser teu pai e talvez tenha mesmo a mesma idade que o teu. Achas que já não andei nessa escola?

 

- Só não lhe peço a mão da sua filha agora porque não tenho que lhe provar nada para que passe a aceitar-me como companheiro dela. Mas lhe garanto que fiz a sua filha mais feliz em dois dias, que nos últimos 5 anos da vida dela e não foi a pedido nem do senhor nem de ninguém. - Adiantou-se.

 

- Podem parar com isso, por favor?! - Pediu a rapariga num tom ligeiramente mais alto, olhando-os. Ela entendia o lado do pai, mas também gostava que ele acreditasse um pouco no que ela já lhe tinha dito. - Pai, por favor... Se ele não gostasse assim tanto de mim não tinha feito tudo isto por mim! Se ele fosse como o Snyder, tirava-me do buraco sempre que precisava de mim e levava-me outra vez para lá quando já não lhe fosse precisa! - Acabou por dizer, tendo a noção que o pai nem sabia de quem ela estava a falar. - Por favor para pai... Por favor... Ainda é o meu aniversário, ao menos faz isso por mim...

 

- O teu aniversário aqui foi ontem... - Murmurou num breve suspiro. - Desculpa rapaz, tudo isto está a ser um tremendo choque para mim... 

 

- Eu achava melhor não se falar mais disto. Não quero ouvir mais este assunto, senão eu prefiro ir-me embora... - Avisou meio incomodado.

 

Laura soltou-se da mãe e foi logo para a beira de Bill, abraçando-o com força. - Não vás embora amor, por favor. - Sussurrou, escondendo a cara no peito dele. Só olhou o pai algum tempo depois, sentando-se ao lado dele. - Nós comprámos-te aquele bolo que tu adoras... espero que continue bom como dantes. - Murmurou, olhando depois para o chão. - Desculpa se te desiludi, pai. - Falou num tom baixo, tentando respirar fundo, mas com alguma dificuldade já. Era como se tivesse um nó na garganta que ia crescendo. - Eu percebo, e... Se quiseres eu vou embora. Nós vamos embora, quero dizer. - Informou, colocando a mão outra vez no peito.

 

- Não, está tudo bem... - Respondeu o mais velho, suspirando antes de se erguer para seguir rumo à cozinha.

 

- Tens que comer e tomar a medicação... - Sussurrou Bill, beijando a testa da morena e caminhando com ela atrás de Magnus que os chamou com a mão.

 

A mais nova estava prestes a levantar-se e anunciar que se iria embora quando viu o gesto do pai, pedindo que fossem ter com ele. Depois de respirar fundo uma vez mais, Laura foi então com Bill para perto de Magnus. - Sim, pai?

 

- Não é para vir comer o bolo? Vamos lá então. - Resmungou num tom mimado, sentando-se à mesa enquanto Felice dispunha um monte de doçarias, pão e recheios por cima da mesa. Laura assentiu e sem nada dizer, sentou-se no lugar que sempre foi seu: o lugar ao lado do pai. Como é o homem da casa, Magnus costumava ficar sempre numa das pontas e a filha e esposa ficavam ao pé dele, uma do seu lado esquerdo e a outra do direito. A morena deixou que a mãe colocasse tudo sobre a mesa e só depois é que cortou uma fatia para o pai, servindo-o, fazendo depois o mesmo com a mãe. Serviu também o namorado, mas não se serviu a si. Sentou-se direita e ficou a olhar para o bolo para não ter de olhar diretamente para ninguém.

 

- Anda. - Pediu Bill, cortando uma fatia para Laura e servindo-a. - Tens que tomar a medicação, senão nunca mais te pões boa! - Relembrou, dispondo a bolsa dos medicamentos sobre a mesa, mesmo ao lado dela. Como que a fazer pressão!

 

Depois de suspirar, a rapariga começou a comer a fatia de bolo, sem grande vontade. Só isso já era a coisa mais esquisita do mundo, uma vez que o bolo era de chocolate e Laura era viciada nisso mesmo. Limpou as mãos e os lábios ao guardando quando terminou e tomou então a medicação, antes que Bill a relembrasse de novo. Aquela era a primeira vez que ela se sentia tão desconfortável na própria casa e ao pé dos pais. Por muito que os amasse, já só queria sair dali. Queria deixá-los processar tudo com calma, antes de voltar a ouvir o seu pai a chamar-lhe de ex-prostituta outra vez ou que, por causa dessa mesma infelicidade, ninguém como o Bill a iria querer como companheira. - Acho que é melhor irmos embora... - Acabou por dizer, mas sem olhar os pais. Arrumava a medicação com calma, sem encarar ninguém.

 

- Tens a certeza? - Bill olhou para a namorada e suspirou, vendo o quão afetada ela estava com aquilo.

 

- Estás assim porquê? - Magnus fez-se ouvir. - Já não vamos abordar este assunto aqui nesta casa, já percebi que esta relação é para valer, não entendo porque não levantas a cabeça?! Aliás nunca te ensinei a andar de cabeça baixa sequer... - Relembrou.

 

- Porque é que estou assim? Talvez porque ainda estou a tentar largar todo o sofrimento que passei. Talvez porque ainda estou frágil e porque me custa ver o meu pai tão desiludido comigo. Talvez me tenha custado ouvir o meu pai a chamar-me de ex-prostituta e a dizer que alguém como ele não iria querer alguém tão imunda quanto eu como a sua companheira. - Apontou para Bill enquanto respondia ao pai. Desta vez já o encarava e, apesar de ter os olhos inundados em lágrimas, estava a esforçar-se ao máximo para não chorar. - Mas tens razão, não é mentira, apenas chamaste os bois pelos menos. Eu era prostituta. - Murmurou, limpando a cara assim que as lágrimas caíram. Felice levantou-se rapidamente e deu a volta à mesa, abraçando a filha por trás, mesmo ela estando sentada.

 

- Magnus. - Sussurrou ao marido antes que ele falasse, olhando-o com um olhar específico. Tudo aquilo não era fácil de processar, mas a filha deles estava bastante em baixo e era óbvio que ela precisava do carinho do pai.

 

- Excedi-me eu sei, mas disse isso ao Bill com medo que ele te fosse tratar assim mesmo. Não porque te queria fazer sentir mal... - Explicou com calma, levantando-se e puxando Laura para si. - Anda cá... - Pediu, abraçando a morena com aquele seu abraço paternal que só ela conhecia e que só a ela pertencia.

 

A morena acabou por se levantar e abraçar o pai, deixando-se chorar no peito dele. - Por favor, acredita em mim... O Bill não é assim. Eu amo-o pai, só quero que o aceites. - Murmurou, soluçando. - Não quero que deixes de gostar de mim. Ou que aches que a tua filha se tornou numa mulher imunda. - Continuou a falar entre soluços, largando o seu pai por já não ter forças para o fazer. - Não quero que deixes de ter orgulho em mim...

 

- Não sinto isso Laura, já te disse. Tira isso da cabeça... - Gesticulou meio cansado do assunto. - Tu precisas de descansar, estás extremamente fraca e com má cara. Aliás devias ir ao hospital!

 

- Se a conseguir convencer eu agradecia também... - Comentou Bill num suspiro desesperado. Laura era teimosa quando queria!

 

Felice aproximou-se da filha e do marido, espreitando para ver melhor a cara dela. - Ai, nossa senhora... - Sussurrou ao vê-la a escorregar e a revirar os olhos. - Ai, que a minha menina não está bem. Agarra-a bem, Magnus! - Pediu aflita, olhando depois o loiro que se levantou de forma repentina.

 

- Estou bem... Só preciso de ir apanhar ar. - Informou de forma calma, ou até mesmo demasiado calma, olhando para o seu pai. - Posso sentar-me no teu cadeirão que tens lá fora?

 

Bill agarrou na namorada sem sequer ter outra reação. - Lá fora está frio demais, não queres ir ao teu quarto? - Questionou o loiro, tentando manter um diálogo com ela enquanto fazia um olhar a Felice para que ligasse para o 112.

 

A mãe de Laura assentiu ao rapaz e saiu daquela divisão, ligando para o número de emergência e explicando tudo o mais depressa que conseguia. - Pode ser. - Murmurou de forma arrastada, sentindo-se a ir abaixo. Parecia que o seu coração estava a abrandar, mas ela acreditava que se apanhasse um pouco de ar e voltasse a respirar bem, tudo ficaria bem. - Tenho uma janela no quarto... Podes abrir. - Sussurrou, começando a fechar os olhos.

 

- Olha para mim, não deixes de me responder. - Pediu, começando a caminhar com ela para onde deduzia ser a zona dos quartos. - Qual é a porta? - Questionou, agarrando-a por baixo dos braços e abanando-a algumas vezes para que ela não se deixasse ir.

 

- É esta. - Em vez de apontar com o dedo, Laura apenas virou o rosto para a porta correta e suspirou ao vê-lo tal e qual como estava quando ela saiu de casa. Revirou os olhos de novo e começou novamente a cair, mas o abanão que o namorado lhe deu obrigou-a a voltar a abrir bem os olhos. - A janela...

 

- Laura por favor... - Implorou Bill, abrindo a janela do quarto dela enquanto a abraçava de forma protetora. - Magnus pode chegar-me aquela manta, por favor? - Pediu, olhando o mais velho que se mantinha atrás dele meio assustado.

 

Laura sorriu ao sentir as mãos quentes do seu pai enquanto a tentava aconchegar à manta da melhor forma. A morena agarrou o braço de Bill de forma repentina, esforçando-se para de manter em pé e acordada. - A minha mãe?

 

Ela já vem... - Assegurou de lágrimas nos olhos. Não estava a aguentar ver Laura naquele estado e jurava estar com o seu coração partido a meio e um enorme sentimento de culpa por tudo aquilo estar a acontecer. Talvez não tenha sido assim tão boa ideia aquela viagem!

 

- Estás a chorar? - Murmurou calmamente ao ouvir a forma como ele respirava. Já o conhecia o suficiente para saber distinguir até a sua respiração. - Está tudo bem. Eu amo-te. - Sorriu, começando outra vez a fechar os olhos.

 

- Ela está aqui! - Indicou Felice num tom alto e aflito, levando as mãos a tapar a boca quando viu a filha naquele estado. - Cuidem da minha menina! - Pediu a mãe, completamente desesperada, abraçando o marido. Laura já estava tão mal que quando sentiu outro abanão e viu os paramédicos não resmungou com ninguém.

 

- Mantém-te acordada só mais um bocadinho! - Pediu-lhe um deles e levaram-na para a ambulância num instante. Colocaram-lhe a máscara de oxigénio e deixaram que Bill subisse, pois era quem ela pedia que a acompanhasse.

 

O loiro sentou-se ao lado da amada, deixando as lágrimas cair em silêncio enquanto passava a viagem toda calado e de olhos postos na mais nova.

 

Como a morena tinha acabado por fechar os olhos e deixado de comunicar, o paramédico passou a viagem toda a certificar-se que ela estava viva e a respirar. Assim que chegaram saíram o mais rápido possível da ambulância, entrando pelo edifício com alguma rapidez. Só a forma acelerada como eles agiam já mostrava bem a urgência que era. Após algum tempo, um médico dirigiu-se à sala de espera e olhou as pessoas que ali estavam. - Familiares da Laura Kraus?

 

- Sim, somos nós. - Respondeu Bill, erguendo-se do lugar onde estava e apontando-se assim como Felice e Magnus. - Como é que ela está? - Questionou.

 

- A Laura neste momento está bem, pelo menos dentro dos possíveis. Está um pouco mais desperta, mas continua com a máscara de oxigénio. Ela estava realmente muito aflita quando cá chegou, por isso não a vamos obrigar já a respirar por si mesma. Outra coisa... Nunca tinha visto ninguém com a idade dela que estivesse tão fraca, tão frágil... Ela tem comido bem? Anda a tomar vitaminas? - Procurou saber, olhando os três.

 

- Ela viveu quase 3 anos na rua. Sem cuidados médicos, só agora é que está a refazer a vida dela. Tenho-lhe dado algumas vitaminas, tudo o que ela necessita, mas em dois dias nada resulta... - Bill respondeu, mostrando ao médico a bolsa dos medicamentos que Laura andava a tomar. - Há alguma maneira melhor de ela melhorar mais rápido? Nem que ela tenha que ficar aqui internada, quem decide isso são vocês e nós...

 

- Na rua? - O médico fez uma careta e suspirou. - Era aí que eu queria chegar. Na minha opinião, o melhor para a Laura era ela ficar internada alguns dias, para lhe fazermos alguns exames e tratá-la da melhor forma possível e o mais rápido possível. Os senhores são os pais dela?

 

- Sim, somos! - Felice chegou-se à frente, sorrindo levemente enquanto as lágrimas lhe caiam pelos olhos. - Façam o melhor para ela, só quero a minha menina bem...

 

Depois de assentir, o médico sorriu-lhes. - Vamos cuidar muito bem dela, não se preocupe. - Garantiu, pedindo licença, regressando depois ao quarto de Laura.

 

 

Durante cerca de duas semanas a vida de Bill e Laura foi feita no hospital. A rapariga ficou, felizmente, boa e minimamente estável no que tocava também às suas defesas. Tinha ainda muito que trabalhar, mas nada que fosse difícil com o apoio de Bill. A relação deles fortalecia-se a cada obstáculo e o aval dos pais da morena à cerca do relacionamento de ambos, era uma enorme força. Tanto Magnus, como Felice adoraram Bill e todos criaram uma grande relação neste tempo. De regresso a Los Angeles, Laura já começava a ter uma vida mais ativa, começando a procura de emprego por ela mesma, tendo apenas a ajuda de Bill no currículo. O rapaz queria que todo o mérito fosse dela!

 

- Olá sexy! - Cumprimentou Gigi ao entrar em casa e deparar-se com Laura a preparar uma pequena mala com algumas coisas, na sala. - Vão viajar de novo? - Questionou enquanto passava uma mão pela sua barriga visivelmente maior e redonda.

 

Laura sorriu de imediato e foi ter com Gigi, beijando-lhe a bochecha enquanto acariciava a barriguinha dela. - Ah, não... vou só mudar-me para o céu durante algumas horas... Ou assim. - Encolheu os ombros, apontando para cima, referindo-se ao apartamento de Bill. - Ele ligou-me há bocado... estive a entregar os currículos e cheguei há pouco. - Informou, bastante sorridente. - E tu como estás?!

 

- Uau, vais adorar dormir de cu virado para as estrelas. - Brincou divertida, bebericando do seu chá gelado, específico para grávidas. - Estou ok, a tentar não me ir a baixo. - Encolheu os ombros.

 

A morena riu, abanando a cabeça. - Não sei bem se vou dormir enquanto as estrelas estão no céu. - Murmurou, fazendo uma careta depois. - Não vais nada abaixo, não deixo! - Apontou-lhe o dedo, falando bem a sério. - Tens de ajudar a mãe a arrebitar! - Falou para a barriga de Gigi, sorrindo de seguida. - Quando é a próxima consulta?

 

- Não sei, não tenho estado com muita vontade de marcar... - Sorriu levemente, olhando depois o teto enquanto soltava um longo suspiro. - Preciso depois de falar com o Bill, ele vai ter que me dizer que merda de juramento foi aquele que eles fizeram no meu casamento... o meu irmão esteve cá porque o Tom enviou-lhe mesmo mensagem... estive proibida de o ver a primeira semana, quando fui lá a primeira vez eu nem o reconhecia... - Murmurou, deixando as lágrimas caírem-lhe pelo rosto.

 

- Oh, Gigi... - Laura suspirou e abraçou a rapariga com ternura, deixando que el chorasse à vontade. - Compreendo que não tenhas vontade, mas é melhor marcar a consulta... Nós vamos contigo se quiseres. Ou só o Bill. - Sorriu, limpando-lhe as lágrimas. - Sabes que podes contar comigo, não sabes? Eu vou ajudar-te em tudo o que puder!

 

- Eu quero que seja ele a ir e ele nem me olha. Laura eles fizeram um juramento qualquer com os meus irmãos, do qual uma das sentenças de quebra pode ser a pena de morte! - Soluçou. - Nós temos 10 mandamentos e dois deles dizem que eles não podem cobiçar a mulher do outro e que a esposa deve ser respeitada... o Mike queria levar-me à força para a Alemanha e só consegui ficar porque ameacei matar-me se eles lhe fizessem algo ou me obrigassem a ir... eu preciso de saber que merda de juramento é esse... - Explicou amedrontada. - O Bill também o fez...

 

- Meu Deus... - Murmurou, suspirando de seguida. - Eu vou tentar saber que juramento é esse. - Não foi preciso Laura pensar duas vezes para que aquelas palavras lhe saíssem da boca. - Não te garanto que amanhã já saiba, mas prometo que vou descobrir. Agora tu... Por favor, tenta manter a calma. Eu entendo que não é fácil, mas não quero que te aconteça nada nem a ti nem ao bebé. - Murmurou, passando a mão pelo cabelo. Desviou o olhar como se procurasse saber se devia contar aquilo sobre si ou não, mas acabou por o fazer. - Eu já fui mãe uma vez. - Confessou num tom baixo, encarando-a. - O meu bebé morreu nos meus braços algum tempo depois do parto. As circunstâncias são completamente diferentes, mas eu não quero que vos aconteça nada. Não quero que sofras... quero que tenhas uma boa gravidez, que sejas feliz... O Tom vai melhorar, eu acredito que sim. Quanto ao tal juramento, deixa comigo.

 

- Lamento imenso o que te aconteceu... - Murmurou sincera, limpando a cara devagar. - Tenho medo que eles me tirem o bebé logo que ele nasça... se for uma menina eles podem tirar-ma para gerar a minha raiva contra o Tom, para que me separe dele.… se for isso eu não quero ir à consulta... - Explicou. - E eu tenho quase a certeza que isso é uma das sentenças porque o Mike já me deu a dica de que eu só vou saber o sexo no dia do parto...

 

- Não, não, não. - Resmungou a morena, abanando a cabeça. - Não vou deixar que isso te aconteça. Não vou deixar que te tirem o teu filho! - Avisou logo, bem a sério. - Que me esfolem e matem, mas não vou deixar que te façam uma coisas dessas. - Resmungou, incomodada com o assunto. Suspirou quando ouviu o telemóvel tocar. Só pelo toque, já sabia que era o namorado. Provavelmente estava já impaciente. - Eu posso ficar aqui contigo, se quiseres.

 

- Eu fico bem, talvez vá... - Encolheu os ombros. - Fazer o mesmo de sempre... - Suspirou e abraçou a amiga com cuidado. - Aproveita bem a tua noite, tu mereces. - Sorriu entre lágrimas.

 

- Custa-me tanto ver-te assim... - Confessou, abraçando-a. - Olha, eu vou estar sempre com o telemóvel por perto e com som, está bem? Alguma coisa liga-me, manda mensagem, qualquer coisa! Promete-me. - Pediu, encarando-a.

 

- Vou ficar bem, prometo que te ligo se precisar de algo. - Assegurou, olhando para a amiga com um leve sorriso no rosto. - Vai lá, senão ele fica a pensar que desististe da ideia. - Riu-se.

 

- Acho bem que ligues! - Apontou-lhe o dedo, abraçando-a com carinho. - Vou embora então. Fiquem bem! - Falou mais alto, pegando na mala. - Ah, é verdade! Tens dois sacos de papel em cima da bancada da cozinha, um tem um muffin de chocolate e o outro tem um croissant, é para comeres. Mas não comas só isso! - Avisou, atirando-lhe um beijinho e depois saiu de casa. Quando estava no elevador, tirou uma selfie e postou-a rapidamente no seu Instagram. Riu-se quando recebeu logo de seguida uma mensagem privada do namorado e mordiscou o lábio. Assim que saiu do elevador foi até à porta de entrada do loft do namorado, mostrando-lhe o telemóvel. - Estás morto por me meter as mãos em cima? - Brincou divertidamente, entrando logo de seguida. Virou-lhe as costas para fechar a porta, sentindo-o depois contra o seu corpo. O que ela mais sentia era aquele volume que ele tinha nas calças. - O que é que estavas a fazer quando me ligaste? Estavas ofegante e com aquela voz sexy.

 

- Estava a treinar, mas alguém decidiu andar a enviar-me fotos depois do banho e deixou-me com um grande apetite. - Comentou ao ouvido dela, mordiscando-lhe levemente o lóbulo. - Estás cheirosa. - Constatou, virando-a para si.

 

- Hmm... Ai foi? - Murmurou como se fosse inocente, suspirando por fim. - Claro... Pus-me toda bonita e cheirosa para vir ter contigo. - Sussurrou, beijando-o logo de seguida.

 

- Não era preciso tanto, sabes que com muito pouco deixas-me louco. - Riu contra a boca dela, explorando-lhe depois a mesma de forma bastante intensa. - Vamos lá para fora, está-se melhor lá. - Informou, dando-lhe a mão e puxando-a depois com ele para o seu terraço, que tinha a dimensão do prédio todo.

 

- Com pouco? Eu diria com nada... Porque eu estava nua. - Brincou com ele, deixando-se levar por ele. Era a primeira vez que estava a ver bem a casa dele e era uma maravilha. - Wow... Isto é lindo. - Murmurou, observando a paisagem. Laura puxou o namorado para sim e passeou a mão pelo peito dele até chegar àquele chumaço. - Isto também é lindo. - Murmurou de forma divertida, sorrindo.

 

- Essa parte é a mais linda. - Afirmou com um sorriso divertido, sentando-se num sofá que tinha lá fora e puxando a morena para o colo dele. - Como correu a entrega de currículos? - Procurou saber.

 

Laura ajeitou-se bem no seu colo e sorriu-lhe. - Correu muito bem. Houve um que pareceu muito interessado em contratar-me, mas de certeza que foi só por causa de eu ser uma rapariga bonita. - Encolheu os ombros, não dando muita importância a isso. Desde que pudesse trabalhar e receber o seu dinheiro, era o que interessava. - E o teu dia, como correu? Fizeste muito exercício?

 

- Cuidado com esse tipo de pessoas! Por favor, Laura tens que afirmar-te perante esse tipo de situações. Se eles não te olharem sequer nos olhos, esquece. É porque preferem olhar um palmo abaixo. - Comentou com cautela, dando-lhe o seu ponto de vista. - Correu bem, fui ver o meu irmão de manhã cedo, estive a dar uma caminhada com ele. Felizmente falou bastante comigo, pareceu melhor! Quanto ao exercício fiz muito como sempre, esmero-me para manter este corpinho. - Brincou.

 

- Não te preocupes, amor. Não me deixo ficar, já ando a trabalhar melhor a minha atitude. - Sorriu-lhe vitoriosa, fazendo uma careta depois. - A Gigi disse-me que quando lá foi, ele nem a olhou... Ela está preocupada e com medo, amor. - Laura respirou fundo e mordeu o seu lábio inferior. - Que juramento é que tu e o teu irmão fizeram? Conta-me, por favor. - Pediu com calma, encarando-o. - A Gigi quer saber, ela está... - A morena passou a mão pela testa e suspirou. - Ao menos diz-me a mim. É grave ou assim?

 

Bill suspirou, passando as mãos pela cara e olhando para o céu, nos seus tons rosados como se houvessem pequenas nuvens de algodão doce a pairar por ali. - Não me apetece falar sobre isso, são coisas delicadas... - Olhou-a por fim. - Em principio não vai acontecer nada, o meu irmão apenas levou um grande aviso porque eles perceberam que ele estava mesmo mal. - Acabou por dizer. - Mas muito poderia acontecer se ele estivesse a fazer aquilo consciente...

 

- Achas que podes contar-me um dia? Não digo que seja já amanhã ou assim... - Laura acariciou o rosto do namorado, beijando-lhe o maxilar de seguida. - Espero que não aconteça mesmo nada ao Tom. A Gigi está tão desgostosa... estive com ela antes de vir para aqui e ela contou-me que ameaçou matar-se e tudo para poder continuar cá... tenho medo que lhe aconteça alguma coisa, Bill.

 

- Não lhe vai acontecer nada, o meu irmão está a recuperar bastante bem e apenas não fala com ela porque tem receio. Ele pede-me todos os dias para tomar conta deles, diz todo babado que está a ficar uma gorda linda, tal como ele sempre a imaginou grávida e com um corpo que para ele preenche todas as suas medidas. Ele sabe que errou, todos sabemos o que podia ter dado, entre ele ser obrigado a fazer uma vasectomia, tirarem-lhe a primeira filha mulher, ser obrigado a estar 6 meses ao serviço do pai dela nos negócios mais arriscados...tudo poderia acontecer, mas não vai acontecer nada. - Assegurou, olhando a namorada. - Não fiques com receio, dá-lhe mimos, olha, porque não lhe pedes para desenhar-te roupa ou desenham as duas? Ela ia ficar na zona de conforto dela e super feliz... - Sorriu.

 

A morena foi assentindo, mostrando que estava a compreender tudo o que ele lhe dizia. - Não tinha pensado nisso... vou começar a pedir-lhe para me desenhar umas coisas, ainda não vi nada feito por ela. - Sorriu carinhosamente, beijando o namorado de forma intensa, roçando-se levemente no membro dele. - Mas agora vamos aproveitar que estamos juntos... Sim?

 

Vamos. - Riu-se agarrando a namorada pela cintura e beijou-a com afinco, afagando-lhe depois as costas com as suas mãos grandes e magras. - Andas uma viciada aqui no meu material, vou-te contar. - Brincou, dando-lhe uma leve palmada no rabo.

 

Laura riu-se e mordeu-lhe o lábio. - Não era essa a tua intenção? - Questionou com um ar divertido, afastando-se ligeiramente de modo a conseguir levar a sua mão até ao membro dele, acariciando-o por cima da roupa. - Confesso que gosto de te deixar assim...

 

- Estou a perceber. - Riu divertido, olhando para onde ela tocava. - Mas olha que ele ganha muita vida, já sabes não o podes deixar sem atividade. - Riu-se de forma cómica.

 

- Oh e achas que eu me importo com isso? Se quiseres isto passa a ser algo diário. - Encolheu os ombros, fazendo uma expressão engraçada. - Eu vou fazer-te perder a cabeça mais cedo ou mais tarde, vais ver. - Estava bastante determinada em fazê-lo, queria conhecê-lo na totalidade no que tocava ao sexo.

 

- Falas muito fodo-te de cabeça virada para baixo, ali no muro. - Apontou, dando a entender que a meteria quase a cair. - Não sabes se irias gritar por medo de cair ou por prazer. - Fez um ar matreiro.

 

Ela arrepiou-se toda e sorriu, olhando para onde ele estava a apontar. - Não sei o que te impede. Vim toda pronta para isso, trouxe um vestido prático e nem cuecas vesti. - Informou-o com um ar sério, mas como se o desafiasse.

 

- Ah foi, andas aí sem cuecas? - Resmungou num tom falsamente chateado, passando os seus dedos pelo intimo da rapariga e sorrindo ao constatar que era verdade. - Hoje não vou ser desse hardcore, vamos ser de outro. - Piscou-lhe o olho e beijou-a mais uma vez, desfazendo-se daquele vestido ao mesmo tempo.

 

- Não ando pela rua sem cuecas, parvo. Foi só do meu apartamento até aqui. - Resmungou com um beiço adorável, gemendo baixinho quando sentiu os dedos dele. - Faz o que quiseres comigo, sou toda tua. - Relembrou num tom sensual, ajudando-o a tirar o vestido.

 

- Eu sei que és, por isso é que és minha namorada. - Sorriu orgulhoso, beijando-lhe o pescoço e descendo com os seus beijos até encontrar a linha do seu peito, onde começou por depositar pequenos beijos molhados que traçavam uma linha imaginária até um dos mamilos arrebitados de Laura. A morena sorriu e deixou-se ficar quieta, observando cada movimento do namorado. Fechou os olhos assim que ele chegou a um dos mamilos dela e sorriu enquanto mordiscava o lábio inferior, controlando-se. Se havia algo que ela adorava, era tudo o que ele fazia com a sua boca e os seus dedos. Por esse mesmo motivo e por conhecer já um pouco a sua namorada, Bill deliciava-se no peito dela enquanto a provocava entre as pernas com os seus dedos ágeis. - Gosto de te sentir assim pronta para mim, sabias? - Sussurrou-lhe.

 

publicado às 14:00
editado por Daniela C. a 11/7/17 às 00:19


Comentar:

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.

Este blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.



Currently Posting

No Control

Informações

Quando tudo parecia quase perfeito, os fantasmas do passado voltam a surgir. Natasha vê-se encurralada com um passado capaz de arruinar o seu futuro e determinado a destruir os que ama. Será capaz de controlar tudo o que a rodeia?


Currently Writing

Lost In You



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.